Dynasty Warriors: Origins: vale a pena?
Trazendo de volta a ação no estilo 1 vs 1000, o jogo tem momentos épicos e muita variedade no gameplay como atrações
O que se espera de um jogo de guerra? Momentos épicos, exércitos enormes quebrando tudo, reviravoltas nos bastidores, traições… Dynasty Warriors: Origins tem isso tudo e mais um pouco, marcando uma nova etapa da franquia nos consoles.
A temática é parecida com a de sempre: estilo musou, 1 vs. 1000, campos tomados por inimigos e a história da China dando as caras. Diversos rostos podem ser conhecidos de outros lançamentos da saga, mas dessa vez, você controla um personagem inédito que veio para trazer a paz.

Uma nova história dos Três Reinos
A narrativa de Dynasty Warriors: Origins expande a guerra em estratégias ainda mais elaboradas, envolvendo o icônico Período dos Três Reinos (220-280 d.C.), marcado por batalhas, intrigas políticas e líderes lendários como Liu Bei, Cao Cao e Sun Quan.
O protagonista, o Guardião da Paz, sem memórias guia a imersão nessa época turbulenta, decidindo aliados e enfrentando inimigos em um vasto mapa. Missões, batalhas históricas e exploração profunda recriam o mundo dos Três Reinos, enquanto o jogador fortalece laços com oficiais e descobre armas únicas em povoados estratégicos.

No gameplay, confrontamos exércitos colossais, rompendo defesas inimigas ao lado de figuras icônicas como Cao Cao e Sun Jian. As batalhas épicas proporcionam uma experiência envolvente e visualmente impressionante, colocando o jogador no centro dos conflitos históricos e com liberdade para escolher como lidar com tudo isso.
Dynasty Warriors: Origins aprofunda ainda mais o 1 vs. 1000
Dynasty Warriors: Origins eleva o clássico estilo 1 vs. 1000, mantendo elementos familiares do combate, agora mais profundos e estratégicos.

O protagonista e os demais personagens contam com ataques fortes, contra-ataques e desvios para romper a “Fortitude” inimiga, explorando pontos fracos e ativando “Assaults” devastadores quando quebramos suas armaduras A barra “Musou” desbloqueia ataques poderosos, que evoluem conforme a história avança.
O personagem principal, personalizável até no nome, evolui ao ganhar respeito e cumprir missões. Com isso, o jogador comanda exércitos diretamente no campo de batalha. Essas táticas para ordenar aliados a avançarem ou realizarem investidas coordenadas também podem ser usadas pelo exército adversário e são chamadas de “Large Forces”.
Essas tropas são intimidadoras e chegam em um número consideravelmente alto, o que enche bastante a tela e surpreende em determinados momentos. Conforme os objetivos são conquistados, as ações dos generais fortalecem a moral e habilitam ataques em grupo, mudando o rumo das batalhas.
A maneira com que isso explora a capacidade dos consoles da atual geração é interessante. São várias coisas acontecendo ao mesmo tempo. Você precisa proteger um determinado oficial, impedir que a tática inimiga dê certo e ao mesmo tempo derrotar alguns generais mais onipotentes para prosseguir.
Catapultas, torres com arqueiros avançados, cavalaria e outros acontecimentos tiram a paz no campo de batalha, que inclusive é totalmente dominado pelo protagonista. Ele é chamado apenas de Guardião da Paz em determinados momentos, mas luta para descobrir sua verdadeira identidade.
Entre seus poderes, está a habilidade de empunhar qualquer equipamento. E o jogo entrega uma variedade absurda de opções, como lanças, espadas, manoplas e outras.

O jogo inclusive te encoraja a explorar essas armas, deixando claro que é importante não ficar preso somente a uma, caso contrário, sua evolução pode desacelerar consideravelmente, travando seu progresso e não liberando toda a árvore de habilidades base.
Ainda no lado da evolução, os laços com companheiros são fortalecidos ao completar missões, desbloqueando comandos avançados para os confrontos. Ao executar um Assault, habilitado quando quebramos a armadura adversária ou fazemos um “parry” com destreza, eles entram junto do nosso personagem executando combos.
Voltando para as habilidades do Guardião da Paz, ele tem o poder de detectar incensos e outras situações no campo de batalha com uma visão aprofundada das situações. Apertando L2, você sente de onde essas magias estão sendo ativadas, explora os locais, e ao acabar com a fonte desse mal, entrega vantagens para seu exército.
Quanto à exploração, ela ocorre de duas maneiras.

Dentro dos campos de batalha, desbloqueamos cavalos para deslocamentos rápidos. Dynasty Warriors: Origins traz inclusive um sistema de progressão para os animais, liberando até a troca deles se necessário, afinal, cada um tem um nível de poder para arrancadas, resistência e outros atributos.

