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DOOM: The Dark Ages: vale a pena?

Terceiro título da série moderna de DOOM honra as raízes da franquia, mas traz novidades bem interessantes

por Thiago Barros
DOOM: The Dark Ages: vale a pena?

A mais famosa guerra contra demônios da indústria dos games ganha um novo capítulo. Trinta e dois anos depois de chocar o mundo com o pioneirismo no gênero FPS da forma mais intensa possível, DOOM está de volta. Em grande estilo. Com a vibração e o sangue de sempre, honrando suas raizes e também adicionando pitadas de modernidade fundamentais para fazer com que ele possa ser um clássico também para a nova geração.

Quando DOOM: The Dark Ages foi anunciado, muita gente se surpreendeu pelo fato de ele representar uma mudança significativa em relação ao que a franquia começou a construir com o reboot da saga em 2016 e a sequência, DOOM Eternal, de 2020. Tanto na história, tendo em vista que o novo game é uma prequela, quanto também no gameplay, que apesar de algumas adições interessantes, é mais “pé no chão” (na medida do possível).

E, no fim das contas, a decisão se pagou. Este terceiro título da série moderna de DOOM não abandona as inovações, como o novo Serraescudo, mas se inspira nas raízes da aclamada franquia para entregar uma experiência que traz tudo o que esperamos de um jogo dela. Bonito, acelerado, desafiador, visceral. É DOOM na sua mais pura essência – que fica ainda mais robusta com um toque narrativo maior do que nunca.

Com a cara de DOOM

Novamente, DOOM: The Dark Ages funciona como um prelúdio para o DOOM de 2016 e DOOM Eternal, revelando as origens do Slayer. A narrativa começa em meio a guerras interdimensionais, quando o protagonista acaba sendo convocado para derrubar exércitos demoníacos que invadem fortalezas e vilarejos humanos. Em vez de cutscenes rápidas, como sempre foi padrão da franquia, ele apresenta sequências mais cinematográficas.

O game explora grandes arenas abertas, templos abandonados e florestas sombrias, entregando uma experiência cinematográfica e visceral graças ao motor idTech8 – que, inclusive, permite que ele seja aprimorado para o PS5 Pro. Ao todo, são 22 níveis, uma duração na casa das 25-30 horas, além de algumas áreas secretas que podem ser exploradas para deixar a aventura ainda mais completa.

DOOM: The Dark Ages: vale a pena?

Todos eles com uma ambientação impressionante, que mistura dois conceitos que parecem totalmente diferentes. Elementos de fantasia — como dragões cibernéticos e mechs colossais — misturam-se com artefatos inspirados em dispositivos de tortura medievais, trazendo a atmosfera sombria e violenta que se espera de DOOM.

Aqui, vale citar que, como de costume, a trilha sonora e o trabalho de áudio em geral são fundamentais para a imersão. Além disso, precisamos valorizar bastante a localização completa do game para o português do Brasil. Nos combates, então, quando vem aquele rock and roll pesado, meus amigos, você se sente o Caçador dos Demônios mesmo. E isso acontece logo desde o começo do jogo, para já deixar você bem no clima do que está por vir.

Afinal, o que realmente importa em DOOM é isso mesmo.

É claro que belos gráficos, excelente trabalho de áudio e uma narrativa melhorada enriquecem ainda mais a experiência, mas quando você pega um jogo desta franquia, o que interessa mesmo é sair destruindo os diabões com o máximo de violência e sangue possível. E fica aqui a garantia de que, sim, The Dark Ages traz isso com tudo.

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O combate primeiramente dá ênfase ao corpo a corpo: o Slayer pode usar uma nova arma, o escudo-serra, para bloquear, fazer parry e contra-atacar em um único movimento – além de ser uma ótima opção para iniciar as lutas, como uma ferramenta de controle de grupo e também de dano em múltiplos inimigos. Também é possível fazer combos de porrada “na mão” mesmo, que são super efetivos, e “voar” na direção dos inimigos.

DOOM: The Dark Ages: vale a pena?

Só que este é só um ponto das batalhas. Há uma grande variação de armas, que ainda podem ser personalizadas numa pegada RPG, em algumas estações espalhadas pelos mapas. Dá para atirar bastante, seja com shotguns mais de perto, seja com armas mais de longe. Com uma cadência maior ou naquele pique de sair atirando de uma forma maluca.

Mas não se engane: dependendo da dificuldade que você escolher, vai ser “um inferno” encarar todos os desafios.

Há vários momentos em que você vai ficar preso em salinhas pequenas com quantidades enormes de inimigos. Ou então boss fights contra demônios gigantes. E até mesmo sequências intensas usando seu dragão, voando, tendo que destruir torretas, perseguindo os adversários… Tem de tudo. Não dá para reclamar.

Só que este é só um ponto das batalhas. Há uma grande variação de armas, que ainda podem ser personalizadas numa pegada RPG, em algumas estações espalhadas pelos mapas. Dá para atirar bastante, seja com shotguns mais de perto, seja com armas mais de longe. Com uma cadência maior ou naquele pique de sair atirando de uma forma maluca.  Mas não se engane: dependendo da dificuldade que você escolher, vai ser "um inferno" encarar todos os desafios. Há vários momentos em que você vai ficar preso em salinhas pequenas com quantidades enormes de inimigos. Ou então boss fights contra demônios gigantes. E até mesmo sequências intensas usando seu dragão, voando, tendo que destruir torretas, perseguindo os adversários... Tem de tudo. Não dá para reclamar.

Especialmente porque DOOM: The Dark Ages parece ser um jogo para todos – obviamente, que gostem de FPS e de matar demônios. A acessibilidade nunca foi tão grande na franquia. Desde as opções de dificuldade mesmo, que podem ser super tranquilas como também praticamente impossíveis, como na variedade de sliders para variadas configurações do game.

Por outro lado, ele tem um ritmo um pouco menos frenético e vertical do que os anteriores – o que pode incomodar um pouco quem está mais acostumado com os títulos mais recentes. De qualquer forma, o título entrega muitos momentos marcantes, com uma bela ambientação, história bacana e ótimo resultado nos aspectos técnicos.

DOOM: The Dark Ages será lançado no dia 15 de maio, e já está disponível na PS Store por R$ 349,90, em pré-venda, e tem também uma edição premium por R$ 499, com uma série de benefícios, incluindo o acesso antecipado de dois dias.

Veredito

DOOM: The Dark Ages
DOOM: The Dark Ages

Sistema: PlayStation 5

Desenvolvedor: Bethesda

Jogadores: 1

Comprar com Desconto
85 Ranking geral de 100
Vantagens
  • Gameplay bastante variado e intenso, com a cara de DOOM
  • Visuais incriveis, com diversos ambientes bem construídos
  • Localização completa para o português do Brasil
  • Trabalho de áudio é, mais uma vez, um grande destaque
  • Pegada mais narrativa enriquece a experiência
Desvantagens
  • Inovações de velocidade e verticalidade de Doom Eternal foram ignoradas
  • Não possui nenhum tipo de interação multiplayer, o que poderia ser legal
Thiago Barros
Thiago Barros
Editor-Chefe
Publicações: 7.089
Jogando agora: Assassin's Creed Shadows
Jornalista, teve PS1, pulou o 2, voltou no 3 e agora tem o 4, o 5 e até o PSVR. Acha God of War III o melhor jogo da história do PlayStation.