Tecnologia

Hackers usam ChatGPT para aprimorar ataques cibernéticos, diz Microsoft

Cibercriminosos miram em grandes corporações e em governos

por Andrei Longen
Hackers usam ChatGPT para aprimorar ataques cibernéticos, diz Microsoft

O ChatGPT é uma das ferramentas de inteligência artificial mais populares da atualidade. E apesar dela estar sendo usada para agilizar processos e rotinas em diversas profissões, hackers também se aproveitam dos seus recursos para realizar ataques cibernéticos ainda mais complexos e destrutivos. Pelo menos é o que aponta uma pesquisa da Microsoft com a OpenAI.

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Segundo o estudo, oportunistas já estariam se aproveitando dos recursos de automatização do ChatGPT para desenvolver versões poderosas de novos tipos de malwares para atacar grupos inimigos muito específicos. Ambas empresas afirmam que detectaram, inclusive, ameaças vindas de países como Rússia, Irã, China e Coreia do Norte.

No caso da Rússia, é o grupo de hackers Strontium, ligado à inteligência militar do país, que estaria usando a ferramenta de IA para obter conhecimento sobre protocolos de comunicação via satélite, além de tecnologia de imagem de radares à distância. Esse é, a propósito, o mesmo grupo que vazou dados durante a campanha presidencial dos Estados Unidos, em 2016, que levou à derrota de Hilary Clinton.

Já na China, hackers estariam estudando modelos de linguagens para criar scripts, traduzir mensagens maliciosas e melhorar as ferramentas de ataques. A ideia seria atacar organizações poderosas com campanhas de e-mails classificados como phishing, além de desenvolver códigos capazes de burlar o escaneamento de anti-vírus e anti-malwares.

ChatGPT também envolvido em outro caso de hack

No papel de ser uma IA generativa, o ChatGPT é capaz de produzir textos inteiros a partir de comandos bem simples do usuário. Só que a própria ferramenta consulta fontes da internet para fazer seus próprios conteúdos escritos.

Foi assim que o The New York Times encontrou diversas semelhanças entre os textos publicados no jornal norte-americano e os gerados pelo ChatGPT, configurando um caso de hack em um processo.