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Gráficos next-gen, destruição e integração: como Call of Duty: Vanguard quer conquistar os fãs

Jogo chega no início de novembro e promete campanha épica, multiplayer renovado e integração com outros CoD

por Daniel dos Reis
Gráficos next-gen, destruição e integração: como Call of Duty: Vanguard quer conquistar os fãs

Segundo as definições de Oxford, Vanguarda é aquela “posição que encabeça uma sequência; dianteira, frente”. Em resumo, o que vem na frente, que abre novos caminhos. E é exatamente isso que a Sledgehammer Games pretende com Call of Duty: Vanguard: estar à frente de seu tempo.

Claro, o subtítulo não é exatamente associado a isso, e está atrelado à temática da narrativa, focada no pioneirismo das forças especias durante a Segunda Guerra Mundial. Mas, por liberdade poética, podemos correlacionar os pontos.

Marcada para chegar em 05 de novembro de 2021, a nova entrada da série volta para combates do passado, mas com os dois pés presentes nas tecnologias next-gen. O MeuPS foi convidado pela Activision para acompanhar uma apresentação completinha do jogo, alguns bons dias antes do anúncio oficial, e agora, finalmente, te contamos tudo (que podemos) nesta prévia.

Quando o ordinário vira extraordinário

David Swenson, diretor criativo da campanha, deu o tom da narrativa de Vanguard. Os jogadores serão seduzidos por histórias inspiradoras, mesclando fatos com ficção, acompanhando quatro heróis em diferentes fronts da Grande Guerra e em como eles lutaram para sobreviver aos desafios do conflito.

Na África do Norte, lutando contra os avanços quase imparáveis do Afrika Corps de Erwin Hommel, indo para gelada resistência russa, abrindo o front ocidental ou mesmo enfrentando os japoneses no Pacífico, a campanha vai ser pautada pela sobrevivência, quase como um filme em diferentes óticas.

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Campanha vai explorar a criação das Forças Especiais. Fonte: Activision.

Tudo isso impulsionado pelos gráficos muito bonitos, mais alinhados tecnologicamente com o fotorrealismo de Modern Warfare (2019), o que deve agradar uma boa parte dos jogadores de Call of Duty, que notoriamente se afeiçoaram mais ao jogo da Infinity Ward. E bota beleza nisso!

Na demonstração de uma missão de campanha, um soldado britânico salta na noite do Dia D, atrás das linhas inimigas e deve sobreviver a qualquer a custo. Escuridão, bombas caindo aos montes e desespero são companhias quase tão indesejadas quantos os inimigos. Em uma semelhança com a fatídica cena de desembarque na praia de Normandia no filme do Resgate do Soldado Ryan, o combatente quase fica paralisado pelos acontecimentos.

Por sinal, nesta amostra, fica evidente que a narrativa pega emprestado sutilezas dos grandes blockbusters do cinema. Se você assistiu a Band of Brothers, vai logo notar elementos parecidos. Salto de paraquedistas, códigos para identificar amigo ou inimigo (Flash-Thunder) e ansiedade. Os próprios criadores explicaram que essas histórias contadas no jogo foram aquelas que mudaram a direção do conflito.

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Os gráficos de Vanguard estão muito bonitos. Fonte: Activision.

Aliado a isso há um ótimo trabalho de sonoplastia. E para isso a Sledgehammer Games convocou ninguém menos que Bear McCreary, criador responsável pela trilha sonora do vencedor de melhor jogo de 2018, God of War. Espere encontrar batidas alinhadas com o momento, sejam elas mais tensas ou mais épicas. Os devs foram enfáticos: “a trilha foi para emocionar”.

Sem dar muitos spoilers, a trama não será conectada com WW2, outro jogo da Sledgehammer, e vai explorar o surgimento das forças especiais, passando pela ótica de personagens inspirados em soldados reais, fazendo uma boa mistura de ficção com fatos.

