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Pesquisa aponta que 75,8% dos gamers brasileiros jogaram mais no isolamento social

Maioria dos jogadores do Brasil afirmam que aumentaram suas despesas com jogos

por Vítor Amorim Heringer
Pesquisa aponta que 75,8% dos gamers brasileiros jogaram mais no isolamento social

A edição de 2021 da Pesquisa Game Brasil (PGB) apontou que 75,8% dos gamers brasileiros jogaram mais durante o período de isolamento social imposto pela pandemia de COVID-19. O foco da análise desse ano foi como o distanciamento impactou os jogadores.

O estudo — resultado de uma parceria entre Sioux Group, Go Gamers, Blend New Research e ESPM — revelou que 72% da população do país joga jogos eletrônicos. Deste número, 60,9% afirmam ter aumentado o consumo conteúdos relacionados ao tema e 42,2% investiram mais dinheiro em jogos durante o confinamento.

Guilherme Camargo, sócio-CEO do Sioux Group e professor na pós-graduação da ESPM, destacou que os games foram umas das poucas práticas viáveis no período de isolamento.

À medida que passamos a ficar mais tempo em casa, o hábito de jogar se tornou mais recorrente e ganhou ainda mais espaço em nosso dia a dia. O distanciamento social se reflete no aumento de interesse em torno da experiência de jogar online, já que foi uma das poucas opções viáveis em tempos de confinamento

A pesquisa também retratou que os smartphones continuam como preferência dos brasileiros, com 41,6%, seguidos pelos consoles (25,8%) e PCs (18,3%). A porcentagem de quem joga diariamente cai ainda mais nos videogames, para 15%. O principal motivo é falta de portabilidade, enquanto os celulares estão quase todo o tempo ao lado das pessoas.

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Dados sobre o a pandemia mostram que o interesse por games aumentou. Fonto: Reprodução/Pesquisa Game Brasil

Gamers brasileiros estendem ao máximo as gerações de consoles

Na Pesquisa Game Brasil de 2020, a nova geração de consoles teve destaque por ainda não ter sido lançada. Neste ano, o foco foi na renda e no comportamento do consumidor. De acordo com o estudo, a maioria dos jogadores possui uma renda média familiar de até R$ 2.090 (30,8%), seguidos de perto por uma parcela de 30,3%, que diz ter até R$ 4.180.

Como exemplo, o segundo grupo só poderia comprar um novo hardware caso juntasse mais de um mês de sua renda sem gastar com nenhuma outra necessidade. Além disso, 45,4% dos gamers brasileiros baixam apenas títulos gratuitos, por conta do preço elevado dos jogos.

Sobre o assunto, Mauro Berimbau, professor da ESPM e consultor GoGamers, disse o seguinte:

O brasileiro acha um jeito de jogar: estende a vida útil das gerações antigas, baixa jogos gratuitos ou se concentra em poucos títulos.

A PGB ainda revelou que a maioria do público (33%) não investe dinheiro em conteúdos adicionais. Entretanto, 32% gastam em moedas virtuais, 31,4% em itens de melhorias e 31,1% em expansões de jogos.

Para o levantamento foram ouvidas 12.498 pessoas em 26 estados e no Distrito Federal, entre os dias 7 e 22 de fevereiro deste ano.