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[Análises] Conheça os jogos da PlayStation Plus de Janeiro

Começando o ano com o pé direito.

por Hugo Bastos
[Análises] Conheça os jogos da PlayStation Plus de Janeiro

Novo ano, vida nova. Novas resoluções e objetivos. Sejam elas entrar na academia, perder peso, passar em um concurso, ou apenas conquistar um troféu de platina por mês. O certo, sem dúvidas, é que a Sony começou bem, com a seleção de jogos que compõem o line-up da PlayStation Plus de janeiro.

Como de costume, novos jogos para PlayStation VR estão sendo disponibilizados também este mês, o que pode atrair muitos novos jogadores para este periférico. Sem mais delongas, vamos conferir, de forma breve, o que a Sony nos disponibiliza neste primeiro mês do ano.

STARBLOOD ARENA (PSVR)

Conforme nossa análise detalhada do jogo (que você pode conferir aqui), “Starblood Arena é um divertido shooter espacial para o PlayStation VR. Com um jeitão de Overwatch, ele aposta em personagens carismáticos e variedade de naves para se tornar uma bela experiência com o óculos de realidade virtual da Sony.

Com modos de jogo online e offline, ótima jogabilidade e nada de enjoos, é uma compra recomendada para quem já tem o seu PSVR”. Ou seja: mais que satisfatório.

https://www.youtube.com/watch?v=MrUUXLk09eA

Starblood Arena é um shooter futurista, onde os jogadores controlam pods de batalha em arenas subterrâneas, em partidas competitivas e cooperativas. A movimentação é confusa no início, mas o jogo trata de simular com (quase) fidelidade os movimentos dos personagens, que possuem liberdade de rotação de 360 graus.

O visual peca um pouco, bem como a sensação de imersão do jogador. No entanto, tendo em vista que é um dos jogos com o melhor custo x benefício para o periférico, e ainda que possui um “que” de Overwatch, estes “problemas” certamente não serão obstáculo.

  • Nota – Agregador Metacritic: 68 (Baseado em 23 análises);
  • Platina: Sim
  • Localizado: Não
  • VEREDITO: Divertido, imersivo, e sem aquela sensação chata de enjoo. Uma adição excelente para os detentores do PSVR.

DEUS EX: MANKIND DIVIDED (PS4)

Mankind Divided o coloca novamente na pele de Adam Jensen, alguns anos após os eventos de Human Revolution. O mundo agora está dividido entre os que possuem aprimoramentos cibernéticos e os que os repudiam, após o infame “Aug Incident”, que resultou na morte de milhões.

No meio do caos, surgem corporações que querem distorcer a verdade e esconder o que, de fato, aconteceu.

Sem muitos detalhes sobre a trama, diremos apenas que o incidente fez com que a humanidade, já ressabiada com a abertura que davam à tecnologia, se afastasse e temesse aos seres aprimorados, que passaram a sofrer preconceito e segregação em uma nova espécie de apartheid.

Com isso, o protagonista é o “responsável” por ir atrás da verdade e elucidar os fatos que levaram a sociedade atual ao caos no qual se encontra. Um enredo bem trabalhado, que  conta com uma boa localização para nosso idioma, apesar de certas falhas neste aspecto (conversas estranhas e dublagem mal executada).

Mankind Divided manteve a jogabilidade elogiada do primeiro título, aprimorando-a em diversos pontos. O sistema de evolução é balanceado e exige estratégia, executando muito bem seus elementos de RPG. Mesmo que alguns bugs possam atrapalhar a experiência, é um jogo que vale a pena.

  • Nota – Agregador Metacritic: 84 (Baseado em 59 análises);
  • Platina: Sim
  • Localizado: Sim
  • VEREDITO: Um jogo que expande, de forma competente, as ideias que fizeram da franquia tão reconhecida. Deus Ex: Mankind Divided é um título de qualidade como poucos, que merece atenção.

