Prévias

[Jogamos] Gun-fu em Spine é John Wick, SIFU, Batman: Arkham e um verdadeiro teste de reflexos

Testamos Spine durante o Summer Game Fest e os resultados foram promissores e muito divertidos

por André Custodio
[Jogamos] Gun-fu em Spine é John Wick, SIFU, Batman: Arkham e um verdadeiro teste de reflexos

Durante o Summer Game Fest, tivemos a satisfação de receber um convite da Nekki para jogar, pela primeira vez, seu game de ação Spine. E não há palavras o suficiente para agradecer pela oportunidade, pois ela deixou apenas boas impressões.

O título promete trazer o frenesi do “gun-fu” para um mundo cyberpunk vibrante e brutal. Ainda em fase alfa, ele já mostra uma ambição clara: combinar a fluidez dos combates de Batman: Arkham, a intensidade de SIFU e a estética de John Wick.

Reunindo tudo isso em uma panela, temos algo capaz de desafiar reflexos e encantar os olhos. Essa foi a perspectiva deixada pela prévia de aproximadamente 20 minutos: algo com muito potencial, mas também com trabalho técnico a ser feito.

Redline e Spine: uma dupla explosiva

Em Spine, você controla Redline, uma artista de rua rebelde que, por razões ainda desconhecidas, acaba conectada a um implante de combate senciente chamado Spine. Juntos, eles enfrentam a megacorporação Tensor, uma força opressiva que domina a região.

A narrativa, que apenas arranhamos na DEMO, sugere uma relação dinâmica entre Redline e seu implante, com temas que exploram a ascensão da IA e suas implicações, algo que reflete com os desafios contemporâneos enfrentados por mentes criativas.

O gameplay começa em um bar decadente, onde Redline busca informações. Como todo bom filme de ação, a conversa logo parte para a violência, e é aí que o game brilha. O combate de Spine é intuitivo e muito versátil, misturando artes marciais, acrobacias e tiroteio.

Se você já jogou Batman: Arkham ou SIFU, a base do sistema de combate de Spine vai parecer familiar, mas há um tempero único aqui. Redline é equipada com uma pistola padrão, que pode ser melhorada ao longo do jogo, e um spray de tinta que atordoa inimigos.

Spine
Fonte: Nekki

A mecânica principal gira em torno de alternar entre socos, chutes, esquivas e disparos, com prompts de contra-ataque que exigem reflexos em dia. Cada inimigo derrotado pode ser finalizado com execuções brutais que se destacam pela variedade de animações.

O que torna o combate de Spine especial é sua fluidez. Graças ao motor de animação Cascadeur, desenvolvido pela própria Nekki, e ao Unreal Engine 5, as transições entre movimentos são incrivelmente suaves.

Redline gira, salta e atira com uma naturalidade que faz você se sentir no controle de uma estrela de cinema. No entanto, o jogo não perdoa erros: enfrentar múltiplos inimigos exige estratégia, e a curva de aprendizado não é tão simples.

Morrer é comum, mas cada tentativa ensina algo novo, seja o timing perfeito para uma esquiva ou o momento ideal para roubar a arma de um oponente.

Cinematografia que rouba o show

Spine não se contenta em ser apenas um jogo de ação genérico. Durante a DEMO , a Nekki mostrou um talento especial para criar momentos cinematográficos que mantêm o ritmo em altíssima velocidade.

Um dos pontos altos foi uma sequência em que a câmera muda para uma visão aérea, trazendo inspirações na famosa cena de John Wick 4 e nas transições de SIFU. Armado com uma espingarda de munição limitada, você massacra inimigos em corredores apertados, sob a trilha sonora de Le Castle Vania (compositor da franquia John Wick).

Spine
Fonte: Nekki

Outro destaque foi o confronto com Edda Kopp, uma vilã com seu próprio implante. Diferente de Spine, ela é ágil, capaz de se esquivar de tiros e até ficar invisível. A luta exige paciência, com contra-ataques precisos e esquivas constantes, enquanto você lida com aranhas robóticas explosivas que ela invoca.

Embora simples, o embate mostrou o potencial para chefes com mecânicas únicas, algo que esperamos ver mais desenvolvido na versão final.

Spine é um alfa com alma, mas ainda em evolução

Por ser uma build alfa, Spine tem suas questões a serem consertadas. Bugs ocasionais, como inimigos travados ou animações desalinhadas, reforçam que o jogo está em seus estágios de desenvolvimento.

A repetição de arenas de combate também pode ser um ponto de atenção, mas a DEMO conseguiu evitar a monotonia ao introduzir novidades a cada novo encontro. A estética cyberpunk, com seus neons e ambientes sujos, é imersiva, e a trilha sonora já se destaca como um complemento ideal.

Spine
Fonte: Nekki

A promessa de uma campanha de cerca de 20h, com variações de ângulos de câmera e um foco em narrativa single-player, também são pontos positivos. Se a Nekki conseguir polir o combate e diversificar os cenários, Spine tem tudo para se destacar.

De fato, o game é um sopro de ar fresco para fãs de ação que sonham com um jogo que capture a essência de John Wick ou do diretor John Woo. Mesmo em sua fase inicial, o título já entrega um combate viciante e momentos que te impedem de piscar os olhos.

A combinação de gun-fu, estética cyberpunk e animações fluidas cria uma experiência que, com o devido polimento, pode se tornar um dos grandes destaques de 2026. Por enquanto, Spine é um teste de reflexos que nos deixou ansiosos para ver mais.