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Fora da Caixa! Avatar: Frontiers of Pandora promete exploração épica

Planeta dos Na'Vi tem nome da "primeira mulher", que "Tudo Dá" e "Tudo Tira"; entenda a relação do mito com o jogo

por Thiago Barros
Fora da Caixa! Avatar: Frontiers of Pandora promete exploração épica

A que tudo dá, a que tudo tira. A beleza que esconde a mentira. Pandora, Πανδώρα no grego clássico. O nome do mundo fictício de Avatar não é à toa. Ele é inspirado na mitologia da criação da “primeira mulher”. Linda, exuberante, convidativa. Mas cheia de segredos e perigos. Exatamente como a quinta lua de Polyphemus, que terá sua parte Oeste explorada de maneira épica no novo jogo baseado no universo cinematográfico de James Cameron, Avatar: Frontiers of Pandora.

Já disponível, o game é uma aventura em primeira pessoa desenvolvida para a nova geração de consoles pela Ubisoft, onde os jogadores “se transformarão” em Na’Vi para defender sua terra. Afinal, os humanos, enfeitiçados pelos lindos cenários e riqueza natural do local, o querem para si – em um enredo que se encaixa entre os eventos dos dois filmes da franquia – justamente no ano de 2169, quando se passa O Caminho da Água.

O MeuPlayStation agora abre a caixa para mostrar os atrativos que Frontiers of Pandora, que é uma colaboração da Ubi com a Disney e a companhia de produção de James Cameron, Lightstorm Entertainment, traz para o PS5. Experimente tudo o que Pandora tem a oferecer. Se torne Na’Vi.

Caixa de Pandora

Segundo a lenda, Zeus ficou furioso com os humanos por terem recebido de Prometeu a arte de criar o fogo. Em resposta, decidiu presentear a humanidade com algo que, na verdade, resultaria em punição. Então ordenou Hefesto que esculpisse a primeira mulher a partir da terra – concebida como uma “bela maldade”.

Atena a vestiu com um vestido prateado, um véu bordado, guirlandas e uma coroa de prata. Diversos deuses lhe agraciaram com beleza, inteligência, paciência, enfim, tudo de bom. Por outro lado, Hermes deu a ela “uma mente desavergonhada e uma natureza enganosa”, o poder da fala, acrescentando “mentiras e palavras astutas”.

Ela, então, foi enviada ao titã Epimeteu, que a tomou como esposa. No casamento, recebeu de presente dos deuses uma caixa que nunca deveria ser aberta. Pandora, contrariando a ordem e aguçada pela curiosidade, a abriu, libertando todos os males até então desconhecidos pelos homens – doenças, guerra, mentira e ódio.

Beleza, mas o que isso tem a ver com Avatar?

Pandora no novo Avatar

A semelhança do enredo é clara. Pandora, agora o mundo da franquia, é vista pelos humanos como um grande presente. Uma dádiva natural. Mas, na verdade, ao se dirigirem ao local, eles estão basicamente abrindo essa caixa e trazendo para si e para os Na’Vi uma série de problemas que desencadeiam uma intensa guerra.

Justamente onde o jogador se insere em Frontiers of Pandora. Controlando um órfão da população local, que foi sequestrado pela RDA para lutar pela colonização da região com os humanos. No entanto, o plano dá errado, e 15 anos depois, o protagonista acorda de uma espécie de coma para defender sua terra.

Terra essa que promete brilhar no jogo. Pela beleza, pelos segredos, pelos animais, pelos combates. Pelo ineditismo de tratar-se de uma parte do território que não foi explorada nos cinemas. Pelas inúmeras possibilidades de customização do personagem. A caixa foi aberta, é hora de você ser as consequências disso.

Fronteiras de Pandora

As fronteiras a Oeste de Pandora serão palco não só da história principal, como de missões paralelas, eventos em tempo real, mistérios escondidos pelas selvas e um amplo sistema de sobrevivência. Sem falar nos DLCs que já estão previstos para o ano que vem, expandindo ainda mais a história.

Avatar: Frontiers of Pandora tudo sobre

O título é de mundo aberto e oferecerá um sistema de progressão com árvores de diferentes funções — Caçador, Guerreiro, Sobrevivente e Criador — e recompensas espalhadas pelo mapa. Ao longo da campanha, também será possível craftar armas e equipamentos e preencher registros de uma natureza selvagem.

Para fazer tudo isso, o personagem principal poderá montar em Ikrans, cavalgar em espécies únicas e conhecer paisagens surpreendentes. E, claro, também terá que enfrentar batalhas épicas, seja para tomar postos de observação dos militares, seja em caçadas a animais. Tudo isso em primeira pessoa, escolha consciente dos devs.

O objetivo é dar ao jogador a maior imersão possível. Fazer com que ele seja, de fato, os olhos e ouvidos de quem vai liderar (outra) uma resistência intensa do povo originário contra os colonizadores. Neste mundo em expansão, a protagonista deve explorar Pandora e buscar meios de sobreviver.

avatar: frontiers of pandora
Fonte: Ubisoft

Cercada por paisagens impressionantes e com uma série de funcionalidades técnicas que tornam a experiência extremamente viva, especialmente no PlayStation 5. Sempre com uma preocupação importante: as mecânicas e o enredo respeitam tudo o que sabemos sobre as tribos nativas e as conexões dos Na’vi ao mundo.

E como estamos falando de uma tribo, nada mais justo do que o título poder ser jogado completamente em modo cooperativo, certo? Avatar: Frontiers of Pandora oferece um recurso de co-op online para dois jogadores que pode ser ativo durante toda a campanha.

Seja Na’Vi

Avatar também não é uma palavra qualquer. Oriunda de textos hindus sagrados, ela é uma espécie de “reencarnação”. E é mais ou menos o que humanos precisam para interagir com os habitantes de Pandora e para sobreviver às condições climáticas. Por isso, usam corpos híbridos feitos a partir do DNA misturado de humanos e Na’vi.

avatar: frontiers of pandora
Fonte: Ubisoft

É assim que a RDA, grupo militarista fortemente armado, chega ao local e ameaça os nativos. Aqui, vamos falar de jogabilidade de combate. Todos os atributos usados para construir seu personagem, o crafting, as possibilidades de exploração e movimentação são meios para este fim: enfrentar e expulsar os inimigos da sua terra.

Com um diferencial interessante de verticalidade – seja voando com seus companheiros, seja escalando vinhas e saltando pelas árvores. Usando suas habilidades e suas armas, você pode encarar os desafios de diferentes maneiras. Quer ser estrategista e sorrateiro? Dá. Quer sair atacando todo mundo? Também dá.

Algo bem legal é que você é Na’Vi, porém teve um certo treinamento militar, então além de dominar o arco-e-flecha “por natureza”, pode ainda usar armas de fogo para bater de frente com os inimigos. Ou seja, a exploração promete ser um baita atrativo, mas o combate certamente não ficará atrás.

avatar: frontiers of pandora
Fonte: Ubisoft

Exatamente como vimos nos filmes de Avatar. A pacífica e bela vida em Pandora contrasta com a necessidade de encarar um perigo violento e impiedoso. Em Frontiers, não será diferente. Só que agora você não vai só assistir, vai ser o responsável pelo seu destino. Do seu povo. Da sua terra.