BATMAN: THE TELLTALE SERIES (PS4)

Não há qualquer ligação com outro universo Batman aqui. Trata-se de uma história original, que se passa alguns anos após Bruce Wayne decidir vestir o manto negro e se tornar o cavaleiro das trevas. No melhor estilo dos jogos da Telltale, Batman: The Telltale Series coloca você na pele não apenas do morcego, mas do bilionário, playboy, filantropo…

O jogo é o já conhecido “point and click”. O jogador assume o papel de Bruce Wayne/Batman, em uma cidade repleta de escolhas que poderão manter ou destruir o mundo do homem-morcego. E cabe a você, jogador, desvendar os mistérios de uma Gotham City tomada pelo crime e corrupção, enquanto lida com a sua vida dupla.

O título tem uma narrativa forte e jogabilidade consistente. A história é intrincada e possui meandros que, por vezes, escapam aos jogadores. Escolhas tem consequências, nem sempre óbvias, que geralmente se mostram mais tarde, nos piores momentos possíveis. No entanto, o jogo não é livre de falhas.

Alguns aspectos técnicos receberam críticas, bem como a interpretação de Batman por (acreditem) Troy Baker (sim, o Joel de The Last of Us). Algumas mídias especializadas também consideraram a história um tanto inconsistente. Você pode conferir nossa opinião sobre o primeiro e segundo episódios aqui e aqui.

  • Nota – Agregador Metacritic: 68 (Baseado em 11 análises);
  • Platina: Sim
  • Localizado: Sim (Menus e Legendas)
  • VEREDITO: Com uma narrativa centrada em investigação e diversas opções por meio de diálogos, ao invés da costumeira ação, Batman: The Telltale Series se mostra uma excelente mudança de ares para o morcego. Teste suas habilidades e veja se você é capaz de enfrentar o crime de Gotham.

SACRED 3 (PS3)

Sacred 3 é um RPG de ação “hack and slash”, ao estilo Diablo III e Victor Vran. Um jogo onde o caminho da vitória possui muitos perigos, com a possibilidade de enfrenta-los sozinho, ou com até três outros companheiros. O título possui diversas ideias interessantes, mas com sua execução por desejar.

Em Sacred 3, os jogadores precisam se unir para derrotar o império de Ashen, comandado por Lord Zane – que se aliou a demônios para abrir os portais para o submundo – e o impedir de obter um poderoso artefato chamado Coração de Ancaria. Sim, bastante clichê e com pouca originalidade.

Mas não é apenas na história que o jogo escorrega. Problemas com o sistema de espólios (o famoso loot), personalização e estrutura linear das missões são apenas alguns dos outros pontos observados. No entanto, o modo cooperativo (local ou online), com heróis e habilidades distintas, agrada e é um convite para algumas horas de diversão com amigos.

  • Nota – Agregador Metacritic: 56 (Baseado em 13 análises);
  • Platina: Sim
  • Localizado: Não
  • VEREDITO: Mecânicas e escolhas equivocadas tiram parte do brilho deste jogo. Existem outras opções melhores no mercado, mas vale para aquela tarde com os amigos (ou se não tiver mais nada a jogar).

THE BOOK OF UNWRITTEN TALES 2 (PS3)

Mais um representante dos jogos “point and click”, The Book of Unwritten Tales é uma história fantástica, que tem a comédia como seu ponto central. Possui uma história robusta, e até longa para este tipo de jogo. No entanto, o sistema básico de enigmas e diálogos muito meticulosos tornam o título um tanto enfadonho.

O jogador controla quatro protagonistas na terra mágica de Aventasia. Uma força misteriosa está transformando castelos em casas de bonecas, e monstros em bichinhos fofos. Cabe a você descobrir o que está havendo, para trazer novamente a harmonia de volta à sua terra.

O jogo recebeu diversos elogios pela sua sonoplastia e gráficos vibrantes. Os diálogos também foram bastante citados. Alguns diálogos, especialmente aqueles que tentam ser engraçados, no entanto, foram criticados por não serem bem construídos, e alguns até mesmo ofensivos.

  • Nota – Agregador Metacritic: Sem classificação (Versão PS4: 63 – Baseado em 9 análises);
  • Platina: Sim
  • Localizado: Não
  • VEREDITO: The Book of Unwritten Tales 2 mostra que o gênero ainda não foi (totalmente) tomado pela Telltale Games, e que temos jogos desse tipo com qualidade suficiente para se manterem no mercado.

