[Jogamos] Nostálgico, Digimon Story: Time Stranger é um verdadeiro presente para os fãs
Testes no Summer Game Fest nos deram um vislumbre sobre o que está por vir no novo game da franquia
A franquia Digimon sempre teve um lugar especial no coração de quem cresceu acompanhando as aventuras no Mundo Digital, e Digimon Story: Time Stranger chega como uma celebração dessa nostalgia, ao mesmo tempo em que eleva a série a novos patamares.
Durante o Summer Game Fest, tivemos a oportunidade de experimentar uma DEMO do jogo, que está previsto para chegar em 3 de outubro ao PS5, Xbox Series e PC.
Desenvolvido pela Media.Vision e publicado pela Bandai Namco, o título combina elementos clássicos da série com inovações que prometem agradar tanto fãs de longa data quanto novatos. Aqui está o que descobrimos em nossa sessão de 30 minutos.
Um mundo digital vibrante e imersivo
A DEMO começou em Central Town, um hub central no Mundo Digital, agora chamado Ilíada. Inspirado em mitos gregos e romanos, o cenário mistura ruínas de mármore com futurismo, criando uma atmosfera única que é ao mesmo tempo mágica e tecnológica.
Caminhar pelas ruas de Central Town é como entrar em um mercado ao estilo Studio Ghibli, com Digimons vivendo suas rotinas: um Zudomon martelando em uma forja, um Andromon conversando com Arukenimon, e até um bar lotado de criaturas digitais.
A atenção aos detalhes é impressionante, com NPCs interagindo de forma orgânica e dando ao mundo uma sensação de vitalidade. Enquanto isso, a exploração aparenta ser fluida, com menus rápidos e transições ágeis que respeitam o tempo do jogador.
Um destaque em Digimon Story: Time Stranger é a possibilidade de montar certos Digimons, como Garurumon ou Beelzemon, cada um com animações únicas que deixam a navegação menos monótona.
Combate estratégico e dinâmico
O sistema de combate por turnos de Digimon Story: Time Stranger é familiar, mas refinado com elementos estratégicoss que mantêm as batalhas mais variadas e menos previsíveis.
Enfrentamos inimigos no overworld, onde é possível iniciar combates com um ataque preemptivo usando o blaster do protagonista (R2) ou até eliminar inimigos mais fracos instantaneamente, ganhando experiência sem entrar em batalha.
As lutas seguem o clássico triângulo de tipos (Data, Vaccine e Virus) combinado com afinidades elementais e exigindo experimentação para descobrir fraquezas inimigas, assim como ocorre em franquias como Persona. Uma vez reveladas, elas ficam registradas.
A demonstração de Digimon Story: Time Stranger culmina em uma batalha contra Parrotmon, um chefe imponente localizado no topo de uma torre elétrica. O chefe se destaca por ter múltiplas fases, com escudos e perigos ambientais aumentando ainda mais o desafio.
Além disso, a possibilidade de mirar em partes específicas do chefe para enfraquecê-lo trouxe recursos táticos interessantes e bastante funcionais, enquanto a troca de Digimons em tempo real permitiu ajustes rápidos de estratégia.
Digivolução: liberdade e experimentação
A digivolução também retorna em Time Stranger. Com mais de 450 Digimons no jogo — o maior elenco da série Digimon Story até agora —, o sistema de evolução não linear oferece uma liberdade imensa. Cada Digimon pode seguir múltiplos caminhos de evolução dependendo de suas estatísticas, como inteligência ou força. Na DEMO, pudemos evoluir um Agumon para um Greymon, mas as silhuetas no menu sugeriam várias outras opções.
Em vez de capturar Digimons, você os escaneia em batalha, com uma taxa de escaneamento que aumenta até 100% para recrutá-los ou 200% para uma versão mais forte. Esse sistema elimina a aleatoriedade frustrante de outros jogos do gênero e recompensa mais.
Enquanto isso, o XP ganho em Digimon Story: Time Stranger não é ignorado, pois mesmo as criaturas no “banco de reservas” adquirem experiência após a conclusão de lutas e de missões.
Laços emocionais e narrativa promissora
A história de Digimon Story: Time Stranger começa em Tóquio, onde você, um agente secreto, é arrastado para o Mundo Digital após um incidente envolvendo explosões e anomalias digitais.
A narrativa promete explorar os laços entre humanos e Digimons, um tema central da franquia, com indícios de viagens no tempo e uma organização sombria por trás dos eventos. Embora a DEMO tenha focado mais na jogabilidade, os detalhes da trama sugerem uma aventura emocional e cheia de mistérios.
O sistema de sincronização entre o protagonista e os Digimons reforça essa conexão, desbloqueando combos e finalizadores mais poderosos à medida que o vínculo cresce. Aparentemente essa mecânica está intimamente ligada à história principal.
Digimon Story: Time Stranger é um novo marco para a série
Digimon Story: Time Stranger é uma carta de amor aos fãs, mas também uma porta de entrada acessível para novatos. A direção de arte, com designs de Suzuhito Yasuda, dá vida aos personagens e Digimons com um estilo cel-shaded único, complementado por sprites 2D memoráveis no menu, resgatados diretamente dos antigos Digivices.
A trilha sonora, embora não muito explorada nos testes, parece promissora, com tons que refletem tanto a nostalgia quanto a modernidade, especialmente em um universo onde a tecnologia é explorada de forma recorrente.
Após 30 minutos, ficou claro que Digimon Story: Time Stranger tem o potencial de ser um divisor de águas para a série Digimon Story. Ele combina a essência memorial da franquia com inovações que o tornam relevante no cenário atual de games.
Se você é um fã de longa data ou alguém que nunca tocou em um jogo de Digimon, este título merece um lugar na sua lista — e com certeza já está na nossa