O diário de um interiorano: O fim da BGS 2017
Eis o final da minha história...
Sim, senhoras e senhores, chegamos ao fim da BGS. Engulam o choro. Eu tive que engolir. Não há motivos para tristeza, apenas para agradecer. Não pelo término, mas sim pela oportunidade. Agradecer por ter participado de algo grandioso e, principalmente, de estar com amigos especiais. Foram cinco dias surreais. Inacreditáveis. E você acompanha o fechamento agora!
Respectivamente, os dias 4 e 5 da minha última entrada do diário de um interiorano.
O amor
Antes de tudo, preciso explicar que sábado (dia 4) não estive na feira por muito tempo. Apareci em momentos pontuais e fiquei muito pouco. Então não há o porquê escrever muito sobre este dia. Até porque não aconteceu nada. Mentira. Tenho que dizer que sou um pouco tímido antes de me conhecer, mas quando me dão intimidade, aí eu brinco mesmo. Pois bem, o Daniel me deu intimidade até demais. Tanto é que dei um beijo no pescoço dele e terminamos o dia num momento bem amorzinho (não para ele). Como eu disse, me dar intimidade é dar permissão para zoar sem medidas.
Enfim, isso foi tudo de legal (e hilário) que aconteceu no sábado. Pelo menos pra mim. Vamos então o dia 5, o domingo. O último dia da feira. A despedida. Em um tom melancólico, nos despedimos. Mas sabendo que esta foi a primeira BGS de muitas juntos!
A amizade
O último dia resume-se em: passeio e companheirismo. Não testei nenhum jogo, nenhuma entrevista, nenhuma obrigação. Apenas andando nas lojas, buscando promoções, dando risadas com meus companheiros, e aproveitando a companhia deles nas horas finais (não vamos morrer).
Domingo amanheceu lindo: o dia totalmente nublado e frio. FINALMENTE FICOU FRESCO NESSA CIDADE! E sim, dias lindos são exatamente assim para mim. Combinamos em nos encontrar mais cedo no evento para tomarmos café juntos e então fazermos uma reunião de avaliação. Acordei mais cedo e não me atrasei. Só que o busão atrasou. Depois de uma hora esperando no ponto, consegui pegar o transporte. Cheguei uns 15 minutos atrasados no café. Mas eles estavam me esperando ainda. Uns lindos. Aproveitei para dar um beijo na nuca do Hugo (para não ficar enciumado com minha relação com o Daniel).
Nota do Hugo: Isso valeu limpar a parede com a cara dele.
Garçonete, um achocolatado de Alpino e um folheado de peito de peru, por favor. Pode passar na conta do Daniel. Ele pagou, gentil. Sentamos na mesa e, em um momento sublime, estivemos ali, “descansando” da correria e aproveitando a companhia um do outro. Algo tão bom, e tão desvalorizado hoje em dia. Posso ser chamado de velho, mas sinto falta disso.
Por isso acredito que a BGS é muito mais que uma feira, onde é possível jogar os novos lançamentos ou encontrar famosos da internet. É um lugar que DEVE SER uma reunião entre amigos. Um passeio de família. Uma saída de pai e filho, e claro, se a mãe e a irmã quiserem. Um encontro. Em que o ‘eu’ é diminuído para que se expresse o ‘nós’ entre amigos que possuem a mesma paixão por essa indústria. Aproveitei esses dias para ser mais do que um evento, para criar relacionamentos. Tente fazer isso também.
Tomados café, vamos para a reunião. Espera. SURPRESA! Separamos um presentinho para o Daniel. Nada demais. Apenas para expressar nossa gratidão. Entregamos um chinelo personalizado e um pôster assinado por nós. Bem pessoal. Ele ficou bem feliz, e isso nos felicita. Olha a carinha de felicidade:
Pronto, acabou o romance e agora vamos pro ferro. A reunião começou. Fizemos basicamente um briefing de tudo o que aconteceu. Nossos erros e acertos (acertamos em quase tudo praticamente). E também discutimos sobre o futuro. Nossas responsabilidades, estratégias, melhorias. Foi uma reunião ótima. Concordamos, discordamos, debatemos, rimos, e tudo aconteceu de uma forma tão natural e respeitosa. O Meu PS4 é quase um negócio de família. Fazemos por amor. E assim o queremos fazer para todos.
Mais de duas horas juntos, reunidos, finalizamos a reunião com um sorriso enorme. Satisfeitos. Felizes. Alinhados para o futuro. O que vamos fazer então? Andar! Sério, rodamos toda a feira. E porque? Em busca de promoções. Sim, hoje é dia da xepa. Dia de pechinchar. E, meus amigos, não existe pessoa melhor para tal função do que a Tatiane.
