Trabalho em Call of Duty não é valorizado, segundo ex-diretor de MW3

Glen Schofield, ex-diretor de Call of Duty: Modern Warfare 3, Advanced Warfare e WWII, disse em entrevista ao VGC que as pessoas não valorizam o tanto de trabalho que se leva para dar vida aos jogos da franquia. Além disso, a competição entre os estúdios envolvidos na série também entrou em pauta.

Schofield disse que “as pessoas não imaginam o quanto de trabalho é necessário para se fazer um CoD”. Segundo ele, o desenvolvimento dos títulos não se baseia em “colocar tudo em um triturador e outro game sai pronto”, é necessário “muita pesquisa” para que as coisas aconteçam.

Você está trabalhando com especialistas, eu estudei a Segunda Guerra Mundial por três anos. Lidei com historiadores, passei oito dias em uma van na Europa visitando todos os lugares que estariam dentro do jogo, fotografei inúmeras armas antigas. Todas essas coisas são necessárias quando se trabalha com um Call of Duty.

O ex-diretor ainda mencionou ter trabalhado com diversas forças especiais pela Itália, Espanha, França e Inglaterra para aprender diferentes técnicas e táticas de guerra. Sendo assim, ele destaca que “muito aprendizado, leitura constante, e assistir vídeos com frequência” foi mais um passo na idealização de seus projetos.

Schofield também comentou sobre a relação entre a Sledgehammer, onde trabalhava, e as demais desenvolvedoras: Infinity Ward e Treyrach. Uma competição interna sadia fazia parte do cotidiano dos estúdios:

É estranho, porque torcíamos por cada estúdio pois precisávamos e queríamos que todos os Call of Duty tivessem sucesso, mas desejávamos obter as maiores notas. Queria alcançar mais vendas se possível. Então sim, nós puxávamos uns aos outros, de verdade.

Isso não inibia a parceria entre os estúdios, que de acordo com o ex-diretor, se ajudavam numa espécie de irmandade pelo bem de Call of Duty. Vez ou outra, os desenvolvedores se juntavam para ajustar detalhes dentro dos títulos.

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