Mortal Kombat 1: Reina o Kaos: vale a pena?
Reina o Kaos não consegue se justificar como um DLC que chega a preço cheio
Mortal Kombat 1: Reina o Kaos é o primeiro DLC de história que o título de luta da NetherRealm Studios recebe desde o seu lançamento. Os rumores dizem que ele será o único, pois suas vendas não parecem ir bem. E o motivo para as supostas comercializações fracas é que, de fato, a expansão fica aquém das expectativas.
Em Reina o Kaos, os jogadores recebem seis lutadores (dois quais, apenas quatro estão disponíveis neste momento), uma campanha que dura cerca de 4h e basicamente… só. Não há novidades em mecânicas de gameplay ou modos de jogo inéditos. Tudo praticamente se resume a um grande pacote de kombatentes, que, pelo lado positivo, são bem legais de controlar.
Os novos personagens de Mortal Kombat 1: Reina o Kaos
Antes de falarmos sobre a história, é importante abordarmos os seis lutadores que entram no ringue de Mortal Kombat 1. São eles: Noob Saibot, Cyrax, Sektor, Ghostface (da franquia Pânico), T-100 (de Exterminador do Futuro 2) e Conan, o Bárbaro. Neste momento, apenas os quatro primeiros se encontram disponíveis para jogar.
Cyrax e Sektor aparecem como mulheres pela primeira vez na franquia. Utilizando exoesqueletos ao invés de serem ciborgues, as personagens possuem boas variações de ataque, com Cyrax se aproveitando de redes, bombas e sua clássica serra, enquanto Sektor tem mísseis, armas de fogo e lança-chamas. Dito isso, Cyrax é a mais veloz das duas em seus golpes, mas Sektor conta com combos de execução mais fácil.
A grande estrela do DLC, no entanto, é Noob Saibot — ninguém mais, ninguém menos que Bi-Han, corrompido pela magia negra do Titã Havik. Usando sua famosa sombra, teletransportes e buracos espaciais, ele pressiona muito os seus adversários e pode ser fatal se estiver nas mãos de um jogador experiente. Por outro lado, para dominar seus combos, você vai precisar treinar um bocadinho.
Por fim, tivemos recentemente o lançamento de Ghostface, serial killer da franquia Pânico, como um dos kombatentes. Ele faz jus a sua fama, contando com sua inseparável faca para fatiar seus oponentes. Com um teleporte, o assassino é um personagem de respeito no kombate, especialmente por conta de seu fatality sangrento que quebra a quarta parede — pobre Johnny Cage.
Campanha curta e pouco atraente
A outra novidade de Mortal Kombat 1: Reina o Kaos, é a sua campanha inédita. Ela é bem curta, incluindo uma história pouco atraente, piadas sem graça e um vilão que possui uma motivação fraca para seus objetivos.
Após os eventos da história principal, Kuai Liang (Scorpion) vai se casar com Harumi, em cerimônia que conta com a presença de diversos campeões do Plano Terreno, como Raiden, Kenshi, Johnny Cage e Kung Lao — além, é claro, do deus Liu Kang. No entanto, o evento, que deveria celebrar o amor, se torna um banho de sangue graças ao ataque surpreendente (e desonroso) do clã Lin Kuei, liderado por Bi-Han (Sub-Zero).
Como o DLC foca nos personagens novos, obviamente, Cyrax e Sektor estão entre os Lin Kuei que visam capturar e executar Scorpion. Cyrax questiona os métodos de Bi-Han e Sektor, mas segue convicta de que Kuai Liang é um traidor e merece uma punição. Entretanto, o ataque é repelido e os três são levados a julgamento em Exoterra.
Em meio ao julgamento de Mileena, o Titã Havik, que já havia aparecido na cena pós-créditos da campanha principal, aproveita para invadir o local e sequestrar Geras (e levar Bi-Han de “brinde”). O objetivo dele é dominar diversas linhas do tempo e transformá-las em anarquias, somente para ver o caos se espalhar. A partir daí, cabe a Cyrax, Sektor e Scorpion viajarem à linha do tempo do vilão para resgatarem os dois kombatentes e acabarem com o titã.
A história deixa a desejar. O roteiro é bastante simples e previsível, sem surpresas e com poucas partes que prendem a atenção — o capítulo final, então, nem se fala. Outro destaque negativo é a participação do Johnny Cage da linha do tempo de Havik, um soldado que não faz nada além de contar piadas muito chatas.
Por outro lado, as cinemáticas, os gráficos dos personagens, suas expressões faciais e a coreografia merecem aplausos — o que não é novidade para é fã de Mortal Kombat. Talvez, com uma narrativa mais sólida, Reina o Kaos poderia estar alguns níveis acima de onde se encontra.
Mais alguma coisa?
Mortal Kombat 1: Reina o Kaos acaba por aí. As únicas novidades que o jogador pode esperar daqui pra frente neste DLC são as chegadas de T-100 e Conan, o Bárbaro. Não há nenhuma mecânica de gameplay inédita ou algum modo single-player para captar a atenção do fã por mais tempo.
A NetherRealm também não aproveitou a oportunidade para revitalizar o sistema de Kameos, que ainda não parece atrativo. Esses “Lutadores de Parceria” seguem ajudando em um golpe ou outro, mas sem realmente justificarem suas presenças nas arenas de kombate.
Mortal Kombat 1: Reina o Kaos: vale a pena?
Vale a pena? Dificilmente. Com preço de jogo cheio (R$ 249,90 na PS Store), Mortal Kombat 1: Reina o Kaos adiciona pouco conteúdo que justifique tamanho investimento em uma expansão.
É verdade que os lutadores são legais de jogar, mas é muito mais sensato comprá-los separadamente na loja da Sony — no momento, eles estão com 50% de desconto por lá. A campanha do DLC é fraca (e descartável), além do fato de não existir qualquer outro modo para incrementar o single-player.
Agora, se você for fã e realmente quiser gastar algumas horas do seu dia na nova história… ainda pense com carinho. É mais válido aguardar uma boa promoção.
Veredito
Mortal Kombat 1: Reina o Kaos
Sistema: PlayStation 5
Desenvolvedor: NetherRealm Studios
Jogadores: 1-2
Comprar com DescontoVantagens
- Bons personagens adicionais
- Cinemáticas da história são muito bonitas
Desvantagens
- História fraca
- Johnny Cage engraçadão... não é engraçado
- Conteúdo muito raso para um DLC
- Kameos ainda não se justificam