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15 super-jogos de PlayStation 4 que você precisa jogar

Listamos 15 super-jogos (exclusivos e semi-exclusivos) que você precisa jogar.

por Andrei Longen
15 super-jogos de PlayStation 4 que você precisa jogar

Com mais de 3 anos de mercado, o PlayStation 4 é o atual líder de vendas nesta geração de consoles. São mais de 55 milhões de unidades comercializadas até o momento. Além da enxurrada de títulos multiplataforma e uma avalanche de jogos indies, a Sony tem se esforçado para oferecer experiências cada vez mais diversificadas através de parcerias com seus estúdios internos e investimentos de alto risco.

Aqui entram os jogos exclusivos e exclusivos de consoles, produções que servem para apresentar os diferenciais de um videogame ao mesmo tempo em que influenciam novos consumidores na decisão de compra entre uma plataforma e outra. E, neste caso, o PS4 está definitivamente bem abastecido com games que carregam as filosofias de entretenimento dos desenvolvedores e experiências que não podem ser encontradas em nenhum outro ecossistema de mesmo nicho.

Pensando nisso, chegou a hora de conferir uma listagem com os 15 jogos exclusivos e exclusivos de console do PlayStation 4 que você precisa jogar. Serve como uma sugestão de títulos que se não obrigatório, pelo menos experimentar com bastante carinho, deixando preconceitos de lado e ampliando seu campo de consideração para além das obviedades que você já curte. Vai que você acaba encontrando uma história, um personagem ou mesmo algum momento único que fique marcado para o resto da sua vida. Divirtam-se!

OBS: a listagem está em ordem alfabética e não corresponde a qualquer tipo de ranking.

Bloodborne

From Software | Análise

Por que jogar: o talento da produtora From Software com a icônica franquia Dark Souls – e com o tímido Demon’s Souls – foi brilhantemente transportado para Bloodborne numa aventura recheada de momentos frustrantes, e igualmente recompensadores.

A fórmula vencedora da desenvolvedora está aqui: dificuldade impiedosa, armadilhas estrategicamente localizadas por todos os cantos, chefes impossíveis, labirintos sem rumo definido e inimigos comuns que, mesmo na sua forma mais básica, representam perigo constante.

Só que Bloodborne não se apoia totalmente no sucesso das suas inspirações. Além de uma estética com identidade própria, o sistema de combates e de progressão exige a combinação do domínio de absolutamente todos os equipamentos (armas e acessórios) da jogabilidade com os atributos de evolução do personagem para ter melhores chances de prosseguir sem sofrer muito. E, ainda assim, haverá muitos momentos de desespero e vontade implacável de querer desistir.

Bloodborne é uma experiência recomendada para jogadores pacientes e que gostam de testar os limites da suas habilidades com algo que vá além de mecânicas já consagradas ou niveladas por opções de dificuldade que não conseguem otimizar a profundidade da sua jogabilidade. Só os mais perseverantes e dedicados é que realmente sentirão a gratificante sensação de explorar e dominar os becos e calabouços intimidantes de Yharnam.

DriveClub

Evolution Studios |

Por que jogar: DriveClub passou por uma série de atrasos e problemas críticos no desenvolvimento que culminaram num lançamento catastrófico. Felizmente, uma bateria incansável de atualizações e ajustes nos meses subsequentes tornaram o game indispensável, num dos melhores, mais desafiadores e divertidos jogos de corrida arcade disponíveis no console.

O game tem conteúdo de sobra: são dezenas de cenários e pistas com traçados bem variados, além de outras centenas de carros para pilotar, cada um com características próprias de dirigibilidade, bastando apenas alterar as configurações de respostas físicas para uma experiência que se aproxima de simuladores.

Além disso, eventos sociais agregam desafios de pontuação extra e um sistema de níveis de progressão incentivam o jogador a perseguir os melhores tempos e placares a todo momento. Quando cansar, tudo isso é levado para o multiplayer online, que oferece opções únicas de provas e campeonatos em diversas categorias.

Por fim, DriveClub definitivamente tem os melhores e mais realistas efeitos climáticos já produzidos em um jogo de corrida. Mesmo levando em consideração todos os outros jogos do gênero já lançados nesta geração, simplesmente não existe concorrência para a revolucionária tecnologia desenvolvida pela Evolution Studios.

Gravity Rush 2

Sie Japan Studio | Análise

Por que jogar: Gravity Rush foi originalmente lançado no PS Vita em 2012, tornando-se um dos clássicos instantâneos do portátil. A baixa popularidade da plataforma, contudo, deixou a aventura limitada a um público bastante restrito. Gravity Rush 2 chega para reverter esse paradigma.

