Call of Duty: Vanguard oferece um multiplayer bem competente e parecido com Modern Warfare

Call of Duty: Vanguard é mais Modern Warfare do que Cold War. Até já tínhamos escrito sobre isso em nossa prévia do modo campanha. Agora, depois de experimentar a versão beta (tem vídeo aqui) em antecipado à convite da Activision, isso ficou ainda mais evidente.

Não quer dizer, no entanto, que o game da Sledgehammer Games seja apenas um MW com skin de Segunda Guerra Mundial. Há elementos o suficientes para classificarmos ele como uma evolução natural, incorporando sutilezas de outros da série.

Claro, para quem não acompanha os jogos de Call of Duty mais de perto, certamente argumenta – com um pouco de razão – de que se trata de mais do mesmo. É e não é uma verdade. A franquia modifica bastante seus elementos de jogabilidade, mas muito disso acaba sendo percebido apenas por fãs mais atentos.

Por outro lado, não dá para exigir que Activision e seus estúdios proponham uma revolução mais audaciosa. Não faz sentido, já que os números de vendas e de jogadores são sempre muito altos. Em outras palavras: por que alterar o que vem dando resultados?

O beta de Vanguard está prestes a começar e você vai notar que o game, por usar uma versão melhorada da engine de 2019, chega com um multiplayer bastante competente, fluído e extremamente divertido, com destaque para o modo Patrulha, onde sua equipe deve conquistar um objetivo (zona) que se move pelo mapa, proporcionando muitas reviravoltas.

Estão de volta a Corrida Tática – quando você pressiona o analógico e o personagem se move muito mais rápido por um período de tempo -, o apoio de armas em superfícies e a Nuke (V2 Rocket), um ataque capaz de finalizar com a partida imediatamente.

Os menus, a forma como você faz os attachments, disposição dos itens, também é quase uma reprodução de Modern Warfare. Por sinal, é possível até 10 anexos por armas, abrindo possibilidade para criação de classes bem distintas.

Por se tratar de um jogo inspirado no grande conflito mundial dos anos 40, a paleta de cores é um pouco mais opaca, talvez para ser alusivo aos dias difíceis da época, ao contrário de Cold War, que aposta em tons mais vibrantes.

Mas não se engane, Call of Duty: Vanguard não se prende ao realismo. As armas contam com miras Red Dots bem moderninhas para época e até uma versão melhorada do Goliath, um veículo terrestre controlado à distância. Liberdades poéticas bem justificáveis para um Call of Duty.

E quando a partida realmente ferve, os cenários mais destrutivos adicionam uma camada bacana de estratégia. Não é exatamente como em Battlefield, mas tem o seu charme. Você é capaz de destruir entradas de madeira, arrombar portas mais rapidamente e até danificar diversos elementos.

Isso proporciona momentos onde é bem mais difícil conseguir um cover seguro. Os disparos inimigos são capazes de penetrar em vários pontos do cenário, causando danos. Se esconder somente não é garantia de sobrevivência, é necessário saber onde.

Também contribui para uma morte mais rápida as cores. Por ser um cinza-amarronzado, fica mais complicado localizar os inimigos. A visão precisa de um pouco de treino para diferenciar cenário de personagem. Talvez faça diferença para jogadores mais competitivos, mas para média geral não afeta tanto.

Obviamente, por ser uma versão beta, um probleminha aqui e outro acolá foram notados. O mais comum deles é quando seu herói fica preso no cenário. Algo que deve ser resolvido rapidamente – talvez você nem experimente isso em seus testes.

Apesar da nossa experiência ter sido curta, de pouco mais de duas horas, as primeiras impressões são bastantes positivas. O jogo deve agradar aos fãs incondicionais da série, resgatar aqueles que não gostaram tanto de Cold War e ser, novamente, um campeão de bilheteria.

Call of Duty: Vanguard chega ao PlayStation 4 e PlayStation 5 em 05 de novembro de 2021. Saiba mais sobre os testes beta clicando aqui.