Listas

6 jogos de terror do PS4 para você jogar nesta sexta-feira 13

Escureça a sala, pegue os fones de ouvido e escolha um desses 6 jogos para assustar sua sexta-feira 13!

por Bruna Mattos
6 jogos de terror do PS4 para você jogar nesta sexta-feira 13

O PlayStation 4 oferece uma boa biblioteca para aqueles que apreciam jogos de terror. Os títulos podem ser de séries e de empresas consagradas, como Resident Evil, da Capcom, até produções de estúdios independentes – que muitas vezes se provaram incrivelmente bons no desenvolvimento de games de horror.

Hoje é sexta-feira 13. Tem gente que acha que esse é dia de não passar debaixo de escadas, evitar encontrar gatos pretos ou não derrubar sal na mesa. Para nós, do Meu PS4, hoje é dia de apagar as luzes, fechar as cortinas, pegar seu melhor fone de ouvido e colocar um desses seis jogos de terror no PlayStation 4 para curtir uns belos sustos.

Layers of Fear

Layers of Fear é um game de terror psicológico (daqueles para mexer com a sua cabecinha) em primeira pessoa, desenvolvido de forma independente pela Bloober Team. Além de ser lançado para PlayStation 4, o jogo também chegou aos PCs com sistema Windows, Linus e iOS, para Xbox One e Nintendo Switch.

No game, você é um pintor abalado psicologicamente, que está em busca de completar sua grande obra prima. A história do protagonista é desenvolvida como um quadro em branco: logo após fazer a primeira camada da tela, o personagem começa a ter alucinações que revelam partes de seu passado. O game usa a perspectiva do jogador sobre os acontecimentos para desenvolver a trama e determinar os vários finais possíveis.

Layers of Fear tem ambientação da era Vitoriana e mostra fortes influências de P.T, a teaser jogável de Silent Hills e “O Retrato de Dorian Gray”, de Oscar Wilde.

Until Dawn

Until Dawn é um daqueles jogos que parece meio “bobinho” à primeira vista. É fortemente inspirado em filmes de terror clássicos – especialmente aqueles voltados para adolescentes. O game garante ótimos jump scares, aqueles sustos que fazem você pular da cadeira. O título foi desenvolvido pela Supermassive Games e é exclusivo de PlayStation 4.

Durante o inverno, um grupo de dez adolescentes vão passar um feriado na casa de Josh (Rami Malek, de Mr. Robot), em um local isolado e gelado do Canadá. Parte do grupo de amigos fazem uma “pegadinha” com Hannah, o que resulta no desaparecimento dela e de sua irmã, Beth. Um ano depois, a turma volta para o mesmo local e são assombrados pelas memórias e culpas pelo desaparecimento das duas garotas.

Além de Malek, Until Dawn também traz outros atores famosos, como Hayden Panettiere (Heroes e Nashville), Brett Dalton (Agents of S.H.I.E.L.D.), Galadriel Stineman (True Blood) e Noah Fleiss (A Ponta de um Crime).

O game é focado em narrativa e decisões tomadas pelo jogador, que causam um “Efeito Borboleta”, baseado em um sistema bastante complexo. Alguns personagens lembrarão de respostas e atitudes, gerando consequências no futuro. O simples fato de alguém encontrar um objeto ou arma pode abrir uma nova gama de possibilidades para a história. De modo geral, as ações têm consequências bastante imprevisíveis para a trama e determinam o final obtido pelo jogador. Ainda, as suas decisões podem impactar até nas personalidades dos personagens.

Outlast II

Se o primeiro Outlast já fazia os jogadores suarem frio, Outlast II pode causar outras reações fisiológicas imprevisíveis, de tão tenso. Não é a toa que a Red Barrels, produtora dos dois games, quis lançar uma linha de fraldas promocionais para os jogadores.

O game é um survival horror com forte apelo psicológico e câmera em primeira pessoa, para PlayStation 4, PCs Windows e Xbox One.

Em Outlast II você está na pele de Blake Langermann, um jornalista em busca de sua esposa. Ela desaparece depois de um acidente de helicóptero que acontece enquanto os dois viajam para o Arizona para investigar a morte de uma mulher grávida. Blake acaba descobrindo uma seita chamada Testamento do Novo Ezequiel, que acredita que o apocalipse cristão está próximo.

Como no primeiro Outlast, o protagonista não pode lutar ou se defender, estando limitado a usar a furtividade, se esconder ou correr para fugir de inimigos. A câmera com visão noturna para ambientes escuros também está de volta e é necessário procurar por pilhas o tempo todo para utilizá-la.

Alien: Isolation

Assim como Outlast, Alien: Isolation é um jogo de survival horror com grande foco em mecânicas furtivas. O game foi desenvolvido pela Creative Assembly e publicado pela SEGA para PlayStation 3 e 4, Xbox 360 e One, e PCs Windows.

O game se passa 15 anos após os acontecimentos de “Alien, o Oitavo Passageiro”. Você joga na pele de Amanda Ripley, filha da protagonista do filme, interpretada por Sigourney Weaver. Amanda segue para a estação Sevastopol para encontrar a caixa preta da Nostromo e desvendar o que aconteceu com sua mãe.

