Metal Gear Solid: Master Collection Vol. 1: vale a pena?
Review

Metal Gear Solid: Master Collection Vol. 1: vale a pena?

Pacotão traz os três primeiros Metal Gear Solid, mas peca por ausência de localização em PT-BR

por Vinícius Paráboa

A Konami voltou. A editora japonesa passou um bom tempo focando apenas em lançamentos mobile e em eFootball, mas, agora, parece que está retornando aos bons tempos — afinal, já anunciou remakes de Silent Hill 2 e Metal Gear Solid 3. E para confirmar este momento, a empresa agora lança Metal Gear Solid: Master Collection Vol. 1, para celebrar a franquia criada por Hideo Kojima.

Com a coletânea, a publisher dá a chance aos fãs das antigas de revisitarem grandes clássicos, bem como traz uma bela oportunidade para novatos experimentarem estes games que ficaram marcados na história. O pacote todo inclui os seguintes itens:

  • Metal Gear (1987)
  • Snake’s Revenge: Metal Gear 2 (1990)
  • Metal Gear 2: Solid Snake (1990)
  • Metal Gear Solid (1998)
  • Metal Gear Solid: VR Missions (1999)
  • Metal Gear Solid 2: Substance (2001)
  • Metal Gear Solid 3: Snake Eater (2004)
  • Livros digitais
  • Adaptações em graphic novels de MGS 1 e MGS 2
  • Trilha sonora digital

Vale mencionar as versões que se fazem presentes nesse pacotão. O primeiro MGS vem de seu port do PS1, enquanto MGS 2: Sons of Liberty e MGS 3: Snake Eater rodam em seus remasters em HD do PS3.

Um pacote nostálgico

Como Metal Gear Solid: Master Collection Vol. 1 traz jogos que já conhecemos há muito tempo, o foco desta análise será seu desempenho técnico, bem como outros motivos que podem (ou não) torná-lo atrativo para o consumidor.

MGS 1 utiliza proporção 4:3 — relembrando a nostálgica era dos televisores analógicos — e roda a 30 FPS. As texturas são as mesmas da era PS1, ou seja, todos os gráficos são “cúbicos”, não dando pra reconhecer bem os rostos dos personagens. Ainda sobre a proporção, é possível editá-la, alinhando-a à esquerda, direita ou centro da tela e até preencher os espaços vazios do ecrã com wallpapers.

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MGS 1 utiliza proporção 4:3 (Foto: Vinícius Paráboa)

MGS 2 e 3, por outro lado, têm resolução em 1080p, com taxa de 60 quadros por segundo. Ambos games incluem conteúdos das edições Substance e Subsistence, portanto, há como jogar Snake Eater com a câmera original fixada ou em terceira pessoa. Entretanto, não espere novos segredos escondidos ou conteúdo bônus: os títulos seguem exatamente iguais às remasterizações feitas pela Bluepoint Games no PS3.

Estes games, juntos, seriam motivo suficiente para justificar uma compra. Afinal, se trata de uma coletânea com títulos icônicos que, em sua maioria, não envelheceram mal. A exceção é o primeiro Metal Gear Solid, que pode ser bastante difícil de se acostumar, especialmente no que diz respeito aos controles pesados. Novatos na série devem sentir dificuldade em superar os cenários e ao atirar em inimigos.

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MGS 3 continua ótimo como sempre (Foto: Vinícius Paráboa)

Ainda falando de MGS 1, caçadores de platina têm uma razão extra para adquirirem o game: Master Collection Vol. 1 implementa a primeira lista de troféus do jogo de 1998. MGS 2 e 3 já possuíam as suas, desde a época do PS3.

Sem localização para PT-BR

Talvez, a grande mancha em Metal Gear Solid: Master Collection Vol. 1 seja a ausência da localização em português brasileiro. Não há dublagem, legendas ou mesmo interface na nossa língua.

Tal fator prejudica muito a experiência. Como verdadeiras obras de Hideo Kojima, as histórias são determinantes para o sucesso destes games clássicos. Diálogos se fazem presentes a todo momento e, se o jogador não possui um bom conhecimento em inglês, perderá um conteúdo rico em detalhes. Ponto negativo para a Konami.

Cada jogo é um jogo

Metal Gear Solid: Master Collection Vol. 1 é um pacotão de games, mas, como diz o velho ditado, é “cada macaco em seu galho”. Isso porque, no PS5, a coletânea não vem em um único aplicativo. Cada jogo possui um app próprio: MGS 1, 2 e 3 estão separadinhos, enquanto ainda há um launcher unindo Metal Gear e Metal Gear 2: Solid Snake e um quinto, onde se encontram os conteúdos bônus.

Por um lado isso é positivo, afinal, o jogador pode escolher o que baixar e deixar espaço em armazenamento livre. Por outro, acaba se tornando complicado achar os extras, pois certos livros digitais aparecem dentro de um jogo específico, enquanto as graphic novels dão as caras em um aplicativo separado.

Metal Gear Solid: Master Collection Vol. 1: vale a pena?

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A falta de localização em Metal Gear Solid: Master Collection Vol. 1 incomoda (Foto: Vinícius Paráboa)

Metal Gear Solid: Master Collection Vol. 1 é um pacote nostálgico, que reacende as esperanças dos fãs por novos capítulos da série — mesmo sem a presença de Kojima. A coletânea traz grandes clássicos e apresenta a franquia para uma nova geração, ao mesmo tempo que faz os fãs da velha guarda relembrarem de bons tempos.

Dito isso, o pacotão ainda vem com problemas, especialmente para nós, brasileiros. Além do gameplay stealth (inovador para a época quando chegou ao mercado), MGS possui bastante foco na história e a ausência de, no mínimo, legendas em PT-BR, rebaixam a obrigatoriedade de ter a coleção completa na biblioteca.

O preço de R$ 299,90 também não ajuda o gamer, especialmente em uma época do ano com grandes lançamentos na indústria. Ajuda que há como adquirir os games separadamente na PS Store — por R$ 99,90 cada. Pelo lado positivo, quem comprar já garante o upgrade gratuito do PS4 para o PS5.

Veredito

Metal Gear Solid: Master Collection Vol. 1
Metal Gear Solid: Master Collection Vol. 1

Sistema: PlayStation 5

Desenvolvedor: Konami

Jogadores: 1

Comprar com Desconto
75 Ranking geral de 100
Vantagens
  • Grandes clássicos reunidos em um só pacote
  • Metal Gear Solid 1 recebe sua primeira lista de troféus
  • Upgrade gratuito do PS4 para o PS5
Desvantagens
  • Sem legendas em PT-BR
  • Novatos podem sentir dificuldades com MGS 1
  • Jogos poderiam estar compilados em um único arquivo
Vinícius Paráboa
Vinícius Paráboa
Editor
Publicações: 5.467
Jogando agora: Final Fantasy VII Rebirth, A Plague Tale: Requiem, Dragon's Dogma 2
Editor no MeuPlayStation. Fanático por Crash Bandicoot, God of War e pelo Grêmio.