[BGS 2018] Diretor de God of War conversa com fãs brasileiros
Cory Barlog fez até apostas sobre o jogo do ano com o público
Cory Barlog é uma das atrações da BGS 2018. O diretor de God of War esteve presente no BGS Talks, um palco especial no estande do Twitch, que aproxima personalidades da indústria do público da feira.
Cory deixou todo mundo à vontade: permitiu que todos fizessem perguntas à ele diretamente, sem necessidade de qualquer seleção prévia. O resultado foi um bate-papo muito descontraído entre ele e a galera da BGS.
O diretor de God of War iniciou sua participação respondendo uma pergunta sobre a sua principal motivação para fazer o game. O nascimento de seu filho foi a principal inspiração para o tema do game, que mostrou uma grande mudança para Kratos. O diretor acredita que, quando pessoas envolvidas em processos criativos colocam “um pouco de si” em seus trabalhos, o resultado é muito mais autêntico.
Barlog também acreditava que, mesmo com o final mais conclusivo de God of War 3, ainda havia mais espaço (e ideias) para continuar com a franquia. Quando questionado se em algum momento ele cogitou continuar a franquia sem Kratos, Barlog disse que ainda há muitas possibilidades para o personagem e que não pensou sobre isso ainda. No entanto, ele não descarta fazer um spin-off com Atreus ou, ainda, dar mais espaço e destaque ao filho de Kratos em próximos jogos em termos de gameplay.
Glauco Longhi também falou um pouco sobre seu trabalho como artista de personagens. O brasileiro contou que dar identidade a cada um deles é um processo bastante longo e complexo, mas que o mais difícil de ser executado foi a Serpente do Mundo: “era muito grande e uma criatura muito diferente, precisou de muita atenção”. No entanto, o artista destacou que o personagem que mais curtiu fazer foi o “animal de estimação” de Brok. Parece que Cory Barlog deu até um apelido especial à criatura, mas os dois mantiveram em segredo.
Muitas perguntas também foram direcionadas para as mudanças de gameplay no novo título. O diretor disse ter insistido bastante na mudança de câmera para algo mais próximo de Kratos, para que o jogador não somente se sentisse “mais perto” do personagem, mas para permitir que a história tivesse uma abordagem mais íntima das transformações pessoais de Kratos.
A mudança de câmera foi o pontapé inicial para a reformulação do estilo de combate. Este ponto seria um dos maiores desafios para Cory Barlog: “Achei que todo mundo ia odiar”, disse o diretor. A Santa Monica demorou bastante para deixar o combate como desejavam, mas no fim das contas o trabalho duro valeu a pena.
Barlog também foi questionado sobre o mural que aparece em uma parte do jogo que dá pistas de outras mitologias, além da grega e da nórdica. O diretor disse que os símbolos foram colocados lá para atiçar o público e para o caso de eles cogitarem, um dia, expandirem God of War para outras mitologias. No entanto, a nórdica foi escolhida para este novo game não somente por sua riqueza fantástica, mas pelo humor negro peculiar. Outro aspecto que favoreceu a escolha foi a localização. Os ambientes isolados e terras gélidas permitiriam isolamento para Kratos e Atreus, levando os dois a criarem laços cada vez mais fortes ao longo da jornada.
Um assunto que não poderia ficar de fora, já que estamos chegando perto do final do ano é o “Jogo do Ano”. Cory foi perguntado se acreditava que God of War poderia ser um “GOTY”. O diretor foi modesto: “Olha, não sei, tem Red Dead Redemption 2 vindo aí, não é?”
A atração foi finalizada com Barlog falando sobre os últimos games que ele andou jogando. O diretor de God of War diz não ter muito tempo, mas que já arriscou jogatinas de: Persona 5, Horizon Zero Dawn, Yakuza, Zelda Breath of the Wild, Spider-Man, Detroit e o game brasileiro Celeste. Ele também afirmou estar super empolgado para jogar Death Stranding, de Hideo Kojima.
Se você quiser ter a oportunidade de fazer a sua pergunta para Cory Barlog, dê uma passadinha no palco da BGS Talks hoje (13) às 16h.
Veja mais da nossa cobertura da BGS 2018: