Maestro: vale a pena?
Divertido, agradável e muito acessível, Maestro é a orquestra definitiva e um exemplo para os jogos de ritmo
Em um mundo onde jogos de ritmo em realidade virtual têm conquistado espaço, Maestro, lançado em 20 de junho para o PS VR2, se destaca como uma experiência única e realmente engrandecedora.
Transformando o jogador em um regente de orquestra, o jogo combina uma seleção musical impressionante com mecânicas acessíveis e imersivas, aproveitando ao máximo o rastreamento de mãos e os controles Sense do PS VR2.
Embora não esteja isento de falhas, Maestro é uma adição notável ao gênero, oferecendo diversão e sofisticação em um ambiente virtual elegante e colocando a concorrência para comer poeira — apesar de ser o único no estilo de concerto.
É hora de reger a orquestra
Maestro é um jogo de ritmo em realidade virtual que coloca o jogador no centro de um majestoso teatro de ópera, conduzindo uma orquestra com gestos realistas.
A premissa é simples: use as mãos para seguir o tempo, dinâmica e dar cues aos músicos, acompanhando partituras que vão de clássicos como Beethoven e Mozart a faixas contemporâneas, incluindo DLCs temáticos como Star Wars: Duel of the Fates.
O jogo equilibra acessibilidade com desafio e oferece diferentes níveis de dificuldade que tornam a experiência envolvente tanto para iniciantes quanto para os experientes e preparados para um tipo de gameplay baseado no reflexo e na atenção.
As mecânicas de Maestro são intuitivas e aproveitam o excelente rastreamento de mãos do PS VR2, que dispensa controles físicos em algumas situações. Isso cria uma sensação de imersão única, especialmente pelas mãos serem totalmente identificadas.
Os controles Sense também brilham, com feedback tátil que sincroniza com a música e torna cada movimento mais perceptivo. Além disso, o jogo inclui tutoriais que ensinam os fundamentos de regência, garantindo que até novatos se sintam confiantes.
A personalização é outro destaque, com mapas (cenários de palco) visualmente incríveis, desde teatros clássicos até arenas temáticas como a apocalíptica “Fields of Fate”.
Explorando as camadas de um game especial
A seleção musical é um dos maiores trunfos de Maestro. O repertório abrange desde obras-primas clássicas, como a Quinta Sinfonia de Beethoven, até faixas de cultura pop, incluindo DLCs com músicas de Harry Potter, O Senhor dos Anéis e Game of Thrones.
A versão para PS VR2 já inclui várias dessas faixas de DLC, o que agrega valor imediato. As referências à cultura popular, como o mini sabre de luz usado como batuta no DLC de Star Wars, adicionam charme e tornam cada apresentação um espetáculo visual e sonoro.
Essa seleção conversa muito bem com a atmosfera do game. Enquanto rege, o maestro observa os integrantes da orquestra trabalhando individualmente e de forma bastante convincente. Nesse sentido, as animações são lindíssimas.
Outro ponto positivo vai para o sistema de áudio. Como o game se trata de uma experiência sonora, é importante que graves e agudos se destaquem no momento certo. E para a surpresa de poucos, eles estão lá tão nítidos como nunca.
A integração com os recursos de acessibilidade em Maestro também merece elogios, com ajustes para altura, preferências de movimento e suporte a jogadores com diferentes capacidades motoras.
Uma sinfonia com uma única nota desafinada
Apesar de seus muitos méritos, Maestro tem uma única falha: a ausência de localização em português do Brasil. Para um público brasileiro, isso pode ser um obstáculo, especialmente em um jogo que depende de instruções claras para tutoriais e menus.
A falta de suporte ao idioma local pode dificultar a imersão, mas no caso desse game isso não é tão prejudicial. Você deve perder algumas informações sobre aprendizado, porém o gameplay bruto é bastante intuitivo.
O problema maior fica por conta de textos. Ao cumprir cada missão, o maestro ganha cartas e documentos com detalhes interessantes sobre a história da música. Dessa forma, se aprofundar mais nisso sem ter conhecimento em inglês deve frustrar.
Maestro: vale a pena?
Maestro é uma adição essencial para donos do PS VR2, especialmente para fãs de música e de jogos de ritmo. Sua acessibilidade, seleção musical diversificada e integração impecável com os recursos o tornam um exemplo brilhante do potencial da realidade virtual.
Apesar da ausência de localização em português do Brasil, o jogo compensa com mecânicas polidas, personalização criativa e uma experiência que é fácil de aprender, mas desafiadora de dominar.
Para jogadores casuais, Maestro oferece diversão imediata, enquanto os mais dedicados encontrarão profundidade nos níveis de dificuldade e na possibilidade de criar conteúdo nas redes ao compartilharem suas jogatinas.
Recomendado para quem busca uma experiência única em VR, o game vem sendo bastante elogiado na PS Store, com uma impressionante nota de 4,95/5 entre mais de 150 reviews. Precisa de mais para te convencer?
Veredito
Vantagens
- Excelente seleção de músicas
- Gameplay satisfatório e muito acessível
- Ótimo sistema de personalização (os mapas são incríveis)
- Suporte funcional e eficaz ao rastreamento de mãos
- Recursos de acessibilidade
- Versão de PlayStation vem com várias músicas de DLC
- Referências muito legais à cultura popular
- Bem integrado aos recursos dos controles Sense
Desvantagens
- Sem localização em português do Brasil