7 coisas que você precisa saber sobre Resident Evil 7

O que nos espera?

Resident Evil 7 conta a história de Ethan Winters. Um homem comum que se vê em uma grande enrascada. Ethan é surpreendido ao descobrir que sua esposa, Mia – que ele acreditava estar morta há 3 anos – está viva e presa em uma propriedade remota na cidade de Dulvey, na Louisiana.

Em sua jornada para encontrar sua esposa desaparecida, Ethan se depara com a família Baker, proprietária da grande fazenda que esconde horrores e mistérios. O que ele descobre é uma situação extrema. Os Bakers são loucos, canibais e assassinos. Antes de salvar Mia, Ethan precisa sobreviver a este pesadelo.

Terror em menor escala

A partir de Resident Evil 4 o terror da série ganhou uma escala global. Com o fim da Umbrella e a explosão de Raccoon City, introduziu-se o conceito de bioterrorismo. As armas biológicas e vírus, antes produzidos pela empresa farmacêutica dos primeiros jogos, caíram nas mãos de terroristas que os usavam em conflitos ou para obter ainda mais poder. Com o tempo, os jogos passaram a retratar incidentes cada vez maiores e vilões com planos mais megalomaníacos. O objetivo do protagonista era basicamente, salvar o mundo.

Resident Evil 7 traz um ponto de vista mais intimista. O jogador está na pele de uma pessoa comum, sem treinamento. O incidente está restrito a uma propriedade rural no interior da Louisiana, no sul dos Estados Unidos.

Em um mundo em que o bioterrorismo é constante, Resident Evil 7 inverte a estratégia. Ao invés de focar em grandes planos e incidentes, mostra que armas biológicas e vírus afetam, antes de tudo, pessoas comuns. Que podem ser os mocinhos ou até mesmo os vilões desta história.

Volta do survival horror

Com a abordagem mais intimista e ao deixar os grandes heróis de lado para trazer Ethan Winters como protagonista, a Capcom abriu um espaço mais confortável para o survival horror em Resident Evil 7.

O terror de sobrevivência coloca o jogador em situações de extrema vulnerabilidade. Geralmente, esses jogos trazem inimigos fortes e pouco numerosos, itens de cura e munição escaços, uso de abordagem furtiva ou inteligente para evitar o combate ou situações de risco.

Ao colocar o jogador na perspectiva de um personagem que não é exatamente um herói como Chris Redfield, cria-se uma sensação de vulnerabilidade muito maior. Ao contrário dos agentes como Leon ou Jill, Ethan sente medo e enfatiza o sentimento de sobrevivência no jogador.

Elementos clássicos

Além da aposta no terror, em uma forma que não se via há muito tempo, Resident Evil 7 pretende apostar na nostalgia como um elemento chave.

Muitos conceitos clássicos, dos primeiros jogos da série, estão de volta. O mais marcante deles é o retorno das save rooms. As salas de salvamento eram locais seguros, livres de inimigos, onde o jogador tinha acesso a um baú para guardar seus itens e liberar espaços no inventário. E contava com uma máquina de escrever para salvar o progresso. Estes locais estarão de volta em Resident Evil 7, equipados também com baús.

O salvamento manual também estará presente. No entanto, ao contrário das antigas máquinas de escrever, teremos gravadores de fita cassete para salvar o progresso do jogador. Os checkpoints ainda estarão no jogo, de forma que salvamento manual e automático estarão combinados, assim como acontece em Resident Evil 4. No entanto, quanto maior a dificuldade escolhida pelo jogador, menor será a quantidade de checkpoints e será necessário coletar fitas para poder gravar o progresso.

Os files também estão de volta em Resident Evil 7. Delegados cada vez mais ao plano de fundo nos últimos jogos da franquia, os arquivos voltam não só a ser cruciais para entender melhor a história do jogo, mas para resolver puzzles e ajudar o jogador.