A sequência expande o conceito do anterior com uma experiência bem mais voluptuosa e orgânica, ideal para conquistar a atenção da grande base instalada do console. A protagonista Kat, junto a sua aliada Raven, está de volta com novos poderes gravitacionais, incluindo combos e ataques especiais que ocupam toda a extensão da tela.

O mapa do game não apenas está maior que o primeiro jogo, mas melhor contextualizado com as missões principais. As tarefas secundárias também utilizam toda a extensão dos cenários, oferecendo desafios extras e preenchendo a jogatina com momentos diversificados e divertidos. E visual continua dando um show à parte, com um estilizado gráfico raríssimo de encontrar em outras produções.

Horizon: Zero Dawn

Guerrilla Games | Análise

Por que jogar: a Guerrilla Games sempre foi conhecida pela franquia Killzone. Após anos de sucesso com a saga, espremendo ao máximo possível os lucros rápidos de um jogo de tiro em primeira pessoa, a empresa resolveu se arriscar não apenas num gênero inédito no seu histórico, mas também numa temática que nunca teve contato antes.

E o resultado desse processo de incertezas de alto risco na indústria de games é que Horizon: Zero Dawn é um dos jogos exclusivos mais competentes no PlayStation 4. A aventura abraça uma narrativa pós-apocalíptica, em que máquinas dominam as paradisíacas paisagens dos cenários e os humanos remanescentes precisam estocar mantimentos e recursos de energia para sobreviver a esse novo período de evolução.

O jogador controla Aloy, uma personagem com características de conduta altamente identificáveis e que não abre mão das suas habilidades de combate com arco e flecha para derrubar os mais poderosos inimigos. Tudo acontece em mundo aberto numa mecânica com sólidos elementos de RPG, além de diversas missões secundárias para cumprir e uma imensidão de locais para explorais com segredos para descobrir.

inFAMOUS: Second Son

Sucker Punch | Análise

Por que jogar: inFAMOUS: Second Son marca a estreia da franquia de ação e aventura em terceira pessoa da Sucker Punch no PlayStation 4. No controle do estreante Delsin Rowe, o jogador é capaz de usar uma variedade de habilidades e disparos baseados em luz de neon, fumaça e pedra para destruir uma poderosa organização militar que quer escravizar os habitantes de Seattle.

O sistema de jogo acontece em mundo aberto, que permite se deslocar para onde quiser e cumprir uma série de objetivos na ordem que desejar. É preciso dominar locais específicos do mapa completando uma série de missões principais e objetivos secundários não apenas para revelar novos desafios, mas também para ganhar pontos de experiência, melhorando os atributos do heróis e ganhando acesso a poderes cada vez mais devastadores.

NiOh

Team Ninja | Análise

Por que jogar: a Team Ninja já emplacou alguns clássicos na indústria de games. As franquias Ninja Gaiden e Dead Or Alive não deixam negar essa afirmação. NiOh chega não apenas para integrar esse time de títulos competentes, mas também para posicionar de vez a desenvolvedora no nicho das produções relevantes na atual geração de consoles.

Com claras inspirações nos games da From Software (franquia Dark Souls, Bloodborne e Demon’s Souls), NiOh entrega uma experiência capaz de desafiar os mais insistentes e experientes dos jogadores. Os gráficos não são nenhuma referência, mas é a mecânica de jogabilidade que se destaca com golpes precisamente calculados, magias espirituais e elementos de RPG para gerenciar equipamentos e sobreviver aos perigos que rondam em cada esquina.

A temática acontece durante o Japão feudal, numa realidade distópica em que demônios, deuses, mitos e espíritos rondam as terras nipônicas. William, um mercenário britânico, parte numa jornada em busca de Amrita, uma joia capaz de conceder poderes especiais e grandes riquezas. A estética é sombria, intrigante e opressora, perfeita para os amantes do gênero e guerreiros querem aprender e dominar a arte milenar dos samurais.

NieR: Automata

Platinum Games | Análise

Por que jogar: a Platinum Games é craque em desenvolver jogos com mecânicas de jogabilidade frenéticas, que exigem dedicação do jogador e conhecimento absoluto dos combates para dominar todos os desafios. Vanquish, Bayonetta 2 e Metal Gear Rising: Revengeance são alguns dos títulos que se encaixam nesse padrão.

NieR: Automata eleva o nível dessas características a um patamar acima. Além dos elementos de plataforma e exploração 2D/3D, a mecânica é ágil, densa e absurdamente precisa, combinando ataques fortes e fracos em terceira pessoa com tiros personalizados, além de ataques especiais que geram sequências incrivelmente poderosas. As armas também podem ser evoluídas, dando acesso a novos tipos de recursos.

