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Remnant II: vale a pena?

Jogo é exatamente o que se espera de um título procedural viciante

por André Custodio
Remnant II: vale a pena?

Remnant II, sequência do “clássico underground” From the Ashes, chega à nova geração de consoles. Com uma proposta ambiciosa e um desenvolvimento para lá de revolucionário, o título marca o retorno do mundo souls/TPS em um conceito tecnicamente ainda mais avançado.

Sem graça em alguns momentos, mas intenso em sua grande maioria, o título é uma experiência que certamente surpreenderá muitos fãs. Porém, seu maior destaque fica para o gameplay viciante.

N’Erud, Yaesha, Losomn, Alepsis-Taura… que diabos está havendo no universo?

Remnant II se passa várias décadas após From the Ashes e tem a Raiz como grande vilã. O mal causou sintomas irrecuperáveis no universo, e a Terra e o Setor 13 reúnem os únicos sobreviventes na tentativa de estabelecer uma nova operação contra o contágio.

Com o tempo, algumas pessoas descobriram ter adquirido capacidades para além da humana, como uma nova forma de infecção do vírus. Infelizmente, essa misteriosa característica transformou pessoas em alvos, gerando tempos difíceis até mesmo para os mais poderosos.

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Fonte: André Custodio

Durante uma exploração, o protagonista sem nome é morto por criaturas da Raiz, mas revive devido a um curioso encontro com a jovem Clementine. Com uma segunda chance, ele passa a ser chamado de “Anomalia” e se responsabiliza por investigar segredos terríveis em planetas estranhos.

O novo título da franquia apresenta um mundo semi-aberto, com macrozonas planetárias hospedando cenários únicos e repletos de detalhes. Os destaques em Remnant II ficam por conta de N’Erud, Yaesha, Losomn, Alepsis-Taura, que inclui seus próprios ecossistemas e ameaças dinâmicas.

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Fonte: André Custodio

N’Erud é uma construção gigantesca feita pelos Drzyr, uma raça tecnologicamente avançada que busca encontrar outra vida no universo. Eles descobriram Alepsis-Taura, um buraco negro supermassivo que acreditavam conter respostas para os mistérios da vida e da criação.

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Fonte: André Custodio

Losomn é um lugar caótico e confuso resultado da fusão dos mundos Dran e Fae. Essa fusão criou um desequilíbrio nas mentes do povo, com os Fae desenvolvendo uma sede insaciável pela força vital dos Dran, levando a uma gradual perda de humanidade por parte destes últimos.

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Por fim, as gavinhas da Raiz dominaram Yaesha após a última visita humana. Os cidadãos lutaram contra elas, mas sem sucesso. Dessa forma, o mundo foi dominado por uma floresta hostil, onde construções milenares se escondem por trás de grandes árvores.

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Fonte: André Custodio

Cenários tecnicamente primorosos e instigantes

Os mapas de Remnant II se destacam pela grande riqueza de detalhes. Apesar de possuírem escopos médios por zonas, cada um traz dungeons únicas e muitas oportunidades de recompensa.

Todas as áreas são repletas de segredos e de quebra-cabeças, onde muitos deles não trazem indícios claros de resolução. Assim como na franquia souls, o game joga os fãs em mundos sem grandes direcionamentos, e explorar se torna a única solução viável.

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Fonte: André Custodio

À medida que se avança, inimigos mais poderosos vão surgindo, ao lado de chefes poderosos e muito especiais. Suas introduções são magníficas e combinam com as áreas para oferecer mais hostilidade.

Além disso, Remnant II é uma experiência completamente procedural. A campanha nunca é a mesma, assim como a resolução de quebra-cabeças. E não apenas a distribuição dos mapas se alteram, mas também as masmorras e caminhos secundários que podem ser encontrados.

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O jogo também estimula muito o próprio conhecimento narrativo. Ler documentos, conversar com NPCs não ajuda apenas em missões secundárias ou nos puzzles, mas também dá pistas de locais secretos, de artefatos ou de métodos de sobrevivência.

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Mesmo com alguns problemas de localização em português brasileiro, o game traz suporte completo ao idioma em menus e textos. Dessa forma, todas as informações são compreensíveis e não oferecem problemas mesmo com a subjetividade do conceito.

Prepare-se para se viciar

Por ser acessível e por incluir níveis de dificuldade recomendados para partidas solo (Sobrevivente) e multiplayer (Veterano, Pesadelo e Apocalipse), o game é extremamente acessível e convidativo para todos os públicos.

Em comparação com From the Ashes, vemos estratégias corpo a corpo mais versáteis e bem animadas. Enquanto isso, o combate com armas de fogo continua brutal, mas potencializado pela grande possibilidade de builds implementadas.

