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Carros 3: Correndo Para Vencer: Vale a pena?

Catchau!

por Daniel dos Reis
Carros 3: Correndo Para Vencer: Vale a pena?

Diretamente das telonas para seu PlayStation 4. Esta talvez seja uma boa forma de explicar a presença de Carros 3: Correndo para Vencer, jogo recém lançado para quase todas as plataformas.

O título é bastante simples em aspectos técnicos, mas diverte. Entretanto, diversão momentânea por si só não garante longevidade ao produto. Faltaram aqui alguns recursos importantes, como variedade e, principalmente, modos online, que certamente tornariam a aquisição mais certeira.

Mas antes que você crie uma má impressão, já é importante salientar que o título foge um pouco do estigma das fracas adaptações dos cinemas para os videogames. Correndo para Vencer surpreende neste quesito.

Catchau!

O grande diferencial do game é migrar, com muita competência, o universo dos filmes para os videogames. Se você já assistiu a algumas das três películas do Relâmpago McQueen, vai se sentir ‘em casa’. É quase como jogar o filme.

Todos os Carros consagrados, como o engraçadíssimo Tom Mate, o falastrão Chick Hicks, a namoradinha do Relâmpago, Sally, e claro, os novos competidores que colocam a carreira do herói em xeque, estão presentes. Além dos cenários conhecidos como a icônica e pacata Radiator Springs.  Está tudo aqui.

É impressionante como a identificação é imediata e agradável. O ponto mais positivo do jogo é este.

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Personagens clássicos.

E isto é ainda é potencializado pela excelente localização. Todos os dubladores são os mesmos dos filmes. O caipira Tom Mate vai lhe arrancar muitas risadas com suas frases. Algumas sao clássicas, como:  “Eu sou um instrumento preciso de velocidade e aerodimática“,, tentando parafrasear McQueen no primeiro filme.

O jogo também acerta na jogabilidade. É fácil, intuitiva e muito divertida. Rapidamente você domina os principais comandos e já parte para execução de saltos acrobáticos, drifts e empurrões nos adversários.

Apesar de ser evidente que se trata de um game focado para o público infantil, ele não é muito fácil em sua dificuldade mediana. Ao contrário da maioria dos títulos do gênero, Carros 3 não duvida da sua inteligência e oferece desafios bem interessantes. Leva um certo tempo até que você conquiste algumas vitórias. É preciso conhecer as pistas e seus muitos atalhos.

Quase todas as opções de jogo são divertidas. Mas o destaque fica por conta da “Corrida Mortal”, um modo que se assemelha ao cultuado Mario Kart. Você deve vencer a corrida, e tem a seu dispor diversos apetrechos para atrapalhar e conseguir vantagens: mísseis, nitros, minas e óleos.

Assim como no clássico da Nintendo, a curtição é imediata. Trocas constantes de posições e, claro, a raiva por perder uma competição a poucos metros do fim. Tudo aqui é bem dinâmico e interativo.

Ao sacanear um colega, logo ele fala alguma coisa engraçada alusiva aos filmes e característico da sua personalidade. Tudo incrementado pela ótima localização brasileira. Ponto muitíssimo positivo.

Deixa desejar, porém, a quantidade de recursos disponíveis. São pouco variadas as possibilidades de atrapalhar os competidores e mais limitadas ainda as vantagens.

Somado a isso, recaímos sobre os aspectos visuais. Carros 3: Correndo para Vencer não é nenhum DriveClub da vida. Na verdade, sequer tenta sê-lo. Mas deixa muito a desejar neste ponto. Apesar de serem bacanas, os efeitos de iluminação, explosões e próprio gráfico em si é datado. Talvez porque o jogo também conte com versões para sétima geração e pela própria temática em si, a Avalanche Software investiu muito pouco neste aspecto.

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Conforme você avança, vai desbloqueando carros, pistas e conquistando marcas.

Outro ponto importante. Mesmo que existam variados modos que propiciam muitas boas corridas, ainda pesou a ausência de um multiplayer online. O jogo ficou restrito a um multijogador em tela dividida.

O Campeão da Copa Pistão

Carros 3 não é um jogo ruim e foge do quase paradigma de más adaptações dos filmes para os videogames. O jogo é bem divertido, conta com uma localização excelente, variedades de pistas e bons desafios.

Entretanto, faltaram alguns complementos: modo online, diversidade nas trapaças in-game. E o visual que decepciona. Mas é divertido. E é isso que realmente o que importa em um jogo.3

É uma boa opção para um gameplay bem mais descompromissado, para você jogar com algum filho, sobrinho, etc. Mas, no momento, o preço está pouco convidativo. “Cerrrrtamente“, caso você o encontre em uma boa promoção, vale o investimento.

Daniel dos Reis
Daniel dos Reis
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Jogando agora: Stellar Blade
Manager do MeuPS e um cara de muita sorte por trabalhar com aquilo que gosta.