Sony explica motivo pela ”aquisição estratégica” da Bungie
Os jogos como serviço serão o foco, mas jogos exclusivos podem se beneficiar com a experiência do estúdio
Em reunião com investidores, a Sony explicou o motivo do investimento de US$ 3,6 bilhões na aquisição da Bungie, desenvolvedora de Destiny. A estratégia da gigante japonesa é aproveitar a experiência do estúdio em “jogos como serviço” no PlayStation Studios de maneira ampla e seguir lançando IPs multiplataformas, além de levar as propriedades intelectuais já existentes para o modelo citado.
Em um dos documentos apresentados, a companhia detalha os pontos principais da importância do negócio entre as empresas:
- A significância estratégica da aquisição não se trata apenas da aquisição da franquia Destiny, mas também das novas IPs desenvolvidas pela Bungie e pelo fato de incorporar a experiência e tecnologia do estúdio na área de jogos como serviço. Queremos utilizar esses recursos ao desenvolver IPs no PS Studios, conforme expandimos para o setor de jogos como serviço;
- Em colaboração conjunta com a Bungie, a Sony planeja lançar mais de 10 jogos como serviço até o final do ano fiscal de 2025, no dia 31 de março de 2026;
- Além do mais, o lançamento de nossas IPs em múltiplas plataformas é uma grande oportunidade de crescimento para a Sony e isso ficou evidente com o sucesso de God of War e outros exclusivos no PC. Através dessa aquisição, a pretensão é obter novos usuários e aumentar o engajamento nas plataformas além do PlayStation, o que permitirá um avanço significante na estratégia de crescimento a longo prazo do ecossistema do setor de jogos;
- Catalisado pela aquisição da Bungie, a intenção da Bungie é acelerar o crescimento da receita dos exclusivos, procurando obter mais que o dobro do montante no ano fiscal de 2025.
Parte desses planos aparentemente já estão em desenvolvimento. Muitos estúdios, como a Naughty Dog (multiplayer standalone) e a Firewalk Studios (FPS de alto investimento) estão desenvolvendo experiências multiplayer onde o engajamento da comunidade será importante. Até 2026, dez desses jogos estarão nas mãos dos jogadores.
Hermen Hulst vê Bungie como uma aliada no aprendizado e referência em jogos FPS
Em entrevista ao PlayStation Blog, Hermen Hulst não poupou elogios aos devs da Bungie. Na visão do chefe do PS Studios, a evolução dos títulos do estúdio serviu como base para shooters em primeira pessoa nos consoles.
Eles são pioneiros. Halo: Combat Evolved faz, o que, 20 e poucos anos que foi lançado? Eles fizeram a base para os FPS nos consoles e muitas dessas ideias perduram ao longo dos anos, sejam granadas, corpo a corpo, mira, barra de saúde recarregável e outras inovações.
Além de elogiar Destiny pelo gameplay, fluidez e dificuldade em deixar de jogar, Hulst lembrou de estar trabalhando em Killzone quando a empresa lançou Halo no mercado. Quanto à nova parceria, ele revelou estar aguardando uma troca de conhecimento daquelas:
Passei muito tempo com pessoas com a equipe sênior da Bungie. Posso dizer que eles e o PlayStation Studios estão muito animados para compartilhar ideias e cicatrizes de batalhas também. E aprender de verdade uns com os outros.
Ainda não sabemos como será o futuro, mas a Sony teve um 2021 histórico. A receita da gigante japonesa quase chegou aos US$ 25 bilhões. Confira!