Review

Crash Bandicoot 4: It’s About Time no PS5: vale a pena?

Na nova geração, Crash Bandicoot 4 fica ainda mais bonito e fluido

por Vinícius Paráboa
Crash Bandicoot 4: It's About Time no PS5: vale a pena?

Em 2020, a Toys For Bob trouxe Crash Bandicoot 4: It’s About Time, a sequência oficial e canônica da trilogia original da Naughty Dog. Na época, porém, o estúdio só liberou os ports da geração passada, mesmo com o lançamento próximo do PS5 e do Xbox Series. Pois bem, agora, a produtora lança uma versão de nova geração, para que o marsupial mais querido do mundo gire com tudo, em 4K e 60 FPS.

Como já falamos bastante do gameplay e da narrativa no review da versão de PS4, vamos focar essa pequena análise na otimização para o PlayStation 5. Afinal, as mecânicas e a enredo seguem idênticos: as diferenças são meramente técnicas.

Girando em 4K e 60 FPS

Crash Bandicoot 4: It’s About Time passou por melhorias gráficas e de desempenho para a nova geração. Ao abrir o game no PS5, o jogador não percebe logo de cara, mas com um pouco de atenção dá para notar uma iluminação melhor, bem como cores mais vivas e detalhadas. Se o gamer estiver usando um televisor 4K, essas mudanças ficam ainda mais evidentes.

Notória mesma é a performance. Agora em 60 FPS (no PS4, o jogo rodava a 30 FPS), o gameplay se torna bastante fluido, o que ajuda muito ao pular nas plataformas e, é claro, na precisão ao girar nos inimigos.

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Gameplay em 4K e 60 FPS deixa tudo mais fluido

Tempos de carregamento menores

Talvez, os tempos de loading sejam o maior destaque do port. No PS4, o título demorava quase um minuto para chegar ao menu principal e cerca de 20 segundos para carregar uma fase. Graças ao SSD veloz do PS5, esses tempos são drasticamente reduzidos: o gamer precisa esperar apenas 40 segundos para alcançar o menu e só seis segundinhos para começar o gameplay.

A redução no loading ajuda muito o jogador, porque o título é bem desafiador. Um dos objetivos para alcançar 106% de progresso, é coletar todas as “Relíquias Insanamente Perfeitas”. Para isso, o player precisa pegar todas as gemas da fase, sem morrer. No PlayStation 4, uma morte significava abrir o menu para reiniciar todo o estágio (e esperar um bocado de tempo). No PlayStation 5, não existe essa dor de cabeça.

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Velocidade de carregamento quase não permite que o jogador veja telas como essa

E o DualSense?

A Toys For Bob também tratou de aproveitar a tecnologia proporcionada pelo DualSense em Crash Bandicoot 4: It’s About Time. Mas o sentimento é de que o estúdio poderia ter feito um trabalho melhor nesse aspecto.

O controle passa algumas sensações ao longo da jogatina. Quando Crash dá uma barrigada no chão, o jogador consegue sentir o impacto da queda. Morrer ao colidir em obstáculos também nos faz entender um pouco da dor do marsupial.

Os gatilhos adaptáveis até são usados, mas não espere algo de deixar os pelos de Crash em pé. O L2 serve apenas para mostrar a quantidade de frutas Wumpa, vidas, e caixas coletadas, portanto, não é utilizado. O R2 fica resistente quando os players atacam com a corda de Tawna, com o aspirador de Dingodile ou com a arma laser de Cortex. Nas peles de Crash e Coco, o botão não passa por isso — mesmo ao ativar os poderes das máscaras quânticas.

Recurso Atividades é muito bem utilizado no jogo

Se o DualSense foi deixado um pouco de lado em Crash Bandicoot 4: It’s About Time, a Toys For Bob parece ter voltado suas atenções para a ferramenta “Atividades”, do PS5. Com o uso dos cartões, o jogador consegue entrar em um Time Trial ou trocar de mundo, em pouco tempo.

Além disso, os cartões de “Game Help” também marcam presença. Com eles, os fãs podem assistir aos detonados das fases, ganhando assim, uma ajudinha extra para atravessarem partes difíceis — e não são poucas nesse game.

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O recurso “Atividades” te ajuda a terminar as fases com maior tranquilidade

Crash Bandicoot 4: It’s About Time no PS5: vale a pena?

Crash Bandicoot 4: It’s About Time já era bom na geração passada, mas fica melhor ainda com as melhorias técnicos que recebeu. O título possui upgrade gratuito, ou seja, se o jogador já o obteve no PS4, basta baixar a versão de PS5 sem custos adicionais e aproveitá-la.

Outro ponto positivo para quem for fazer o upgrade, é que todo o progresso obtido no PlayStation 4 é transferível para o PlayStation 5. Para isso, basta fazer o upload do save na nuvem (via PS Plus), entrar no game e ser feliz.

No resultado da equação, o único fator negativo é o pouco uso dos recursos do DualSense — eles existem, mas fica aquele gostinho de “quero mais”. Crash Bandicoot 4 só não vale a pena para quem quiser economizar (mesmo com o jogo estando em promoção na PS Store).

Veredito

Crash Bandicoot 4: It's About Time
Crash Bandicoot 4: It's About Time

Sistema: PlayStation 5

Desenvolvedor: Toys For Bob

Jogadores: 1

Comprar com Desconto
85 Ranking geral de 100
Vantagens
  • Visuais mais bonitos
  • 60 FPS deixa o game mais fluido
  • Recurso Atividades ajuda muito os novatos
  • Tempos de carregamento muito rápidos
Desvantagens
  • Uso do DualSense poderia ser melhor
Vinícius Paráboa
Vinícius Paráboa
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Jogando agora: Final Fantasy VII Rebirth, A Plague Tale: Requiem, Dragon's Dogma 2
Editor no MeuPlayStation. Fanático por Crash Bandicoot, God of War e pelo Grêmio.