Eu fiquei pasmado, sério. A habilidade da Tatiane de chorar os preços é incrível. O ditado dela é: água mole em pedra dura tanto bate até que fura! Ela é insistente. Se o mercador fala um preço x, ela retruca um preço mais abaixo. E quando não consegue um desconto, então negocia para ganhar brindes especiais de graça. E ELA CONSEGUE!!! Eu ganhei um chaveiro boladão da Liga da Justiça, Daniel e ela ganharam um cofrinho do Harry Potter, conseguiu uma camiseta do Destiny, case do iPhone, tudo de graça! Sem contar os descontos. Essa mulher é uma caixinha de surpresas. Uma negociante nata!
Um minuto, porque preciso relatar uma parada surreal. Fui abordado por duas pessoas diferentes dentro de uma mesma loja! O motivo? Elas estavam procurando o redator deste simples diário! Eu nunca imaginei que um dia seria procurado por alguém desconhecido para tirar foto. Eu me sinto tão lisonjeado e imerecedor. Obrigado Daniel pela oportunidade de trabalhar neste projeto em que acredito! Que dia, meus amigos, que dia! “Vamos tirar uma foto, sou fã de vocês do Meu PS4.” Isso me fez sorrir dessa forma aí:
Após fazer o saldão nas lojas e na PlayStation Gear, fomos comer. Afinal, viemos para barganhar (olha a referência) e isso causa fome. Pedimos batata frita no cone. Primeira vez que fui experimentar. Uma delícia! Mais outro momento entre amigos. Como não se felicitar em uma mesa onde podemos ser nós mesmos? Rindo, conversando. Não acaba não.
Meu Deus, já eram 20:00 horas. Falta apenas 1 hora para o fechamento, a despedida, a dor, a tristeza. Eu não acredito. Estive com eles durante cinco dias e não fiquei enfadado com a companhia deles. Agora que está acabando, quero repetir tudo. Como que faz pra voltar? Não volta…
Terminamos de comer. E os sorrisos amarelos acabam por esconder a triste realidade que se aproxima. Antes de irmos embora, um último encontro na sala de imprensa. Para descansarmos as pernas, contabilizarmos as comprinhas, tirarmos as últimas fotos e estarmos juntos. Subimos para a área e relaxamos. O Hugo foi o primeiro a se despedir. Já sinto falta da sua personalidade forte e de todo jeitão psicopata (com uma barba daquelas). Um amigo verdadeiro! Como isso é difícil hoje em dia.
São 20:30. Últimos minutos. Que dor. Foram tantas vivências, um relacionamento natural, algo inédito. Não quero que acabe. Então vamos tentar fechar com chave de ouro. E conseguimos. Eu e o Daniel fomos experimentar a cadeira de massagem. E nós só sabíamos rir. O motivo? Digamos que a cadeira massageia em lugares “pouco convenientes”. Com isso, ficávamos rindo, mas confesso que estava incomodado.
21:10. Saímos da sala juntos. Eu, Tatiane, Daniel, Renan e Bruna. Com dores na barriga e na bochecha de tantas risadas. Andávamos tortos pelo cansaço. Os olhos estavam fundos. Eu não poderia pedir fechamento melhor. Juntos, ali. Sem nenhuma intriga. Nenhum problema. Com a sensação de missão cumprida. E, principalmente, carregando no coração amigos que jamais esqueceremos.
Uma última parada. Uma última barganha. (Então começa a tocar a música See You Again na minha cabeça). Fico ali, um pouco distante de todos no balcão, com a Tatiane chorando pelos produtos. Mais uma vez, ela conseguiu. E eu apenas conseguia sorrir. Agradecendo a Deus por estes dias inesquecíveis.
Compras realizadas. Vamos sair da feira. Já ouço ainda mais alto o refrão. “Its been a long day…” Caminhamos para a calçada externa da Expo Center Norte. “…Without you my friend…” Com a voz embargada, dizemos tchau, nos abraçamos fortemente e agradecemos a cada um dos participantes da equipe. “…And I will tell you all about…” Como foi bom estar com vocês, que a BGS 2018 venha logo para nos reencontrarmos “…When I see you again!“
Fim da entrada. 15/10. Meu nome é Raphael. E este foi o diário de um interiorano. Obrigado Daniel, Tatiane, Hugo, Bruna, Renan, Daniel dos Anjos, Rui, Caio. Obrigado. Vocês são surpreendentes. E, nas palavras do nosso editor, mestre e amigo, são uma equipe “disgraçada de boa”.