O enredo também é um dos pontos mais altos. O game arrisca com discussões e questões filosóficas sobre a existência humana, além da influência do desenvolvimento da tecnologia no amadurecimento da consciência das máquinas. Destaque, ainda, para os chefes de fase, máquinas imponentes que assumem formas variadas e exigem estratégias diferenciadas para serem derrotadas.

Ratchet & Clank

Insomniac Games | Análise

Por que jogar: dois dos maiores mascotes e personagens mais icônicos dos consoles da Sony voltaram com tudo. Ratchet & Clank é uma reimaginação do primeiro jogo da saga, lançado em 2002 para PlayStation 2. Numa mistura de remake com remasterização, o clássico de aventura não poupa o jogador com momentos divertidos do começo ao fim.

Todos os elementos da saga que os fãs gostam marcam presença: humor equilibrado na história entre os carismáticos heróis, variedade de armas criativas para usar à vontade e exploração por diversos planetas cheios de colecionáveis para coletar.

Fora isso, os gráficos são soberbos e definitivamente estão entre os melhores e mais coloridos do console, características que fazem com que Ratchet & Clank seja uma experiência visualmente agradável e atrativa para jogadores de todos os tipos e idades.

Resogun

Housemarque | Análise

Por que jogar: os jogos independentes chegaram para ficar. Comumente ignorados ou até mesmo desprezados só porque não levam a marca de produtoras renomadas ou não fazem parte de franquias consagradas, esses games provam a todo momento que não é necessário ter o respaldo de um orçamento astronômico para serem tão bons ou até melhores do que muitos títulos considerados AAA.

Resogun se encaixa perfeitamente nesse padrão. Típico jogo de navinha, a combinação de tiroteios frenéticos no estilo side-scrolling com desafio acima da média garante momentos de puro diversão. O objetivo é ir detonando as ameaças que voam na sua direção, usando tiros ou ataques especiais que varrem os cenários, ao mesmo tempo em que resgata os humanos sobreviventes que restaram no caos do mundo e ainda aumenta os multiplicadores de pontuação.

Os maiores destaques ficam paras as boss-battles, sobretudo nas dificuldades mais acentuadas. Ao final de cada cenário, um chefe surge na tela e expande os conceitos da jogatina convencional: é preciso reorganizar as mecânicas de ataque e de esquiva, além de reaprender o comportamento dos inimigos e de bolar estratégias de sobrevivência para vencer cada um deles. A trilha sonora é empolgante e os efeitos de partícula são toques adicionais que geram bastante imersão.

Street Fighter V

Capcom | Análise

Por que jogar: Street Fighter V teve um começo de vida consideravelmente conturbado. Tirando a mecânica de luta extremamente equilibrada e o visual estilizado bastante agradável, quase nada no game em pleno lançamento. A falta de conteúdos e problemas crônicos de servidores na porradaria online nitidamente atrapalharam a experiência.

Mas bastou passar algum tempo, mais precisamente quase um ano de reajustes, para que melhorias por atualizações, incrementos de novos modos, cenários e personagens fizessem com que o game se tornasse mais completo e definitivamente indicado aos amantes dos jogos de luta.

O foco não mais está apenas nos profissionais do gênero e competidores de e-Sports, mas no aprendizado gradativo de jogadores comuns e entusiastas que apenas querem refinar suas habilidades e partir paras as disputas para a internet, onde o nível é altíssimo e somente os que “vão em busca do mais forte” conseguem evoluir e sobreviver.

Tearaway: Unfolded

Media Molecule | Análise

Por que jogar: a Media Molecule é uma das produtoras que mais arriscam na indústria dos jogos eletrônicos. Depois de redefinir os padrões de qualidade com a franquia LittleBigPlanet (2008, PS3), a empresa apresentou Tearaway (2012, PS Vita), uma aventura que aposta tudo em criatividade nas mesmas premissas do gênero plataforma ao mesmo tempo em que apresenta inovações na interação jogador-obra.

Já no PS4, Tearaway: Unfolded é a extensão natural dessas ideias. O jogo não apenas reaproveita parte do conteúdo e da dinâmica de mecânica do game que serviu de inspiração, como traz novos trechos de história, novas fases, mais missões secundárias e novas formas de jogabilidade que aproveitam funcionalidades exclusivas do hardware e do controle do console para resolver puzzles.

Fora isso, os gráficos estilizados, que simulam um universo criado com papel e recortes coloridos, concretiza um visual extremamente convidativo à exploração e à contemplação de todos os tipos de jogadores. É realmente uma experiência incomum que esbanja criatividade a todo momento e que foge de padrões consagrados no gênero.

