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Assassin’s Creed: épocas e lugares que gostaríamos de ver nos próximos jogos

China, Japão e Escandinávia seriam alguns lugares interessantes.

por Vinícius Paráboa
Assassin's Creed: épocas e lugares que gostaríamos de ver nos próximos jogos

Assassin’s Creed, desde seu lançamento lá em 2007, se transformou em uma das franquias mais bem-sucedidas da história dos videogames. A eterna batalha entre o Credo dos Assassinos e a Ordem Templária conquistou o coração de milhões de gamers por aí.

Um dos principais fatores que levaram o jogo da Ubisoft ao sucesso foi sem dúvida a história. Mas calma lá caro leitor, as histórias de Altaïr, Ezio, Desmond e outros são muito boas sim, mas este que vos escreve está se referindo as linhas do tempo pelo qual elas se passam.

No Assassin’s Creed original fazíamos uma viagem ao Oriente Médio, em uma época que a Terceira Cruzada acontecia. Já nos jogos em que Ezio era o protagonista, vivemos o período do Renascimento na Itália.

Podemos listar aqui todas as regiões pelo qual o game se passou além das citadas acima:

  • Constantinopla – Assassin’s Creed Revelations
  • Estados Unidos – Assassin’s Creed III
  • América Central – Assassin’s Creed IV: Black Flag
  • França – Assassin’s Creed Unity
  • Inglaterra – Assassin’s Creed Syndicate
  • Egito – Assassin’s Creed Origins
  • Grécia – Assassin’s Creed Odyssey

A questão que fica é: que outros lugares e épocas seriam interessantes de reviver em futuros games? Nosso site compilou alguns fatos históricos e trouxe nessa forma de especial para no mínimo imaginarmos que locais e pessoas poderiam ser reproduzidos em Assassin’s Creed.

Japão feudal

Japão Feudal
Japão feudal poderia ser um bom ambiente em Assassin’s Creed (Arte por: Zhiyu Cao)

Começamos fazendo uma viagem à terra do sol nascente. O Japão viveu o feudalismo de 1185 à 1868, quando finalmente ingressou na era moderna. Mas durante esse período, existia um Imperador que governava o país e o Shogun (Xogum, em português) que era o verdadeiro líder e sempre assumia as responsabilidades para si.

O Japão viveu três períodos do chamado ‘xogunato’. De 1192 até 1338 houve o primeiro, instituído por Minamoto no Yoritomo, sendo regulado por três membros do clã Minamoto e pelo clã rival, o Hojo, que tomou o poder para si.

O segundo é o mais famoso e um período interessante para uma ambientação de Assassin’s Creed. Instituído em 1338 por Ashikaga Takauji, ele aconteceu até 1573 quando foi usurpado pelo famoso militar, Oda Nobunaga. Nesta era a crise do regime fez com que diversos senhores feudais guerreassem entre si para disputar o título de Shogun.

O último foi chamado de ‘Tokugawa’, também conhecido como Período Edo, durando de 1603 a 1868, quando o Imperador Meiji resgatou o papel de governante e encerrou o período feudal.

A era feudal japonesa poderia ser resgatada no título da Ubisoft reproduzindo samurais, senhores feudais e governantes corruptos (como já é de praxe na série) e o lado mais pobre, como os diversos agricultores que dependiam das plantações de arroz para sobreviver.

Figura histórica que poderia aparecer: Oda Nobunaga.

Invasões Bárbaras

Região Nórdica
Vikings escreveram boa parte da história nórdica

Essa aqui é uma história muito falada para acontecer em Assassin’s Creed. Depois de Egito e Grécia, a Escandinávia é a região responsável pela mitologia mais rica da história humana. E considerando que os egípcios e gregos já foram reproduzidos, os nórdicos poderiam muito bem entrarem na lista.

Segundo os rumores, o personagem principal seria aliado de Ragnar Lodbrok, lendário rei nórdico que criou o Grande Exército Pagão.

Tomando como base essa informação, podemos imaginar o seguinte contexto para um jogo da série: Lodbrok usava seu enorme poderio militar para atacar regiões do Inglaterra e do Reino Franco no século IX. De alguma maneira, o rei nórdico tinha alguma ligação com o credo dos Assassinos e antes de pensar na grande quantidade de saques que fez na Europa, tinha o objetivo de libertar o povo inglês e franco das mãos templárias.

Se você não conhecesse a história de Ragnar Lodbrok, uma boa alternativa é assistir a série Vikings, que conta um pouco mais do lendário herói. ‘Lendário’ porque os historiadores não conseguem comprovar se ele de fato, existiu. Sua vida e feitos são contados através de poemas nórdicos o que põem em xeque a veracidade de sua existência.

Mas de qualquer maneira, seria mesmo um cenário bem legal para uma ambientação da Ubisoft. Afinal de contas, se poderia também ter uma ligação com deuses como Odin ou Thor, por exemplo.

