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CEO do estúdio de Baldur’s Gate 3 defende jogos single-player: “Só precisam ser bons”

Os títulos single-player não estão saindo de cena, só precisam ter mais qualidade

por Jean Azevedo
CEO do estúdio de Baldur’s Gate 3 defende jogos single-player: “Só precisam ser bons”

O debate sobre o futuro dos jogos single-player voltou, e Swen Vincke, CEO da Larian Studios, de Baldur’s Gate 3, decidiu se posicionar. Em uma postagem, ele ironizou a recorrente previsão de que esses jogos estão morrendo: “Eles não estão. Só precisam ser bons” — uma bela de uma indireta, só não sabemos para quem.

A ideia da publicação, segundo ele, surgiu após declarações de figuras influentes da indústria sobre jogos focados na experiência solo. Vincke rebateu dizendo que essa mentalidade prejudica investimentos no gênero. Segundo ele, “Antes que percebam, isso vira um mantra”, afetando o desenvolvimento de novos títulos.

Aquela época do ano em que os grandes jogos single player são declarados mortos. Use sua imaginação. Não estão. Eles só precisam ser bons. O motivo desse tuíte é ouvir conversas sobre figuras importantes da indústria afirmando que não há futuro para (grandes) jogos single-player. O que significa desencorajar investimentos em (grandes) jogos single-player. O que me incomoda. Porque não acho que eles estejam certos.

O problema é que esse tipo de atitude tem consequências. Porque antes que você perceba, vira um mantra. Então, isso é só eu tentando dar algum contrapeso. Acho que bons jogos single-player continuarão a se sair tão bem quanto sempre foram. Eles só precisam ser bons e inovar o suficiente.

O chefão do estúdio de Baldur’s Gate 3 tem um ponto

Exemplos recentes mostram que o mercado para single-player segue forte. Jogos como Baldur’s Gate 3 e Kingdom Come: Deliverance II provaram que experiências bem feitas continuam atraindo milhões de jogadores. O sucesso dessas produções sugere que o problema não está no formato, mas na qualidade das propostas.

Baldur's Gate 3
Fonte: Larian Studios

A resistência contra jogos solo não é nova. Grandes empresas, como a EA, já priorizaram experiências multiplayer ou serviços contínuos, buscando maior rentabilidade. A própria PlayStation, responsável por outros jogos do “nível Baldur’s Gate 3”, também tenta sucesso no live service.

No entanto, títulos premiados e recordes de vendas demonstram que o público ainda valoriza campanhas envolventes e narrativas bem construídas.

Enquanto desenvolvedores como a Larian Studios defendem o gênero, o debate persiste. O futuro dos single-player dependerá não apenas da aceitação do público, mas das decisões de mercado. Se os jogos forem bons o suficiente, como Vincke sugere, eles continuarão relevantes por muito tempo.

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