PlayStation Classic: versão mini do PS One não impressiona
Três sites descreveram o mini console como "simplório".
O PlayStation Classic, console em versão mini do PS One, só chega ao mercado no próximo mês, mas já foi analisado por diversos veículos internacionais. Infelizmente, a recepção não foi das mais positivas. Em geral, o PS Classic “deixa a desejar” em uma série de quesitos segundo as análises.
O mini console, com um tamanho 45% menor do que o original, traz uma seleção de 20 jogos do PS One em sua memória interna, além de dois controles D-Pad (modelo anterior aos Dual Shockers) com conectores USB.
Os botões do console mantém praticamente as mesmas funções do original. O botão de ‘power’ liga e desliga; ‘open’ serve para “trocar de disco” quando se joga um título que originalmente tinha mais de um CD; e o botão ‘reset’ é usado para sair do jogo e ir para o menu principal do mini console. Os jogos rodam via emulação e a Sony utiliza o emulador open source PCSX ReARMed.
Em geral, as análises apontam que o PlayStation Classic não entrega nada além do básico. O Kotaku afirma que a emulação “é boa o suficiente”, os jogos têm visuais e som compatíveis com a época, com personagens pixelados característicos dos anos 90.
Alguns jogos, no entanto, tem alguns problemas gráficos quando exibidos em dispositivos de vídeo HD. O site considerou a experiência “simplória” pelo fato de o PlayStation Classic não oferecer nada além do que uma emulação competente.
O GameSpot apontou a fidelidade dos controles novos do mini console em relação aos originais: há apenas uma pequena redução de peso e os botões parecem mais confortáveis ao toque. No entanto, o site considerou uma pena não serem inclusos modelos DualShock, incluindo os analógicos e a vibração em momentos icônicos de games clássicos.
Já o IGN apontou como principal vantagem o comprimento e espessura dos cabos – são resistentes e longos.
GameSpot e Polygon usaram o mesmo adjetivo para descrever o PlayStation Classic: “simplório”. As opções gráficas são limitadas; os jogos rodam a 720p, mas não existem formas de alterar a resolução ou a proporção da imagem, como é comum em emuladores.
Não há filtros, como scanline (que mimetizam as tvs de tubo e tornam os gráficos menos serrilhados) ou bordas, vistos em outros consoles retrô. Ainda, não há nenhum tipo de otimização gráfica nativa, fazendo com que alguns games pareçam bem ruins esteticamente; Resident Evil, por exemplo, ficaria péssimo com seus cenários pré-renderizados totalmente pixelados.
O IGN descreveu a experiência de jogar no PlayStation Classic como algo “nostálgico” mas que parece incompleto.
Uma crítica pertinente vem do método de salvamento dos jogos. Cada título tem um Memory Card virtual, mas com apenas um slot, conforme apontou o Kotaku. No entanto, o GameSpot elogiou o fato de o PlayStation Classic usar os ‘save states‘, que criam um ponto de save imediato a qualquer momento, de forma independente dos métodos de salvamentos internos do game.
Outra crítica veio da biblioteca limitada – apenas 20 dos 2500 títulos lançados para o PS One. GameSpot e IGN não criticaram somente a quantidade de games disponíveis, mas a seleção, que deixou clássicos como Crash Bandicoot, Castlevania Symphony of the Night e Tomb Raider de fora.
O IGN aponta que “é estranho” que uma réplica como o PS Classic não inclua jogos icônicos e aclamados em sua biblioteca. Vale lembrar que o catálogo não será expandido após o lançamento.
O PlayStation Classic chega em 3 de dezembro ao mercado internacional, por U$100. O mini console já é sucesso de vendas, com estoques esgotados em várias lojas.