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Flórida avança lei para tirar menores de 16 anos das redes sociais

Contas existentes serão apagadas e redes sociais terão de excluir todos os dados que tiverem de jovens adolescentes, se lei for aprovada

por João Gabriel Nogueira
Flórida avança lei para tirar menores de 16 anos das redes sociais

A Flórida prepara uma nova lei com o objetivo de impedir o vício de jovens adolescentes em redes sociais. O documento determina que menores de 16 não poderão mais criar contas e que todos os perfis já existentes devem ser excluídos – bem como os dados dessas pessoas que tenham sido obtidos pelas empresas a partir desse uso.

Há anos é levantado todo tipo de preocupação no uso de redes sociais pelos adolescentes, desde a coleta de seus dados a bullying e predadores online. Mas o alerta do momento vem em relação aos riscos do vício, atribuído à dopamina liberada durante o uso.

“Essas doses de dopamina são tão viciantes, é como um fentanil (opioide). Até o pai mais ligado ou adolescente mais antenado tem muita dificuldade em fechar a porta contra esses recursos”, declarou Fiona McFarland em defesa da lei que está promovendo.

Foto da câmara da Flórida, que aprovou a lei contra jovens adolescentes em redes sociais.
Fonte: Shutterstock

O movimento pela lei acontece depois de declaração oficial do Cirurgião Geral dos EUA, Vivek Murthy. O médico emitiu um alerta no ano passado para os riscos de vício em redes sociais para pessoas muito jovens, mencionando “haver amplos indicadores de que mídias sociais podem ter um profundo risco de prejudicar a saúde mental e bem-estar de crianças e adolescentes”.

A nova lei já passou pela aprovação da câmara conseguindo votos dos Democratas e Republicanos. Agora o documento avança para o senado.

Lei para redes sociais exige validação da idade

Devido às exigências impostas pela nova lei, é difícil imaginar como ela realmente seria reforçada pelas plataformas como Facebook, Instagram e TikTok. Para que a regra seja cumprida, as redes serão obrigadas a verificar a idade de seus usuários, e isso impactaria os adultos também – que deverão provar que são adultos.

O documento da lei determina que as empresas de redes sociais usem um método “não-governamental, independente e feito por terceiros não afiliados à plataforma” para validar a idade de seus usuários.