Ao longo da campanha, os jogadores podem customizar Relíquias (recarregadas a cada descanso no Cristal), Mods (efeitos adicionais em armas), Mutadores (atributos passivos de armas), Amuletos, Anéis e conjunto de equipamentos.

Porém, o destaque em Remnant II fica por conta dos arquétipos. É muito bom combinar perícias e vantagens de cada uma das classes. Além disso, masterizar suas características e entender a melhor forma de utilizá-las é um verdadeiro parque de diversões.

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Fonte: André Custodio

Visualmente, cada arquétipo já é um chamativo à parte. Mas quando a estética vai para o combate, a ação adquire um estilo realmente surpreendente. E tudo isso pode ser dominado em poucas horas — o resto da campanha vai para dominar outras builds.

Como um TPS, Remnant II traz um grande foco no uso de armas de fogo. Até nesse aspecto é importante lembrar da personalização, pois os equipamentos têm seus próprios atributos em relação a coice, dispersão, distância de alcance, raio, tiros por segundo, dano e mais.

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As armas estão disponíveis para compra em lojas no Setor 13 e em outras áreas, mas criá-las através de matérias-primas de chefes são as melhores opções. Normalmente, esses equipamentos vêm com mods bloqueados que concedem vantagens absurdas em batalha.

Lutas contra chefes: o charme dos soulslike

Remnant II traz três tipos de confrontos contra chefes: abominações (miniboss), chefes de zonas e chefes mundiais. Enquanto os miniboss são inimigos reaproveitados com um brilho avermelhado, os outros são um espetáculo à parte.

Todas — veja bem, todas — as lutas contra os grandes chefes exigem estratégias específicas. Cada um deles tem seu ponto fraco e dinâmica de batalha. Enquanto uns são mais ágeis, outros são estáticos, mas capazes de usar habilidades muito mais punitivas.

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Além disso, alguns grandes vilões têm transformações, companheiros, escudos ou qualquer outra coisa que atrapalhe bastante o combate. Esteja sempre preparado, pois morrer não é uma escolha; é um fato.

Também vale lembrar que a estrutura procedural do game muda tudo. Em uma primeira campanha, muitos chefes passarão em branco. Você só poderá descobri-los reiniciando o jogo do zero — e contando com a sorte — ou explorando o Modo Aventura.

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Essa modalidade permite que áreas de N’Erud, Yaesha, Losomn sejam resetadas, mas sem perder o arquivo salvo da campanha principal. Todas as missões principais e secundárias estão elegíveis, bem como as recompensas de mapa e seus segredos.

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Facilmente, Remnant II é uma experiência para se jogar dezenas de vezes. Não apenas por ter um modo solo lotado de conteúdos e referências, mas também pelo gameplay multijogador, que pode ser aproveitado para toda a campanha e para o Modo Aventura.

Remnant II: vale a pena?

Remnant II é uma experiência estável e muito balanceada. Roda suave em 60 FPS durante todo o gameplay — com exceção da cena final, que é um verdadeiro DESASTRE. Mesmo com uma história simples e com furos sugestivos, o título faz a jogabilidade roubar inteiramente a cena.

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Visualmente, a sequência de From the Ashes é um primor. Porém, esse cuidado técnico da Gunfire Games vai apenas para modelo do protagonista, inimigos e cenários (aqui tende ao deslumbrante), pois os modelos de NPCs são muito feios.

Apesar disso, todas essas falhas podem ser facilmente ignoradas pela grande duração da campanha — até 30h — e pelo gameplay massivo e viciante. Em termos de recomendação, Remnant II é altamente sugerido para pessoas que gostam de jogar videogame.

O título está à venda na PS Store por preços a partir de R$ 249,50. E olha, esse valor está ótimo devido à grande oferta de conteúdos in-game e ao fator replay imensurável.

Veredito

Remnant II
Remnant II

Sistema: PlayStation 5

Desenvolvedor: Gunfire Games

Jogadores: 1 a 3

Comprar com Desconto
86 Ranking geral de 100
Vantagens
  • Efeitos visuais muito bem realizados
  • Ação cadenciada em um gameplay preciso
  • Muitas opções de builds através de arquétipos e recursos
  • Mundo procedural muito bem determinado
  • Dificuldade satisfatória em todos os níveis ou modalidades
  • Jogo de média escala em experiência estável de performance
  • Mundo cheio de referências e com vida própria
  • Fator replay absurdo
Desvantagens
  • Narrativa com alguns furos
  • Taxa de quadros na cena final desastrosa
  • Problemas de localização em português do Brasil
  • Modelos de personagens bem feios
André Custodio
André Custodio
Redator
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Jogando agora: Diablo IV, Sprawl, Trombone
Fã de jogos de terror e desbravador de soulslike vez ou outra. Consegui me livrar de FIFA por motivos pessoais (ruindade) e hoje me sinto uma pessoa melhor. Também curto platinas, mas não vou atrás de algo que me tira do sério.