The Star Named EOS: vale a pena?
Jornada emocionante de fotografia traz uma bela experiência visual, mas prejudicada pelo curto tempo de campanha
Jogos de fotografia muitas vezes surgem no mercado como novidades dos “cozy games”. Essas experiências acolhedoras são ideais para frear a intensidade dos grandes AAA e muitas vezes servem para reforçar a importância de dar oportunidades para projetos menores.
The Star Named EOS, novo título da Silver Lining Studio, chega para oferecer essa aventura confortável. Focado em cliques digitais e na resolução de quebra-cabeças, o jogo traz uma narrativa forte e muito capaz de tocar o coração.
Caso você esteja pronto para embarcar nessa jornada de autodescoberta e mistérios familiares, continue com a gente nesta análise especial. Nos próximos parágrafos estaremos apresentado tudo sobre novo jogo para a atual geração de consoles.
Um passado que precisa ser recriado
Jovem fotógrafo, Dei seguiu os passos de sua mãe e desenvolveu um talento quase genético para os cliques. Desde criança, ele recebia cartas dela durante as viagens, contendo retratos de belos locais por onde ela havia passado.
Certo dia, uma revelação surpreendente surge por meio de uma mensagem enigmática. Preocupado com o destino da mãe e orientado por uma voz que vem do fundo de seu coração, o protagonista decide recriar as imagens e refazer os passos para descobrir a verdade.
A jornada o levará para cenários inimagináveis e será um grande passo para a mudança em sua vida. Porém, as reminiscências lhe darão um forte sentimento de ausência e ele precisará superá-la para encarar um futuro de alegria e prosperidade.
The Star Named EOS é uma aventura em primeira pessoa que combina quebra-cabeças e mecânicas baseadas em fotografia. Sua campanha tem uma base forte narrativa e é dividida em curtos capítulos, onde cada um se fundamenta em um puzzle central.
Infelizmente, o tempo da jornada é curtíssimo e pode durar menos de 2h. Mas apesar disso, ela aborda bem a história e evita deixar pontas soltas, ao mesmo tempo que oferece diversos conteúdos secretos para quem curte explorar tudo e platinar.
Em The Star Named EOS, os jogadores terão acesso a um mundo sensível e maduro, onde o ótimo trabalho de dublagem se combina com uma trilha sonora profunda. Esses elementos, reunidos à excelente arte feita a mão, transformam o game em uma experiência.
Porém, por ser um jogo essencialmente narrativo e com puzzes cheios de pistas, a ausência de localização em português do Brasil pode prejudicar. São diversos detalhes e documentos que suportam poucos idiomas, como inglês para legendas, menus e áudio.
Criatividade e um bom nível de desafio
Os quebra-cabeças de The Star Named EOS não são complicados, mas trazem bons níveis de desafios. Todos eles respeitam bastante não apenas a história, mas o conceito do game, permitindo que nada ali seja “de graça” ou apenas para encher o gameplay.
As atividades incluem eventos visuais, matemática, raciocínio lógico e ações manuais. Além disso, há diversos pontos interativos do cenário, como móveis, terrenos e objetos, que escondem itens obrigatórios (ou não) para a progressão.
The Star Named EOS é inteiramente point and click, então mesmos os puzzles mais difíceis podem ser concluídos por tentativa e erro. Mas alguns deles, em especial os de raciocínio lógico, exigem uma boa exploração dos mapas.
Durante a campanha, Dei visitará residências, acampamentos, trens e estabelecimentos comerciais. Cada uma dessas áreas terá suas próprias características, mas também chamará a atenção pelo alto nível de detalhes.
Dessa forma, a estaticidade do point and click ganha ares dinâmicos em The Star Named EOS, tanto devido ao bom trabalho gráfico em termos de sombras, partículas e reflexos, quanto o do alto nível de criatividade para cada quebra-cabeça.
Outro ponto de destaque fica por conta da integração com os recursos do DualSense. No PS5, o título possui um ótimo desempenho e seu feedback tátil é super interessante, sendo capaz de “entregar” pistas e de guiar os jogadores durante a dificuldade.
Seu próprio portfólio virtual
Sendo quase um jogo em modo foto, The Star Named EOS permite que os jogadores criem seus próprios portfólios digitais. O álbum tem espaço para até 80 retratos. Além disso, as fotos ativam uma espécie de “modo livre”, onde tudo no ambiente pode ser capturado.
O título traz suporte às ferramentas de zoom, ao estilo grande angular e à formatação padrão. E nesse sistema, as imagens apresentam uma resolução aprimorada em relação ao cenário de gameplay, tornando-se uma interessante adição.
Algumas das fotografias são obrigatórias e se armazenam automaticamente em um livro separado (um roteiro de progressão). Já as livres vão para outro álbum, que traz recursos adicionais como excluir imagens indesejadas.
The Star Named EOS: vale a pena?
Não há como negar que The Star Named EOS é um jogo de alta qualidade. Visuais bonitos e únicos, quebra-cabeças muito criativos, liberdade fotográfica e uma aventura emocionante prometem prender o público até o fim.
Brasileiros se sentirão mais perdidos na história devido à ausência de textos em português. Como há muitos documentos interativos e uma evolução fragmentada, alguns detalhes passarão despercebidos caso você não domine a língua estrangeira.
Porém, no geral, o título cumpre o que promete e é recomendado para quem curte aventuras rápidas, emocionantes e sem compromisso. Na PS Store, o game chega custando R$80, mas assinantes PS Plus pagam só R$ 71,91 até o dia 30 de julho.
The Star Named EOS está disponível para PS5, Xbox Series, Nintendo Switch e PC.
Veredito
The Star Named EOS
Sistema: PlayStation 5
Desenvolvedor: Silver Lining Studio
Jogadores: 1
Comprar com DescontoVantagens
- Muitos conteúdos secretos
- Puzzles inteligentes e desafiadores
- Narrativa muito bem conduzida e emocionante
- Belos visuais feitos à mão
- Excelente sistema de áudio
- Boa integração com os recursos do DualSense
Desvantagens
- Curto tempo de campanha
- Falta de localização em português do Brasil
- Ausência questionável no PlayStation 4