Devs de Final Fantasy XVI já fizeram (e cancelaram) um “Bloodborne multiplayer”

Se um Bloodborne foi capaz de conquistar tantos fãs, imagina se existissem dois. Isso quase aconteceu, segundo o diretor Hiroshi Takai e o produtor Naoki Yoshida, que hoje trabalham em Final Fantasy XVI. Em uma antiga entrevista encontrada por internautas no ResetEra, os devs revelaram ter abandonado o projeto.

Ao longo dos últimos anos, Yoshida vinha publicando em uma coluna no site Famitsu chamada “Yoshida Uncensored” e suas postagens foram compiladas em um livro, lançado em 2018. Para celebrar a ocasião, o responsável pela franquia FF, junto de seus companheiros, falou sobre um multiplayer cancelado:

Qual seria o gênero desse jogo?  

Takai: “Era parecido com Bloodborne.”

Yoshida: “Sim, é o exemplo mais próximo.”

Então era um jogo de ação?

Yoshida: “Sim. Não era um RPG, era um jogo de ação hardcore.”

Hiroshi Minagawa (diretor artístico de Final Fantasy XIV): “Se continuássemos e Bloodborne fosse lançado primeiro, nós provavelmente estaríamos enlouquecendo agora.”

Takai: “Tinha os mesmos equipamentos e armas. E tinha um estilo gótico.”

Yoshida: “Também colocamos alguns elementos de ficção científica lá. Quando vi Bloodborne pela primeira vez, pensei: ‘onde será que eu vi isso antes’?”

Takai: “Pensando nisso agora, não acho que nossos interesses pessoais estavam voltados para o ‘lado Final Fantasy’.”

Um pouco mais a frente na entrevista, Yoshida cita como eles imaginaram o multiplayer, que teria um estilo assimétrico, como Dead by Daylight e Evolve, por exemplo.

Os jogadores trabalhariam em equipes de cinco para combaterem um assassino, também controlado por um player. Caso o “antagonista” fosse abatido pelos sobreviventes, o personagem seria deletado e precisaria começar um novo, do zero.

Segundo o produtor, isso seria um ciclo viciante para a comunidade. O jogo estava em andamento em 2010, a equipe apresentou avanços, mas Final Fantasy XIV precisava de ajuda. Dessa forma, Yoshida, Takai e Minagawa foram “salvar” o MMORPG e deixaram a IP de lado. 

É possível acessar a entrevista completa através de um arquivo compartilhado no Google Drive. 

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