Agora existem TVs com 10.000 nits – mas isso é bom?
Entenda um pouco melhor como as TVs podem fazer uso de 10.000 nits de brilho
Assim como os PCs com IA, as TVs, displays e monitores foram um grande destaque na CES 2024. Entre as diversas novidades no evento, agora temos telas alcançando a impressionante marca dos 10.000 nits em seu poder de brilho – mas isso é realmente necessário?
O pessoal do Digital Trends tem uma série de vídeos popular no YouTube chamada You Asked, que pode ser traduzido como “Você Perguntou”. É bem o que o nome sugere: usuários mandam dúvidas e um dos especialistas do site responde. Na edição mais recente, Caleb Denison responde se existem benefícios reais para os 10.000 nits.
A pergunta aparece no minuto 4:51 do vídeo. A questão ressalta o fato de que não existe ainda conteúdo para aproveitar tanto brilho, e compara com TVs 8K, que também não contam com tanto conteúdo 8K para aproveitar sua enorme resolução.
A explicação é que uma TV pode usar toda sua amplitude de brilho para fazer seu mapeamento de tons, diferente da resolução que precisa aumentar o tamanho dos pixels para fazer o upscale quando necessário. Assim, o brilho elevado vai permitir uma gama maior de mapeamento e detalhe nas imagens.
É também ressaltado que TVs com menos brilho às vezes precisam “nivelar tudo por baixo”, diminuindo situações que exigiam mais nits para manter o contraste em relação aos pedaços que precisam de menos ainda.
Primeiro os 10.000 nits, depois o conteúdo
Outro aspecto ressaltado por Denison, que também pode ser considerado para TVs 8K, é que no mundo da tecnologia muitas vezes primeiro vem o produto, depois o conteúdo.
Criadores geralmente não fazem conteúdo se não vai ter onde ele passar. O jeito é surgirem primeiro as telas e, conforme elas ficam populares, o conteúdo que aproveita suas capacidades vai sendo criado.