The Last Guardian

Japan Studio | Análise

Por que jogar: The Last Guardian é a nova obra de Fumito Ueda, icônico designer japonês responsável por ICO e Shadow of the Colossus, simplesmente dois dos maiores clássicos do Playstation 2. E citar apenas o nome do produtor já é pretexto suficiente para qualquer jogador interessado em experiências marcantes e emocionantes querer jogar a aventura de Trico.

The Last Guardian foi originalmente anunciado em 2009 como um título exclusivo de PlayStation 3. Diversos problemas de desenvolvimento, atrasos e remanejamentos na equipe de produção fizeram com que o título sumisse dos holofotes e reaparecesse após 6 anos, já na metade da atual geração de consoles. A espera, contudo, parece que valeu à pena.

The Last Guardian  explora como ninguém um universo todo especial que abusa de interações entre o jogador, os cenários e a fera do game para resolver quebra-cabeças e alcançar novas áreas, sempre com uma evolução impecável e recheada de significados. A parceria de amizade e de cumplicidade entre Trico e o protagonista é o grande triunfo da aventura.

Uncharted 4: A Thief’s End

Naughty Dog | Análise

Por que jogar: além de ser a franquia carro-chefe dos consoles da Sony, é o encerramento definitivo de uma épica jornada que começou no PlayStation 3 com Drake’s Fortune (2007), passou por Among Thieves (2009) e por Drake’s Deception (2011) e ainda foi expandida no PlayStation Vita com Golden Abyss (2012).

Uncharted 4: A Thief’s End oferece tudo o que fez da série ser tão aclamada entre os fãs e os críticos. Os gráficos são espetaculares e são acompanhados por paisagens com cenários sem precedentes, a narrativa é envolvente na medida certa e apresenta personagens igualmente inesquecíveis, os tiroteios em terceira pessoa são frenéticos e as cenas de ação são de tirar o fôlego. Até mesmo um um tal marsupial das antigas que tinha uma dancinha marota faz uma participação especial numa demo jogável no decorrer da aventura.

Quando cansar, ainda existe toda uma estrutura online capaz de prender o jogador por dezenas de horas. Além dos tradicionais modos de matança individual ou por equipes, existem adaptações de situações da campanha em modos de captura de bases, relíquias e até modalidades cooperativas de sobrevivência. É uma das experiências mais completas no Playstation 4 e o jogo mais premiado de 2016.

Until Dawn

Supermassive Games | Análise

Por que jogar: Until Dawn é um dos raros representantes dos gêneros de suspense e terror disponíveis para PlayStation 4. Falta que apenas o recente Resident Evil 7 e The Evil Within conseguem suprir. E, se você procura por algo mais orientado à inquietude do desconhecido, não deveria deixar essa aventura sombria passar despercebida.

O game conta a história de um grupo de 8 amigos adolescentes que resolveram passar o fim de semana numa montanha que aparentemente está desabitada. As chances de algo dar errado só aumentam quando alguns do grupo começam a sumir. Um serial-killer ronda o local e, ao que tudo indica, é a fonte desses infortúnios milimetricamente calculados.

A ambientação aposta forte em cenários escuros, além de um clima opressor tomado por um inverno rigoroso para causar insegurança, apreensão e medo. Cheia de mistérios, a narrativa é acompanhada por uma jogabilidade centrada em interação com objetos e cenas em QTE para resolver quebra-cabeças. E, se não quiser morrer prematuramente na aventura, é sempre válido ficar atento ao sistema Efeito Borboleta, que dá pistas dos perigos que podem estar mais à frente.

Yakuza 0

Sega | Análise

Por que jogar: a saga Yakuza começou timidamente em 2005, com o lançamento de Yakuza 1 e 2 para PlayStation 2. A repercussão moderada de ambos os títulos e o forte apelo à cultura japonesa na temática, a Sega resolveu apostar a maior parte das suas fichas no mercado oriental, deixando o ocidente em segundo plano. Yakuza 0 chega para igualar esses extremos.

Yakuza 0 acontece antes do primeiro jogo da franquia, servindo de palco perfeito para quem sempre quis conhecer a saga. A trama foca nas entrelinhas do crime organizado japonês: controlando Kazuma Kiryu, o jogador passa a se envolver em questões que discutem a força da honra e do orgulho e expõe os podres da vingança e da traição. A história é rica, traz reviravoltas densas e é recheada de personagens memoráveis.

Yakuza 0 também capricha na reprodução de atividades da cultura japonesa: atreladas a tarefas secundárias, é possível participar de campeonatos de dança, soltar a voz em karaokês nos bares locais, desafiar alguém no shogi, praticar beisebol (esporte extremamente popular no país) e até brincar em fliperamas abastecidos com clássicos da Sega (lembra-se de OutRun?). É esse tipo de cuidado e esmero que faz com que Yakuza 0 seja especial e imperdível.