Diretor de The Callisto Protocol culpa Krafton pelos problemas do jogo

Em entrevista ao Dan Allen Gaming, Glen Schofield, diretor de The Callisto Protocol, afirmou que a qualidade do jogo ficou abaixo do esperado. A editora Krafton, segundo ele, insistiu em lançar o jogo muito cedo. Inicialmente, a empresa prometeu mais tempo para concluir o projeto, mas por algum motivo a liderança decidiu voltou atrás.

Schofield queria cerca de três meses e meio adicionais para trabalhar no jogo. Ele acreditava que teria esse tempo, conforme prometido por Krafton. Até outubro de 2021, a agenda do diretor vinha sendo respeitada, sem atrasos. O clima era de grande tranquilidade, porém tudo mudou.

Durante as férias de Natal, Schofield passou o tempo projetando e desenvolvendo ideias com sua equipe. No entanto, em janeiro, representantes da Krafton disseram que o prazo final era dezembro de 2022. Schofield percebeu que não conseguiria concluir a tempo e que isso custaria mais dinheiro à empresa.

Esse problema foi agravado pela pandemia de Covid-19, que fez com que muitos dos 200 funcionários adoecessem, além de muitos decidirem sair em busca de melhores salários. “Ficamos devastados,” disse Schofield. “Às vezes, todo o nosso departamento de efeitos visuais ficava fora, todo o departamento de animação também.”

Schofield descreveu 2021 como o pior ano de desenvolvimento de sua vida. A pressão da editora dificultou o ambiente e fez com que cortassem muito conteúdo do jogo. The Callisto Protocol não teve quatro chefões e acabou não atingindo o potencial imaginado pelo diretor. Uma pena.

Krafton anuncia Project Birdseye, spin-off roguelike de The Callisto Protocol

The Callisto Protocol pode até ter trazido um pouco de confusão para Schofield, mas aparentemente, a Krafton não ligou muito para isso e já anunciou até um spin-off no estilo roguelike para o jogo. Conheça aqui!