Além dos diários, anotações, recados, matérias de jornal e tantos outros textos, Resident Evil 7 promete revolucionar os files ao trazê-los em formato jogável. Parte deles serão fitas VHS encontradas pelo protagonista e que se tornam novos ramos da história, protagonizados por outros personagens.

Os famosos puzzles nunca deixaram totalmente a franquia, mas também estão de volta com força total em Resident Evil 7. São mais intuitivos do que os enigmas dos primeiros jogos. Contudo, não são tão facilmente solucionados.

Mudanças na câmera

A série Resident Evil sempre teve jogos com perspectiva em terceira pessoa, com raros títulos spin-off que saíam deste padrão. Os títulos iniciais, com câmera fixa, perderam espaço para a visão acima do ombro a partir de Resident Evil 4. Em uma mudança drástica de estratégia, a Capcom apostou na primeira pessoa para Resident Evil 7.

A câmera em primeira pessoa é uma tendência que vem sido usada em muitos títulos de terror, com Outlast, Amnesia e Alien: Isolation. O grande trunfo dessa abordagem é intensificar o sentimento de imersão para o jogador.

A câmera em primeira pessoa também quebra um grande paradigma para a série Resident Evil. Pela primeira vez, estamos na pele de alguém muito mais próximo de nós mesmos – alguém que não é um agente ou policial treinado – e dessa forma, Ethan se torna uma excelente extensão entre o jogador e o universo de Resident Evil 7. Esse sentimento de empatia é mais facilmente alcançado com a câmera em primeira pessoa e, mais uma vez, reforça a vulnerabilidade em situações aversivas.

Suporte ao PlayStation VR e PS4 Pro

Apostando pesado na imersão em uma experiência de terror, Resident Evil 7 permite o uso do PlayStation VR do começo ao fim de sua campanha.

O título será um dos primeiros com um suporte tão extenso ao headset de realidade virtual da Sony e é uma experiência obrigatória aos proprietários do dispositivo. Quem optar por jogar Resident Evil 7 desta maneira irá usar o PlayStation VR + o DualShock 4.

Resident Evil 7 traz um sistema em que a função VR pode ser ligada ou desligada a qualquer momento. Essa opção foi adicionada para aqueles que querem jogar a campanha por muitas horas, mas querem evitar efeitos colaterais de jogatinas prolongadas com o headset.

Resident Evil 7 também terá suporte ao PlayStation 4 Pro desde o dia do lançamento. O título aposta no fotorrealismo usando a técnica de fotogrametria: objetos reais foram extensivamente fotografados para reproduzir o mundo virtual do game. Para criar cenários com alta qualidade de texturas, a Capcom visitou casas abandonadas, florestas e esteve até em abatedouros. Algumas das cenas de maior gore foram feitas usando carcaças de verdade como base.

Inspirações

De acordo com os produtores, a principal inspiração para o jogo é o primeiro Resident Evil. Não é a toa que tantos elementos nostálgicos dos primeiros jogos da série estão de volta neste título. Referências ainda mais marcantes poderão ser encontradas ao longo do gameplay, mas vamos deixá-las como surpresa.

Além da abordagem nostálgica, Resident Evil 7 também busca inspiração em outros ícones da cultura pop. O primeiro jogo da série é amplamente inspirado em filmes B dos anos 80. A mesma vibe será sentida em RE7.

É possível notar claras referências ao Massacre da Serra Elétrica (1974) em cenas como o jantar com a família Baker no segundo trailer do jogo. Os vilões de Resident Evil 7 parecem bastante inspirados nos parentes de Leatherface, com direito à velha na cadeira de rodas, extremamente semelhante ao “Grandpa” do filme.

Resident Evil 7 também irá contar com um gore escrachado ao estilo dos filmes de terror da década perdida. Uma grande fonte de inspiração parece ser Evil Dead, um dos preferidos do produtor Masachika Kawata.

Falta uma semana para você fazer parte da família Baker, filho. Resident Evil 7 chega em 24 de janeiro.