The Walking Dead: Saints & Sinners – Chapter 2: Retribution: vale a pena?
jogo é uma ótima adição à biblioteca do PlayStation VR2
Assim como a maioria dos jogos de realidade virtual, é difícil explicar em palavras ou imagens a experiência de The Walking Dead: Saints & Sinners – Chapter 2: Retribution no PlayStation VR2. Sempre seremos genéricos e abusaremos de termos como: “imersivo”, “profundo” e “realista” para tentar repassar como, definitivamente, é jogar no PS VR2.
Em resumo: você gosta do conceito, das mecânicas e do gameplay em realidade virtual? Se sim, o jogo da Skydance deve entrar no seu radar. E mesmo que não seja um entusiasta, vale tentar conferir de alguma maneira. Divertido, repleto de opções e com uma ótima representação, é um dos títulos mais interessantes de se ter no catálogo do aparelho.
Entre Santos e Pecadores
O jogo não inova tanto. E nem deveria, já que o primeiro foi muito bom. Mas isso não quer dizer que não evolui. Pelo contrário: este segundo capítulo melhora consideravelmente em vários aspectos, principalmente os visuais e as mecânicas, seguindo uma linha natural e agradável.
No game, você está novamente em Nova Orleans, como um Turista, e deve sobreviver em meio ao mortos-vivos, intrigas e facções.
Apesar de não contar com personagens brilhantes e uma história merecedora de estatuetas, ela cumpre bem seu papel em ter muitos diálogos interessantes, boa trama e uma linha consistente de narrativa.
Seu objetivo é ir até as áreas, explorar, encontrar pessoas, cumprir missões, enquanto sobrevive da forma que for possível.
O brilho do game está na captação da essência de The Walking Dead: sobreviver a muitas ameaças, usando recursos limitados, confeccionando formas inusitadas de liquidar com aberrações ou mesmo outros sobreviventes.
Ainda bem que é uma realidade virtual!
Eu morreria no primeiro dia de um apocalipse zumbi. Com o PlayStation VR2, tive esta certeza em algumas poucas horas de gameplay.
Isso porque o game entrega uma jogatina muito divertida e imersiva – olha a palavrinha aí. Os gráficos estão bonitos, os cenários estão bem detalhados, mas o que mais se destaca são as mecânicas.
É uma simulação praticamente. Você precisa usar quase todos os movimentos que, naturalmente, usaria. Para abrir uma porta, gire a maçaneta, óbvio. Pegue sua arma no coldre, atire e recarregue. Passe aquele esparadrapo no braço para se curar, pegue um refri e beba para recuperar sua energia.
Coisas que parecem simples, mas que fazem uma baita diferença no momento da jogatina. Você só não precisa andar ou correr. Os controles Sense estão aí para isso. De resto… É sobreviver.
E essa sobrevivência aparece mesmo quando você tem que fazer tudo isso em momentos de tensão, quando vários zumbis estão vindo em sua direção e tem que recarregar sua arma, se curar, pegar um item na mochila – você precisa puxar a mochila das costas -, criar…mano do céu.
É uma sensação de desespero divertidíssima, principalmente no começo, quando você ainda está descobrindo como tudo funciona. Claro, depois de várias horas, pode bater aquela sensação de cansaço em ter que fazer estas representações, mas ainda assim é legal.
O que nos leva a outro ponto.
The Walking Dead: Saints & Sinners – Chapter 2: Retribution não é tão casual como um Beat Saber. Há uma série de elementos bem amplos no game como: é preciso gerenciar o inventário, ter cuidado com andanças noturnas – é muito perigoso -, recolher recursos para craftar itens… Há muito o que fazer!
O jogo flerta bastante com RPG. Pense que há diversas possibilidades para melhorar suas bancadas, coletar e ir busca de itens da sua receita, para só então ter acesso aos itens mais legais, controlar bem seus ciclos de dia-noite e não morrer. Caso contrário, perderá sua mochila com todos seus itens (é possível recuperá-la!).
É você contra o mundo. Tudo quer te destruir e você precisa estar muito bem preparado para se locomover entre os locais. Neste aspecto, o jogo é bastante profundo e grande. A jogatina pode passar, facilmente, das 12h. Para um jogo de PlayStation VR2, está acima da média.
Às vezes há mais Pecadores que Santos
O jogo, no entanto, peca – com perdão do trocadilho – em alguns pontos. Os inimigos parecem dar respawn sempre no mesmo lugar, repassando uma sensação de repetitividade. Então fica fácil decorar os trechos. Isso, obviamente, compromete o tal fator replay.
A curva de aprendizado não é exatamente fácil. Por ser bem amplo em opções, dá pra ficar perdido em meio a tantas possibilidades de criação de armas, recursos e itens. Principalmente no começo da jornada, quando se depara com as bancadas cheias de notas.
O sistema de orientação também não ajuda muito. Poderia existir uma mecânica mais evidente, indicando quais são os objetivos. Claro, isso também pode ser um diferencial positivo para quem não gosta de orientações e prefere descobrir tudo “na raça”.
E, por fim, as opções de diálogos. Elas existem, contudo não impactam no desenrolar dos acontecimentos, deixando uma sensação de que elas existem só por volume.
The Walking Dead: Saints & Sinners – Chapter 2: Retribution: vale a pena?
Com belos gráficos – dadas as capacidades do PlayStation VR2 -, uma ótima longevidade e inúmeras possibilidades para criação de itens e tudo relacionado, vale muito a pena o game. E não é pela escassez de títulos.
Definitivamente, este não é um quebra-galho. É um jogo interessantíssimo, daqueles que você mostra para visitas quando elas querem sentir o que é a realidade virtual. Vale também mencionar. O game conta com legendas em PT-BR.
Na PlayStation Store, o título é listado (em 12/04) por pouco mais de R$ 200. Como em todo jogo, vale levar em consideração a relação retorno vs. investimento. Neste caso, o retorno é bastante positivo para quem pode ter um PlayStation VR2.
Veredito
The Walking Dead: Saints & Sinners – Chapter 2: Retribution
Sistema: PlayStation VR2 | PlayStation 5
Desenvolvedor: Skydance Interactive
Jogadores: 1
Comprar com DescontoVantagens
- Visuais bem bacanas
- Variedade de opções em criações
- Muitas áreas para explorar
- Mecânicas imersivas
Desvantagens
- Respawns repetitivos
- Mudanças nos diálogos não impactam
- Pode ser complexo demais