Figura histórica que poderia aparecer: Ragnar Lodbrok.

Irã (Pérsia e Mesopotâmia)

Irã
Xerxes I poderia ser uma das figuras históricas se Assassin’s Creed reproduzisse o Império Persa (Imagem: Koversite)

O Império Persa foi um dos mais famosos de toda a história da humanidade. Inaugurado por Ciro, o Grande (560-530 a.C.), ele precisou expandir seu território geográfico tamanha era a população. E ele obteve êxito em muitas de suas jornadas: conquistou o reino da Lídia, a Fenícia, Síria, Palestina, as regiões gregas da Ásia Menor e por fim, a Babilônia.

Outro motivo que o levou a expansão foram as altas taxas que o povo dos medos lhes cobravam, já que possuíam uma forte estrutura política e um exército muito grande. Ciro decidiu que deveria resistir e partiu para a guerra.

Xerxes I, famoso por tentar conquistar a Grécia, mas falhando, também foi um dos imperadores persas.

Conquistas, guerras, dinheiro. Essas três palavras combinam com Assassin’s Creed. Sabendo que nenhum dos jogos se ambientou na Ásia, essa seria (além do Japão feudal) uma bela opção para se investir.

Figuras históricas que poderiam aparecer: Ciro, o Grande; Xerxes I.

México (Astecas)

Montezuma
Montezuma foi o líder da ascendente civilização asteca (Pintura por: Daniel del Valle, 1895)

Uma das histórias mais ricas que o antigo povo das Américas possui envolve astecas e maias. Ambas poderiam muito bem entrar no jogo, mas das três civilizações, a primeira delas é a que tem o maior número de fatos para se aproveitar em um possível Assassin’s Creed.

Os maias se consolidaram como um império até o século IX, mas houve um rápido declínio a partir desta época. Arqueólogos especulam que o esgotamento de recursos das terras ocupadas pela civilização maia os levaram a serem simples agricultores quando os espanhóis desembarcaram nas Américas.

Por outro lado, os astecas estavam em seu auge no século XV. Situados ao norte do que hoje é o México, formaram alianças com estados vizinhos para expandir seu território. No entanto, os espanhóis os derrotaram em apenas dois anos, tomando Tenochtitlán (atual Cidade do México).

A rivalidade entre os espanhóis e asteca pode ter durado pouco, mas existe uma trama que a Ubisoft poderia aproveitar: a de Montezuma II. Ele foi o líder dos astecas entre 1502 e 1520 e era extremamente adorado pelo seu povo. No entanto, cometeu um erro terrível: ele acreditou que a chegada da trupe de Hernán Cortez tinha a ver com a volta de um dos deuses no qual ele adorava. A relação amistosa que ele construiu com o navegador logo virou uma batalha na qual ele perdeu.

Montezuma poderia ser algum tipo de aliado a um Assassino asteca se assim a Ubisoft desejasse. Ou ainda apenas um líder que o secreto credo acreditava ser o correto para se seguir. A Espanha, por outro lado, representaria os Templários.

Figuras históricas que poderiam aparecer: Montezuma II; Hernán Cortez.

China Imperial

Zheng He
Zheng He foi um famoso explorador chinês

O império chinês constitui uma gigante parte da história do país. Dividido em diversas fases, é muito difícil resumir tudo em poucos parágrafos. Portanto, vamos retirar uma porção deste período e imaginarmos como Assassin’s Creed se encaixaria aqui.

Uma das últimas dinastias da China Imperial foi a Ming, instituída em 1368. Ela só foi possível graças às revoltas dos camponeses contra a dinastia anterior, formada por mongóis e que foi repelida.

O crescimento do comércio exterior foi consolidado neste período. Mercadores chineses conseguiram mapear todo o Oceano Índico além de fazerem expedições à África Oriental. Muitos desses esforços se devem ao explorador Zheng He.

E talvez aí que a Ubi poderia olhar com mais carinho. Nesta época do passado, as grandes explorações eram realizadas pelo mar. Dado que nos últimos títulos, principalmente após o sucesso de Assassin’s Creed IV: Black Flag, o recurso dos navios foi cada vez mais implementado, experimentar o sistema de explorações não seria nada absurdo.

Ao lado de Zhang He, o protagonista assassino poderia muito bem “levar a palavra do credo” para outros cantos do mundo. É bem verdade que a sociedade dos assassinos já existia há muito mais tempo, no entanto, até que lugar da Terra ela se encontrava nesse período? É uma coisa a se pensar.

Figuras históricas que poderiam aparecer: Zheng He; Zhu Yuanzhang (fundador da dinastia Ming).

O que acha, leitor? Gostaria de viver alguma dessas aventuras como Assassino? Ou tem algum lugar que você queria ver mais do que os listados? Comente!