PlayStation “luta para sobreviver a cada geração”, diz diretor de Days Gone

Jeff Ross, diretor de Days Gone e ex-SIE Bend Studio, explicou como a PlayStation tem que lidar com os investimentos e um dos motivos da não produção de Days Gone 2. Segundo ele, a Sony investe muito, mas luta para sobreviver a cada geração com a receita dos jogos vendidos e operações cirúrgicas na produção de mais títulos.

Convidado por David Jaffe, criador de God of War, para participar em produção no seu canal no YouTube, Jeff disse que os fãs precisam entender que a Sony não tem o privilégio da Microsoft em questão de cometer erros na produção de jogos. O sucesso de cada jogo, é fundamental para o desenvolvimento dos próximos.

Para a Sony, é sobreviver a cada geração. Nunca tiveram muito dinheiro, precisam atuar de forma inteligente. Os fãs deveriam saber disso antes de partirem para os insultos.

Ross então foi questionado sobre o motivo da recusa de Days Gone 2, e explicou que mesmo com o sucesso de vendas do até então único jogo da franquia, o orçamento final para a produção de uma sequência seria muito maior.

A Sony precisa gerir com responsabilidade. Não é errado tomar decisões baseadas na previsão de retorno do investimento pois precisam dessa receita para a produção do próximo jogo.

PlayStation valoriza o trabalho dos estúdios

Ross fez questão de botar panos quentes na polêmica envolvendo os estúdios menores e a PlayStation. Segundo o ex-Sony, a gigante japonesa não fica dando pitaco no trabalho dos desenvolvedores, o que dá liberdade para que jogos como Days Gone saiam do papel.

Jogos menores geram empatia pela marca, mas o produtor fez questão de ressaltar que os jogos single-player com ótimas narrativas foram o que sustentaram o PlayStation no topo nos últimos 10 anos. O investimento limitado nesse tipo de produto é aceitável, visto que, segundo o diretor, nenhuma obra dessas apresenta um retorno semelhante a Fortnite, por exemplo.