“A cidade é um personagem” em The Division 2: Battle for Brooklyn, afirma Ubisoft
Em entrevista ao MeuPS, devs da Ubisoft contam quais foram os objetivos com o DLC, feedback da comunidade e mais
No fim de maio, a Ubisoft lançou o DLC “Battle for Brooklyn” para The Division 2. Nesta expansão, os jogadores deixam o cenário principal de Washington D.C. para trás e retornam à cidade de Nova York, onde se passa o primeiro game. E esta foi uma baita oportunidade para a empresa francesa atrair de volta os jogadores do primeiro game.
O MeuPS teve a oportunidade de conversar com Yannick Banchereau, diretor criativo do título, e com o level designer Daniel Florea. No bate-papo, os devs abordaram diversos assuntos, como o objetivo do DLC, os bastidores da produção, entre outros diferentes aspectos da experiência.
Com uma campanha de quatro a seis horas de duração, Battle for Brooklyn pode até parecer curto, mas promove bastante intensidade do início ao fim — marca registrada da franquia. E este era o objetivo da Ubisoft: entregar uma “experiência The Division”. Segundo Banchereau:
Sim. Para esse DLC, nós realmente queríamos dar aos jogadores uma experiência com a cara de The Division. Queríamos criar um novo mapa, novas ruas para explorar, encontrar segredos. Queríamos adicionar uma nova história. Então, isso foi uma resposta ao pedido que muitos jogadores fazem: novas missões, novos mapas — como já entregamos em atualizações anteriores.
Já oferecemos novos modos de jogo e experiências diferentes, mas esse DLC é sobre um novo mundo para explorar e mais daquilo que é a essência de The Division, que muitos jogadores amam.
Ao criar o DLC, a Ubisoft não tinha como propósito principal trazer de volta os jogadores de The Division 1. Mesmo assim, isto se tornou parte da ideia, principalmente porque a expansão se passa no “nostálgico” cenário de Nova York. Dessa maneira, o diretor criativo afirma que a equipe enxergou uma “oportunidade” em atrair esses players.
Talvez não essencial, mas fez muito sentido quando surgiu a ideia do Brooklyn. Porque foi lá que tudo começou em The Division 1. Isso faz parte do DNA, é um dos pilares do primeiro jogo.
Nosso objetivo inicial com essa DLC não era necessariamente trazer de volta os jogadores do primeiro jogo, mas quando surgiu a ideia de Brooklyn, vimos uma oportunidade. Ficamos muito animados com a possibilidade de revisitar o Brooklyn, e o conceito de nostalgia se tornou muito importante para nós.
Queríamos reconstruir as ruas, os espaços, colocar pequenas histórias e elementos que existiam ou que faziam referência ao primeiro jogo. E, quanto mais fazíamos isso, mais percebíamos a oportunidade de agradar os fãs do primeiro The Division — mas, mais do que isso, era sobre trazer boas lembranças para quem está com a gente desde o começo.
Agradar os fãs de longa data realmente é um dos focos dos desenvolvedores, conforme comentou Florea. O level design de The Division 2: Battle for Brooklyn utiliza como principal inspiração o primeiro game da franquia para fazer os jogadores “se sentirem em casa”.
Nosso processo de criação, sem citar um exemplo específico, foi garantir que os jogadores se sentissem em casa em Battle for Brooklyn. Levamos em consideração a área inicial de The Division 1, que era incrível. As pessoas sentem falta dela — eu também sinto, porque fui jogador do primeiro jogo.
Então, recriar esses espaços, fazê-los parecer familiares, mas ao mesmo tempo trazer os elementos de The Division 2 — conjuntos de equipamentos, habilidades — e empoderar o jogador para usá-los nesses novos layouts foi uma experiência incrível.
A parte mais importante de The Division 2: Battle for Brooklyn
Recriar o bairro do Brooklyn, de Nova York, em The Division 2 é a “parte mais importante da experiência”, nas palavras de Banchereau. Segundo ele, a Ubisoft busca ser autêntica ao trazer elementos reais do local ao seu game, para “manter o DNA” da franquia. O dev chega a afirmar que “a cidade é um personagem” do título.
Gostamos de dizer que a cidade é um personagem em The Division. É talvez a parte mais importante da experiência. E, sendo um jogo Tom Clancy, isso significa algo — significa pesquisa, autenticidade, significa que o que você vê é plausível, baseado em algo real.
Então, ao criar o Brooklyn, era muito importante manter esse DNA que fez The Division ser o que é. No primeiro jogo recriamos Manhattan, no segundo foi Washington, DC. O Brooklyn não deveria ser exceção. Queríamos ser fiéis não apenas ao jogo original, mas também ao Brooklyn.
O pós-lançamento de The Division 2: Battle for Brooklyn
The Division 2: Battle for Brooklyn foi lançado em 27 de maio, para todas as plataformas onde o jogo base se encontra. Dentro desse tempo, a equipe já pôde recolher feedback da comunidade, que parece positivo — pelo menos dentro da Ubi.
De acordo com Banchereau, justamente a recriação do Brooklyn mencionada acima foi um dos pontos que mais chamou a atenção dos jogadores. Não só isso, como a nostalgia em se deparar com tantas referências ao primeiro The Division.
Da minha parte, foi incrível ver que o aspecto nostálgico realmente conectou com muita gente. Muitos jogadores ficaram felizes com todas as referências e o respeito na recriação do lugar do primeiro jogo.
A recriação do Brooklyn, como acabamos de falar, foi muito elogiada. Jogadores até reconheceram ruas e prédios reais. Foi muito gratificante ver isso.
E quanto ao trabalho do Daniel e do time de design, recebemos muitos elogios pelas missões, pelo layout e pelos combates. Queríamos criar missões memoráveis e acho que conseguimos.
Claro, sempre há imperfeições e coisas que queremos melhorar. E vamos continuar trabalhando. O lançamento não é o fim. Queremos que os jogadores tenham motivos para voltar e que tenham uma experiência ainda melhor com o tempo. Ainda estamos coletando e priorizando os feedbacks. E vamos continuar melhorando.
The Division 2: Battle for Brooklyn é um retorno caprichado às origens
O MeuPlayStation também teve a chance de experimentar o novo DLC de The Division 2. Na nossa opinião, a expansão não conta com uma escala grandiosa, mas traz uma atmosfera e um ritmo ao melhor estilo da franquia. Clique aqui e leia o texto na íntegra!