PSYCHO-PASS: MANDATORY HAPPINESS (PS4/PSVITA)

O jogo traz algumas questões morais interessantes: pode um governo determinar que um cidadão, com propensão a cometer crimes, seja preso antes de te-lo cometido? Como determinar o que é felicidade? Quem determina o que faz um ou outro feliz? E o mais importante: posso usar de qualquer recurso para alcança-la?

O jogo é ao estilo visual novel, onde o jogador controla dois personagens específicos: uma detetive sem memórias de seu passado, e um detetive cuja companheira está perdida. Eles vivem em uma sociedade distópica, que controla o comportamento das pessoas por meio de algoritmos, que os fazem determinar se alguém é capaz de cometer crimes antes de ter a chance para tal (algo como Minority Report).

Do outro lado está Apha, uma inteligência artificial que está em rota de colisão com o governo, por querer trazer a “felicidade plena” aos indivíduos dessa sociedade. Mas para tal, usa meios pouco ortodoxos, como controle bioquímico, manipulação das massas, e redução da população (sim, assassinato em massa).

O fato de ser um visual novel já é um divisor de águas. A história é interessante e intrincada. Mas os diálogos podem se tornar repetitivos por vezes. Ele levanta questões éticas e traz, como sempre, finais diferentes e caminhos diversos. Mas não espere um pacote cheio de ação aqui.

Ah, sim. É baseado em um anime de 2012, de mesmo nome, extremamente elogiado pela crítica. Os eventos transcorrem paralelos aos seis primeiros episódios, e os personagens são específicos do jogo, não fazendo parte do universo dos episódios em questão.

  • Nota – Agregador Metacritic: 64 (Baseado em 11 análises);
  • Platina: Sim
  • Localizado: Não
  • VEREDITO: Para quem gosta do gênero, ou quem deseja uma platina rápida, é uma boa pedida. Especialmente para jogar no portátil.

UNCANNY VALLEY (PS4/PSVITA)

O jogo lembra bastante outro expoente do estilo, Lone Survivor. Trata-se de um survival horror com gráficos retrô, com um sistema de decisão e consequências interessante, uma história minimalista, e momentos de tensão genuínos. Um pouco mais de esforço, e teríamos um destaque em um gênero já tão esquecido.

Você controla Tom, um cara que acaba de conseguir um emprego de guarda noturno em uma fábrica de robôs de uma pequena cidade. A cada dia você toma as decisões de onde ele vai e o que ele vai fazer em determinadas situações. Não demora muito, você começa a perceber que nada é o que parece ser.

A jogabilidade é interessante. Tom tem a liberdade de fazer o que bem entender dentro do espaço de 7 minutos de seu turno. A exploração e a necessidade de investigação é o que traz o horror a este jogo. Os itens encontrados e salas visitadas delimitam os caminhos disponíveis, e será necessário terminar o jogo várias  vezes para entender a história.

Apesar de algumas escorregadas na narrativa, Uncanny Valley demonstra ser um excelente jogo de horror indie, que deve ser reconhecido por seu sistema de consequências.

  • Nota – Agregador Metacritic: Sem avaliações suficientes (Versão PS4: 52 – Baseado em 9 análises);
  • Platina: Não
  • Localizado: Não
  • VEREDITO: Um título que prova que jogos em 2D também tem potencial para trazer insegurança e medo aos jogadores. Para os amantes do gênero, é uma excelente escolha.

O ano começou bem. Isso é um fato inconteste. Existem jogos para todos os gostos e estilos, e aqueles que clamam por mais opções reconhecidas tiveram suas preces atendidas. Assim como nossas resoluções de ano novo, espera-se que a Sony mantenha essa linha de pensamento, para o interesse de todos e felicidade geral da nação gamer.

Hugo Bastos
Hugo Bastos
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Jogando agora: Nada no momento.
Hugo Bastos e revisor do Meu PS4, apreciador de uma boa comida, e de platinas difíceis. E viciado em Rogue Legacy, OlliOlli2, Dead Cells, e não dispensa uma boa noite de jogatina.