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[Jogamos] The Last of Us 2 tem potencial para ser “o jogo” do PlayStation 4

Prévia de The Last of Us 2 deixa boas expectativas para o jogo completo

por Daniel dos Reis
[Jogamos] The Last of Us 2 tem potencial para ser

Não faz muito tempo, escrevi nesta coluna as minhas impressões ao reviver The Last of Us Remastered. Na oportunidade, voltei ao jogo de 2014 – versão remasterizada – para relembrar detalhes do enredo, refrescar a jogabilidade e me preparar para, finalmente, jogar The Last of Us 2.

Poucos dias depois, o aguardado código chegou. E, desta vez,  volto aqui para trazer uma prévia da Parte II. Mas antes, esclarecimentos importantes: esta não é a revisão completa, o texto não conta com nenhuma revelação antecipada (sem spoilers) e essas impressões estão de acordo com o contrato de embargo, referindo-se a um trecho limitado do game (mostrado no último State of Play).

O primeiro impacto é na ambientação. Os cenários estão muito mais amplos, detalhados e cheios de nuances. O intervalo se parece, em conceito, com que a Naughty Dog já havia feito em Uncharted 4: A Thief’s End. Lembra-se do cenário de Madagascar, quando Nate podia descer do jipe e explorar um imenso local que repassava uma sensação de mundo aberto? Então, é bem parecido.

Em seguida, o jogo surpreende ao oferecer expressões e faces extremamente detalhadas. Há momentos onde você tem de fazer um esforço físico maior e é possível notar claramente as feições alteradas. Nos momentos de tensão, então, o semblante de Ellie muda, radicalmente, para aquela carinha de “sangue nos olhos”.

Nesta parte do game, você sai com Ellie em busca de uma informação importante nos arredores de Seattle. A cidade – o que restou dela – está sendo disputada por dois grupos: uma milícia rebelde e uma espécie de seita religiosa. Você se vê envolvido em um conflito que não é seu e ainda tem de lidar com outras ameaças.

Ainda que seja possível só seguir em frente rumo ao objetivo, é importante destacar que, se o fizer, vai perder uma parte significativa do gameplay. Afinal, uma exploração cautelosa de todos os cantos pode revelar valiosos recursos para melhorar seus equipamentos, fabricar itens e utensílios.

Isso abre um leque de possibilidades. Com cenários maiores e abertos, você pode simplesmente escapar de confrontos ou tentar fazer com que os adversários se distraiam de outras maneiras. Por diversas vezes, experimentei lançar um tijolo rumo a um estalador para que ele saísse em disparada rumo aos inimigos humanos, enquanto eu passava sorrateiramente ilesa pelos cantos.

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Escolha sua abordagem.

The Last of Us 2 te dá muitas opções de abordagens. Mas quando o bicho pega mesmo, você consegue sentir as novidades. Ellie é muito mais ágil que Joel. Ela corre mais rápido, consegue passar por cantos e se deitar na grama alta.

Gostei bastante de experimentar artifícios como: atirar na perna de um inimigo e avançar rapidamente para dar um golpe de misericórdia, tomando-lhe seu próprio facão após uma esquiva lindamente executada. Quando isso acontece, você sente o peso do golpe ao rasgar a barriga do coitado e vê-lo agonizar com gritos de dor arrepiantes.

E se outro comparsa assistir a cena, ele vai gritar lamentando a morte do colega, chamando pelo seu nome. “Você matou o fulano… Você vai pagar por isso!”. Um detalhe bem interessante: todos os seus oponentes têm um nome. Até os cães.

Falando nos doguinhos, eles são terríveis. Escapar do olfato apurado dos “guardas caninos” é um baita desafio. Neste ponto, você tem opções: partir para o confronto direto e morrer, fugir furtivamente ou plantar armadilhas.

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Os combates corporais estão brutais.

Já os infectados estão ainda mais bem trabalhados. Os corredores são agressivos ao extremo, chamam atenção de todos e podem causar muitos danos. Os estaladores estão mais mortais do que nunca. Um erro de abordagem pode ser absolutamente fatal… E o que falar dos espreitadores? Uma nova classe tão veloz quanto um corredor e mortífera como um estalador. Além de ter um grito de gelar a espinha.

The Last of Us 2, pelo menos neste contato, parece muito mais tenso, imersivo e profundo. O jogo não propõe reinventar a roda ou oferecer inovações, mas executa com muita competência sua proposta. Claro, é só uma experimentação de uma parcela relativamente curta de todo jogo, onde não há quaisquer informações sobre a trama ou como tudo se conecta, mas as expectativas são boas.

Para mais detalhes, nos vemos no dia 12 de junho, quando a análise completa será publicada. O lançamento está marcado para 19 de junho. Aproveite para dar uma espiada na pré-venda clicando aqui. Você não vai se arrepender…