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Funcionários da Ubisoft apoiam protestos contra a Activision Blizzard em carta

Mais de 500 funcionários da Ubi demonstraram solidariedade em carta aberta

por Jean Azevedo
Funcionários da Ubisoft apoiam protestos contra a Activision Blizzard em carta

A Ubisoft demonstrou apoio aos protestos movidos pelos funcionários da Activision Blizzard, esta processada após os funcionários relatarem assédio e discriminação no local de trabalho. Em carta aberta, mais de 500 trabalhadores da publisher cobrou por mudanças na indústria de jogos.

Mais de 32 estúdios da Ubi e o diretor executivo Yves Guillemot participaram da ação e se disseram frustrados com o ambiente tóxico no qual os devs se encontravam inseridos até então. A carta foi publicada pelo portal Axios. Confira um trecho abaixo:

Nós ficamos parados observando enquanto despediam apenas a maioria dos criminosos que tiveram o nome divulgado. Vocês deixaram os outros envolvidos renunciarem ou pior, os promoveram, jogaram-nos em outros estúdios e equipes e os ofereceram uma segunda chance sem ter muita repercussão. Este ciclo precisa parar.

Com a frequência desse tipo de denúncia fica claro a enorme existência de uma cultura do comportamento abusivo enraizada dentro da indústria.

A má conduta partindo de funcionários do alto escalão também impactou o comando da Ubisoft em 2020. Após os casos de assédio serem relatados pelas vítimas, os culpados foram imediatamente desligados de seus cargos.

Bobby Kotick, CEO da Activision Blizzard, pediu desculpas aos funcionários e disse estar revisando as políticas da companhia para garantir um local de trabalho com mais respeito e inclusão.

O que está acontecendo na Activision Blizzard?

Um órgão governamental da Califórnia vem investigando a Activision Blizzard há dois anos e elaborou um documento com 29 páginas antes de dar entrada nos processos. As funcionárias da empresa estariam sendo colocadas em situações de “assédio sexual constante”.

Quando o ocorrido tomou grandes proporções, Frances Townsend, executiva da companhia, considerou as alegações como distorcidas e falsas. Saiba mais sobre o assunto clicando aqui.