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O diário de um interiorano: BGS: dia 3, o cansaço

Eis a minha história...

por Raphael Batista
O diário de um interiorano: BGS: dia 3, o cansaço

Você ainda não se enjoou? Meus parabéns! Acho que este diário não parece ser tão cafona. Fico feliz, na verdade. Isso significa que todos aqui são igualmente apaixonados por jogos. E sério, que alegria é estar participando da BGS. Caso você esteja se perguntando quem é esse doido escrevendo, recomendo a leitura dos dias anteriores (dia 1 e dia 2), assim você ficará menos perdido.

Chegamos ao terceiro dia desta aventura. Um sentimento melancólico já começa a tomar meu corpo ao lembrar que faltam apenas dois dias. Sim, dois dias! Passou rápido, e até demais. Queria que durasse a semana toda! (mentira, caso contrário estaria apenas o pó da gaita). E é isso que este dia se resume:

Cansaço!

Sim, meus amigos. Sou jovem e não sedentário, mas a canseira chegou. E chegou com os dois pés no peito sem misericórdia. Acreditem ou não, eu tropecei umas 10x no meu próprio pé, pois não aguentava levantá-lo para andar. No meio da tarde, arrastava meu corpo pelos enormes corredores. Porém, eu tenho uma justificativa boa: hoje foi o dia que mais andei. Eu só fui sentar 1 hora antes de ir embora. Ou seja, as 7 horas de feira foram andando, correndo, ficando em pé, andando de novo. Tenso, não? Mas explico o porquê!

O dia começou normalmente. Despertador marcado para as 08:20 e acordei às 10:20. Normal. Café da manhã. Banho. Mochila. Ponto de ônibus. Calor dos infernos. Cheguei na feira. Nenhum imprevisto, e tudo na mais pura normalidade… Errado! Assim como hoje foi o dia do cansaço, posso dizer, na mesma medida, que foi o dia de fama. Sim, senhoras e senhores, o Meu PS4 é conhecido!

Não tendo nem 1 hora que cheguei, já estava reunido com meus companheiros/amigos/parceiros/colegas/equipe e fomos abordados por pessoas que diziam “admiramos o trabalho de vocês”, ou então “continuem assim porque adoramos”. Imaginem minha cara de bobo? Nossa. O caipira aqui só sabe sorrir e agradecer. Sou tímido. Pior ainda é quando o cérebro buga e não consigo desenvolver uma resposta. Quero morrer com isso.

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Só a cara é de mau. Somos amigáveis. E felizes…

Aproveitei hoje para testar os jogos que faltavam para mim, Call of Duty e Detroit: Become a Human. E posso dizer, pelo ponto de vista pessoal, que o Detroit é o melhor jogo da área PlayStation se não for o melhor da BGS (sou sonysta mesmo). Cada decisão precisa ser pensada e você se sente responsável por cada consequência ativada. É um jogo que mexe com o psicológico. E jogos assim cativam, prendem, deixam tenso. É uma delícia.

Pronto. Todos os jogos testados (mentira, faltam dois VR para amanhã) e mais nada pra fazer. O que fazer? Simples, fazer aquilo que a BGS tem de melhor: gastar chinelo (ou tênis). Andei pelos stands, revisitei os expositores, conversei com os organizadores da PlayStation. Enfim, fui pra lá e pra cá inúmeras vezes. Por isso do cansaço. Estou deitado agora com as pernas moídas.

Mas esperem, eis que o dia 3 foi repleto de atrações! Deixei a melhor parte para o final. Como eu disse, foi um dia de fama. E não digo isso apenas pelos constantes assédios (haha), mas porque estive envolvidos com várias celebridades. Sim, já sou quase um Youtuberzinho famoso (mentira gente, Deus me livre).

Conheci jornalistas de outros veículos que admiro. É hipocrisia não assumir que existem encantos por outros profissionais do mesmo ramo. Claro que não vou puxar a sardinha dessas pessoas aqui, mas enfim, são pessoas boas. E não somente isso, estive envolvido no painel do Kojima, no evento com o produtor do Detroit e com o executivo de God of War. O que? Exatamente. Meu PS4 está em todas!

A apresentação do Kojima foi “legalzinha“. O mais divertido era ele falando em japonês – todo o público em silêncio – então a tradutora dizia tudo na língua portuguesa e aí a plateia vibrava loucamente. Fizemos este rodeio de silêncio e gritaria umas 3x. Foi hilário. É bacana como o Kojima é tímido, mas ao mesmo tempo quer estar ali com os fãs. Deve ser massa puxar assunto com ele (se ele conseguisse me entender ou vice-versa).

Então, mais tarde, interagi com o produtor da PlayStation, chamado Daimion (acho que é assim que se escreve). O cara tem dois metros de altura, é forte, tem uma barba assustadora e… Tem um sorriso mole e extrovertido. O físico dele assusta, mas é gente boa. Tanto é que peguei um pôster autografado e pedi para tirar uma selfie com ele e ele topou na hora. Mano, que loucura!  Onde que isso seria possível para mim? Eu não mereço nada disso. Tô tão feliz.

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Dá pra ver a felicidade do caipira. E também perceber o tamanho do Daimion.

E aí, finalmente, no mesmo local, um pouco mais tarde, um evento especial de God of War. E existiam camisetas para serem doadas! SIM, CAMISETAS! Eram estampadas com o rosto do Kratos e as cores homenageando o Brasil. Eu quero, eu quero, eu quero. E então ficamos em pé, gritando, implorando, sendo empurrados por mais um monte de marmanjos desesperados. É incrível como todo mundo é apaixonado pelo Kratos. Também, um homenzão desses.

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Pôsteres, camisetas e adesivos do Kratos. Ai que sonho.

Até que enfim, somos escolhidos para ganhar as camisetas!! Simples assim? Não! Precisávamos competir com outras pessoas. Droga. Eu sou de boa, mas quando eu quero, eu entro pra ganhar. E eu queria muito. O desafio? Era preciso interpretar uma cena do trailer de GoW. Que droga! Sou tímido! Não quero fazer isso! Mas pela camiseta, vale o esforço. Que vergonha. Nem sei como tive a cara de pau. Micão? Sim! Ainda bem que fui acompanhado pelo Daniel, parceiro.

Temos um vídeo, mas ficaria complicado demais em colocá-lo aqui. Perdoem-nos. Não será hoje que vocês verão nossa performance altamente diferenciado. Mas digo isso: merecíamos ter ganhado. Não ganhamos porque a outra dupla fez gracinha, isso não é justo. (viu? péssimo perdedor).

Então, subi pra sala de imprensa para descansar (FINALMENTE). Fiquei um bom tempo ali com a Tatiane, com o Daniel e com o Hugo. Daniel me convidou para morar junto com ele na cidade. Fiquei lisonjeado. E tentado também. A cidade dele é linda pelas fotos que me mostrou. Mas é aquela história né? Se o nosso relacionamento acabar, quem vai me sustentar? (ele vai me matar quando ler isso).

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Da direita pra esquerda, eu, Tati, Dani e Hugo. Como é bom estar com amigos.

O dia 4 vai começar. O penúltimo. É quase uma despedida. Se preparem. Não chorem. Porque se não, eu também chorarei.