Fora da guerra, você controla o Guardião da Paz em uma espécie de mapa aberto minimizado, onde ele interage com os ícones para prosseguir na linha principal narrativa ou entrar em missões secundárias.
Nesse menu, é possível acessar os locais de descanso, onde fica liberado alterar equipamentos e usar recursos obtidos em batalha para evoluir seus amuletos e abrir as cartas — que costumam vir com umas peças de ouro para gastar nas províncias e comprar espadas e lanças melhores.
O mapa tem áreas bloqueadas que são liberadas de acordo com os acontecimentos da narrativa. Apertando L2, você é guiado até seu objetivo, mas fica livre para entrar em lojas de diversas cidades para comprar ou vender seus itens quando quiser.
O conjunto da obra casa muito bem. Dynasty Warriors: Origins abraça de maneira espetacular o estilo musou e as batalhas 1 vs. 1000, por incrível que pareça, só ficam complicadas se você não explorar as ferramentas do jogo. A progressão é saudável e não exige muito grind, além disso, as missões secundárias são rápidas e convidativas.

Fatiar uma legião de inimigos e observar a evolução do Guardião da Paz é gratificante. Os equipamentos realmente impactam na jogabilidade e há momentos épicos que o jogo deixa claro que estão sob seu controle. Sobre os gráficos, a proposta é bem “fiel” ao conteúdo exibido nos últimos meses.
Jogamos com todas as opções disponíveis nessa configuração de exibição, incluindo uma de 4K/120 FPS, habilitada em monitores compatíveis. A diferença dos 60 FPS pros 120 FPS não é tão notável, mas observa-se que as cores e os detalhes são mais vívidos com 60 FPS.
Nem tudo está tão épico assim
Chegamos à parte chata das análises que é apontar os defeitos do jogo. Dynasty Warriors: Origins é quase perfeito, mas deve enfrentar críticas no Brasil devido à ausência de legendas em PT-BR. Além disso, há pequenos problemas que podem atrapalhar o desempenho.
Algumas armas possuem poderes elementais e conseguem causar mais dano nos inimigos, e é o momento onde o título apresenta “dificuldades” em manter a qualidade. Os inimigos ficam um pouco travados, e percebe-se uma lentidão nas movimentações.
O mesmo acontece em fases onde está chovendo. Sendo assim, Dynasty Warriors: Origins precisa de pequenos ajustes. Vale citar também o comportamento de determinados NPCs, tanto aliados quanto inimigos, que são duvidosos quando precisam de proteção ou necessitam fugir dos locais.

Outro ponto negativo a ser destacado são pequenos pontos da narrativa. O número de personagens apresentado não ajuda no desenrolar dos fatos, deixando novas apresentações confusas e o peso de muitos dos nomes
Dynasty Warriors: Origins: vale a pena?
Dynasty Warriors: Origins entrega uma experiência que expande o estilo musou de maneira estratégica e envolvente. O sistema de batalha com as “Large Forces” e mecânicas de “Assault”, não deixam o jogo ficar repetitivo.
A possibilidade de personalizar o protagonista e explorar uma ampla variedade de armas é outro ponto positivo para evitar tal sensação, mas o impacto na progressão é limitado se o jogador não investir tempo explorando todas as opções.
A narrativa tenta ser grandiosa, mas como mencionado acima, o excesso de personagens e eventos acaba confundindo e diluindo o impacto dos momentos mais importantes.
No aspecto técnico, o desempenho irregular em fases com chuva ou efeitos elementais compromete a fluidez das batalhas. Além disso, a ausência de legendas em português dificulta o acesso ao público brasileiro, algo que deve ser levado em conta na hora de investir no game.
Porém, esses contratempos na parte técnica não mexem tanto assim no gameplay. Jogando no PS5 base, não ocorreram crashes nem nada do tipo, fazendo de Dynasty Warriors: Origins uma boa adição para fãs do gênero musou. Vale a pena, sim!
Veredito

Dynasty Warriors: Origins
Sistema: PlayStation 5
Desenvolvedor: Omega Force
Jogadores: 1
Comprar com DescontoVantagens
- Divertido e entrega o que promete
- Variedade de armas não deixa o jogo cair na mesmice
- Batalhas em grande escala combinam bem as novidades nas mecânicas
- Progressão equilibrada e bem estabelecida, evitando grinds exagerados
- Momentos épicos que correspondem ao poder dos hardwares atuais
Desvantagens
- Desempenho prejudicado ao usar poderes elementais
- NPCs não se comportam tão bem em certas situações
- Ausência de suporte ao PT-BR nos menus e legendas
