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Maestro: vale a pena?

Divertido, agradável e muito acessível, Maestro é a orquestra definitiva e um exemplo para os jogos de ritmo

por André Custodio
Maestro: vale a pena?

Em um mundo onde jogos de ritmo em realidade virtual têm conquistado espaço, Maestro, lançado em 20 de junho para o PS VR2, se destaca como uma experiência única e realmente engrandecedora.

Transformando o jogador em um regente de orquestra, o jogo combina uma seleção musical impressionante com mecânicas acessíveis e imersivas, aproveitando ao máximo o rastreamento de mãos e os controles Sense do PS VR2.

Embora não esteja isento de falhas, Maestro é uma adição notável ao gênero, oferecendo diversão e sofisticação em um ambiente virtual elegante e colocando a concorrência para comer poeira — apesar de ser o único no estilo de concerto.

É hora de reger a orquestra

Maestro é um jogo de ritmo em realidade virtual que coloca o jogador no centro de um majestoso teatro de ópera, conduzindo uma orquestra com gestos realistas.

A premissa é simples: use as mãos para seguir o tempo, dinâmica e dar cues aos músicos, acompanhando partituras que vão de clássicos como Beethoven e Mozart a faixas contemporâneas, incluindo DLCs temáticos como Star Wars: Duel of the Fates.

Maestro
Fonte: André Custodio

O jogo equilibra acessibilidade com desafio e oferece diferentes níveis de dificuldade que tornam a experiência envolvente tanto para iniciantes quanto para os experientes e preparados para um tipo de gameplay baseado no reflexo e na atenção.

As mecânicas de Maestro são intuitivas e aproveitam o excelente rastreamento de mãos do PS VR2, que dispensa controles físicos em algumas situações. Isso cria uma sensação de imersão única, especialmente pelas mãos serem totalmente identificadas.

Maestro
Fonte: André Custodio

Os controles Sense também brilham, com feedback tátil que sincroniza com a música e torna cada movimento mais perceptivo. Além disso, o jogo inclui tutoriais que ensinam os fundamentos de regência, garantindo que até novatos se sintam confiantes.

A personalização é outro destaque, com mapas (cenários de palco) visualmente incríveis, desde teatros clássicos até arenas temáticas como a apocalíptica “Fields of Fate”.

Explorando as camadas de um game especial

A seleção musical é um dos maiores trunfos de Maestro. O repertório abrange desde obras-primas clássicas, como a Quinta Sinfonia de Beethoven, até faixas de cultura pop, incluindo DLCs com músicas de Harry Potter, O Senhor dos Anéis e Game of Thrones.

A versão para PS VR2 já inclui várias dessas faixas de DLC, o que agrega valor imediato. As referências à cultura popular, como o mini sabre de luz usado como batuta no DLC de Star Wars, adicionam charme e tornam cada apresentação um espetáculo visual e sonoro.

Maestro
Fonte: André Custodio

Essa seleção conversa muito bem com a atmosfera do game. Enquanto rege, o maestro observa os integrantes da orquestra trabalhando individualmente e de forma bastante convincente. Nesse sentido, as animações são lindíssimas.

Outro ponto positivo vai para o sistema de áudio. Como o game se trata de uma experiência sonora, é importante que graves e agudos se destaquem no momento certo. E para a surpresa de poucos, eles estão lá tão nítidos como nunca.

Maestro
Fonte: André Custodio

A integração com os recursos de acessibilidade em Maestro também merece elogios, com ajustes para altura, preferências de movimento e suporte a jogadores com diferentes capacidades motoras.

Uma sinfonia com uma única nota desafinada

Apesar de seus muitos méritos, Maestro tem uma única falha: a ausência de localização em português do Brasil. Para um público brasileiro, isso pode ser um obstáculo, especialmente em um jogo que depende de instruções claras para tutoriais e menus.

A falta de suporte ao idioma local pode dificultar a imersão, mas no caso desse game isso não é tão prejudicial. Você deve perder algumas informações sobre aprendizado, porém o gameplay bruto é bastante intuitivo.

Maestro
Fonte: André Custodio

O problema maior fica por conta de textos. Ao cumprir cada missão, o maestro ganha cartas e documentos com detalhes interessantes sobre a história da música. Dessa forma, se aprofundar mais nisso sem ter conhecimento em inglês deve frustrar.

Maestro: vale a pena?

Maestro é uma adição essencial para donos do PS VR2, especialmente para fãs de música e de jogos de ritmo. Sua acessibilidade, seleção musical diversificada e integração impecável com os recursos o tornam um exemplo brilhante do potencial da realidade virtual.

Apesar da ausência de localização em português do Brasil, o jogo compensa com mecânicas polidas, personalização criativa e uma experiência que é fácil de aprender, mas desafiadora de dominar.

Para jogadores casuais, Maestro oferece diversão imediata, enquanto os mais dedicados encontrarão profundidade nos níveis de dificuldade e na possibilidade de criar conteúdo nas redes ao compartilharem suas jogatinas.

Recomendado para quem busca uma experiência única em VR, o game vem sendo bastante elogiado na PS Store, com uma impressionante nota de 4,95/5 entre mais de 150 reviews. Precisa de mais para te convencer?

Veredito

Maestro
Maestro

Sistema: PlayStation VR2

Desenvolvedor: Double Jack

Jogadores: 1

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90 Ranking geral de 100
Vantagens
  • Excelente seleção de músicas
  • Gameplay satisfatório e muito acessível
  • Ótimo sistema de personalização (os mapas são incríveis)
  • Suporte funcional e eficaz ao rastreamento de mãos
  • Recursos de acessibilidade
  • Versão de PlayStation vem com várias músicas de DLC
  • Referências muito legais à cultura popular
  • Bem integrado aos recursos dos controles Sense
Desvantagens
  • Sem localização em português do Brasil
André Custodio
André Custodio
Redator
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Jogando agora: Lushfoil Photography Sim, Post Trauma, Path of Exile 2
Fã de jogos de terror e desbravador de soulslike vez ou outra. Consegui me livrar de FIFA por motivos pessoais (ruindade) e hoje me sinto uma pessoa melhor. Também curto platinas, mas não vou atrás de algo que me tira do sério.