A jogabilidade de Alien: Isolation é primariamente furtiva. O jogo possui apenas um único Alien, que não pode ser morto, exigindo que os jogadores não sejam detectados para sobreviver. A inteligência artificial do game faz com que o inimigo cace o jogador ativamente e de forma dinâmica, usando visão e sons. Ainda que Alien: Isolation ofereça armas para enfrentar inimigos humanos e facehuggers, o combate direto é bastante desencorajado.

The Evil Within 2

The Evil Within 2 é a continuação do game idealizado pelo pai de Resident Evil, Shinji Mikami, em uma época de interseção entre as gerações do PlayStation 3 e 4. O game foi desenvolvido pela Tango Gameworks e publicado pela Betheda para o console da Sony, além do Xbox One e PCs.

A história se passa três anos após os acontecimentos do primeiro jogo. Encontramos o agora ex-detetive Sebastian Castellanos destruído psicologicamente – não só pelos horrores que vivenciou no STEM com o bizarro Ruvik – mas pela perda da filha, Lily e da esposa, Myra. Castellanos está entregue à bebida quando descobre que Lily está viva e sob posse da nefasta Mobius. A consciência da filha de Sebastian está perdida em Union, uma cidade “virtual” criada dentro da STEM (uma espécie de Matrix). Tudo isso leva Castellanos de volta ao bizarro mundo para salvar à menina.

O game traz todos os elementos estabelecidos por Mikami em Resident Evil, como recursos limitados e exploração, aliados à furtividade em um mundo semi-aberto. A jogabilidade às vezes não só lembra muito a série criada pelo desenvolvedor japonês, mas também tem toques de The Last of Us.

Com um gameplay mais dinâmico e uma história muito melhor do que a de seu predecessor, The Evil Within 2 é um excelente representante do bom e velho survival horror.

Resident Evil 7

Resident Evil 7 é um dos games mais diferentões da série de survival horror da Capcom. Apesar de ser o primeiro título numerado em primeira pessoa da  saga, RE7 trouxe de volta uma série de elementos clássicos da franquia. O game foi lançado para PCs, Xbox One e PlayStation 4, com suporte ao PS VR.

Na pele de Ethan Winters, você deve desbravar uma propriedade isolada na Louisiana para encontrar sua esposa desaparecida, Mia. Logo o protagonista descobre que o sumiço da esposa está relacionado à bizarra Família Baker.

Depois de trazer muitos games com foco na ação, Resident Evil 7 parece, finalmente, ter encontrado a fórmula perdida do terror na série. O game traz várias mecânicas dos primeiros jogos da franquia, como baús, recursos limitados, manejo de inventário, inimigos parrudos e grande foco na exploração. Os tiroteios desenfreados e heróis de ação acostumados ao bioterrorismo deram lugar à ambientes claustrofóbicos e um protagonista vulnerável.

Além do foco na sobrevivência, Resident Evil 7 traz várias referências a vários filmes de terror, como Evil Dead, A Bruxa de Blair e Jogos Mortais. Uma das cenas do jogo, inclusive, é diretamente inspirada em O Massacre da Serra Elétrica.

BÔNUS: Silent Hills (P.T)

Silent Hills é provavelmente um dos melhores jogos de terror, ainda que seja só uma demo – ou um teaser jogável.

O game era um projeto de Hideo Kojima em parceria com Guillermo del Toro e Norman Reedus, o Daryl da série The Walking Dead. Na época, Kojima ainda estava na Konami e o anúncio foi muito bem recebido. A esquecida, porém querida franquia de terror psicológico Silent Hill, seria revivida pelas mãos de dois grandes produtores.

P.T mostrava um homem (Reedus) psicologicamente abalado, acordando em uma casa que parece mal assombrada – provavelmente resultado de alucinações da mente do protagonista. A demo era baseada em ciclos de ações realizadas pelo jogador nos corredores da casa, que desencadeavam aparições bizarras da fantasmagórica Lisa. O looping de ações escondia um puzzle que fazia com que o jogador conseguisse sair da casa e revelasse que a demo se tratava de Silent Hills.

Parecia a fórmula perfeita, até Kojima deixar a Konami depois de uma história muito conturbada e o projeto ser cancelado. O engavetamento de Silent Hills não só deixou os fãs de Kojima e da franquia com o coração partido, mas revelou um Guillermo del Toro “full pistola”. O cineasta não escondeu seu descontentamento com a Konami, geralmente através do Twitter. Ele não somente imortalizou o bordão “FUCKONAMI” como chegou a dizer: “O cancelamento de Silent Hills foi uma das coisas mais imbecis que eu já vi”.

Quatro anos depois, a demo P.T de Silent Hills virou uma espécie de lenda. Não está mais disponível para download na PlayStation Store e atualmente só é jogável por aqueles que o baixaram na época em que esteve disponível.

Hoje, Kojima tem seu próprio estúdio está desenvolvendo Death Stranding, que ainda traz Norman Reedus como protagonista; e Guillermo Del Toro foi o grande campeão do Oscar 2018. Só uma coisa não mudou, depois de todo este tempo: as saudades de Silent Hill e o desejo de saber como o game desenvolvido por Kojima seria.