O bom e novo Multiplayer

Você já ter visto em algumas das nossas análises de Call of Duty do passado (Call Of Duty: Black Ops III, Call of Duty: Infinite Warfare, Call of Duty: Modern Warfare Remastered, Call of Duty: WWII, Call of Duty: Black Ops 4Call of Duty Modern Warfare e Call of Duty: Black Ops Cold War) que (quase) sempre nos referimos ao multiplayer da franquia como o “bom e velho”: frenético, diversos tipos de classes, personalizações e uma relativa troca de cenários.

Ainda que pesem os devaneios no futurismo, a retenção de jogadores e as vendas falam por si. Em Vanguard, no entanto, os devs querem ir um pouco além e tornar a experiência estratégica, mas sem perder os elementos essenciais (não vai ter pulos duplos ou wallrides). Para isso, o jogo vai contar com elementos destrutivos bem interessantes.

O gameplay mostrado exemplifica: um jogador é impedido de avançar, pois há alguns inimigos adiante. A solução é sacar uma arma mais parruda, literalmente destruir uma parede de madeira na bala, e surpreender os oponentes. Estilhaços para todos os lados, muita adrenalina e surpresas tornam tudo isso mais emblemático.

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Tiroteios continuam sendo destaques. Fonte: Activision.

Os cenários parecem, pela primeira vez, mais vivos. Explosões abrem lacunas nas paredes, criando muitas oportunidades de investidas. Está tudo bem mais bonito do que em Black Cold War, por exemplo. Se esconder e ter vantagens estratégicas também é uma opção interessante.

Ou, quem sabe, atirar em uma janela, despedaça-la e logo em seguida “lansar a braba” e esperar os adversários voarem pelos ares. Pode parecer simples, mas isso muda completamente diversas situações e até as dinâmicas de jogabilidade. Definitivamente, uma boa evolução para franquia. Vale ressaltar: o sistema de dano é permanente.

Na estreia, o jogo largará com 20 mapas – 16 deles 6 vs 6 -, modos conhecidos pelos fãs, outros novos como o Champion Hill (novidades em breve) e mais.

Zombies, Warzone e tecnologia

O modo Zombies retorna, mas pelas mão das Treyarch. Pela primeira vez na série Call of Duty, teremos uma espécie de crossover. A Sledgehammer Games ficou responsável pela campanha e multiplayer, já o estúdio especialista em Black Ops vai cuidar do tradicional enfrentamento de zumbis.

A história do Zombies de Vanguard vai ser conectada com o Zombies de Call of Duty Black Ops Cold War. E a integração não fica limitada a só isso. O popular Warzone, a cargo da Raven, vai ser totalmente interligado com Vanguard, Cold War e Modern Warfare, criando então uma espécie de CoDverse, com os principais estúdios trabalhando em conjunto na franquia.

Como destaque, a chegada de um novo mapa, funcionalidades anti-cheat, compartilhamento de tecnologias com Vanguard e a promessa de um robusto calendário de conteúdos gratuitos pós-lançamento.

Por fim, a tecnologia. Call of Duty: Vanguard vai estrear um novo sistema de renderização de ambientes, visuais mais bonitos, danos em cenários, single-player com missões mais abertas e novas técnicas de sonoplastia. Tudo graças a uma engine next-gen (a mesma de MW 2019, só que aprimorada), que, segundo a equipe, exigiu muito tempo de desenvolvimento.

Talvez estejamos presenciando uma mudança nos paradigmas. Se antes cada um dos três estúdios se revezavam nos lançamentos, o movimento parece sugerir um projeto tocado a várias mãos.

Mesmo com as boas expectativas, ainda não dá para cravar um mais sucesso, mas já podemos dizer que o vanguardismo da Sledgehammer Games pode ser um salto significativo para série.

Call of Duty: Vanguard não terá mídia física no Brasil

E assim como aconteceu com Black Ops Cold War, Call of Duty: Vanguard vai chegar ao Brasil somente em formato digital e não terá cópias físicas, a não ser por importação, que costuma ser bem mais salgado.