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Devs do PS VR2 esclarecem como é possível portar jogos do PS VR

No lançamento do headset, apenas dois jogos totalmente originais de nova geração ficam disponíveis para os fãs

por André Custodio
Devs do PS VR2 esclarecem como é possível portar jogos do PS VR

Com poucos dias para a chegada do PS VR2 às prateleiras, desenvolvedores de jogos trouxeram novas informações sobre seus títulos de lançamento. Em entrevista ao GamesIndustry.biz, eles examinaram as possibilidades do headset de nova geração e detalharam os desafios de portar jogos do modelo antigo para o atual.

Até o momento, mais de 30 jogos já estão confirmados para o mês de lançamento do equipamento de nova geração. Porém, de todos eles, apenas dois realmente são inovadores e chegam como exclusivos da plataforma — Horizon Call of the Mountain e o recém-adiado The Dark Pictures: Switchback VR.

Dentro desse contexto, estúdios não encaram a problemática como um atraso geracional, mas sim como uma oportunidade de apresentar projetos aprimorados. Segundo eles, os ports não consistem apenas em uma disponibilidade no catálogo de jogos, mas sim em inúmeras melhorias, ajustes de nitidez e resolução e compatibilidade com as tecnologias do PS VR2.

“Você literalmente aponta para onde quer ir e aperta o botão de aceleração para se mover”, explica Jake Kazdal, diretor de Song in the Smoke. “Acho que a equipe estava muito orgulhosa [do original], mesmo com as limitações à nossa frente, mas é muito melhor com uma configuração de dois controles. É um jogo totalmente diferente.”

Song in the Smoke do PS VR2
Fonte: 17-BIT

De acordo com Mark MacDonald, produtor da Enhance, essa foi a desculpa perfeita para voltar e refazer seus jogos para uma versão completa de PS5. Coisas “superficiais” como resolução e taxa de quadros passaram a ter ampla importância, especialmente em projetos que se aproveitam de aspectos de som e visual para oferecer uma experiência mais imersiva.

Essa maneira inédita de explorar o hardware seria responsável por otimizar os níveis de realismo no PS VR2. Em Moss, por exemplo, o rastreamento ocular permitiu a adição de sombras dinâmicas, enquanto Tetris Effect: Connected recebeu um sistema de ativação por meio do piscar de olhos.

“Nossa equipe ajustou o feedback tátil para o maior alcance e sensibilidade do PS VR 2, e os novos headsets darão aos jogadores um pouco mais de sacudida quando forem atingidos”, explica o diretor de Pistol Whip, Tyler McCulloch. “Os gatilhos adaptativos adicionam diferentes níveis de resistência aos botões quando o cartucho está cheio ou vazio, fornecem vibrações de disparo mais realistas e aqueles cliques satisfatórios distintos quando você recarrega. É ótimo.”

Pistol Whip do ps vr2
Fonte: Cloudhead Games

Essas tecnologias permitiriam que os jogadores tenham mais razões para adquirir os mesmos títulos e experimentá-los sobre novas perspectivas. Em alguns casos, por exemplo, o port será realizado por meio de atualizações gratuitas, enquanto outros ficarão disponíveis com descontos especiais.

“Gastamos muito tempo, e tempo é dinheiro, trabalhando nessas novas versões. Você também precisa levar em consideração testes internos e testes de plataforma. Então, no final, é muito mais tempo e esforço do que as pessoas provavelmente pensam”, acrescenta MacDonald.

O PS VR2 será lançado em 22 de fevereiro. Para saber mais sobre valores, períodos de entrega e opções de compra na pré-venda, basta clicar aqui.

Fundador da Oculus se impressiona com o PS VR2

Em mensagem compartilhada no Twitter, Palmer Luckey, fundador da empresa de realidade virtual Oculus, comentou que está impressionado com o PS VR2. Segundo ele, o dispositivo será um salto geracional significativo e apresentará inúmeras melhorias em relação ao modelo anterior. Clique aqui para saber mais.