Granblue Fantasy Versus: Rising: vale a pena?
Review

Granblue Fantasy Versus: Rising: vale a pena?

Jogo abraça os iniciantes nos fighting games, com um belo gameplay e um excelente rollback netcode

por Vinícius Paráboa

Granblue Fantasy Versus: Rising é basicamente uma nova versão de Granblue Fantasy Versus, lançado em 2020. No entanto, engana-se quem pensa que se trata apenas de um relançamento. Aqui, o objetivo da Arc System Works é abraçar a comunidade online e tornar o gameplay acessível para todos os públicos.

O jogo de 2020 já era bom, sim. Porém, com apenas 11 personagens jogáveis (sem contar DLCs) e um rollback netcode questionável, ele não havia atingido seu potencial. Agora, a Arc System Works tratou de apagar esses problemas, além de apresentar mecânicas de combate muito bem-vindas para o seu fighting game em 2D.

História quase igual a de Granblue Fantasy Versus (2020)

Granblue Fantasy Versus: Rising tem vários modos single-player. Entre eles está o modo história, que é basicamente o mesmo apresentado em Granblue Fantasy Versus (2020), com a adição de um capítulo novo e a remoção de determinados sistemas de RPG e de coleta de armas — agora, o jogador apenas recebe habilidades com buffs para aumentar seu dano ou preencher mais rápido sua barra de SBA.

Boa parte dos combates aqui, não são os famosos 1v1 em 2D — como acontece nas narrativas de Street Fighter e Mortal Kombat, por exemplo. Embora existam momentos em que isto ocorra, na maioria do tempo, o player se vê derrotando grupos de inimigos em lutas side-scrolling. Claro, isso não é demérito: tudo é muito divertido.

Quanto à narrativa em si (bem superficial), o jogador vê as interações entre personagens em forma de visual novel. Em outras palavras, espere ver ilustrações animadas (e dubladas em inglês) com blocos de texto na sua tela. O lado positivo é que o game está completamente legendado em PT-BR.

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Gameplay convidativo para iniciantes

Granblue Fantasy Versus: Rising é extremamente acolhedor para jogadores novatos em jogos de luta. Os ataques especiais são de fácil execução, bastando pressionar R1 junto com o botão correspondente. Além disso, o “Ataque triplo” é acessível, sendo necessário apenas pressionar três vezes um botão de golpe para realizar o minicombo.

Por outro lado, o jogo não deixa os jogadores experientes de lado no cenário de luta. Após um período inicial de aprendizado, algumas mecânicas começam a se revelar mais complexas, exigindo um pouco mais de tempo para serem dominadas. Este é o caso dos Raging Strikes (RS) e Brave Counters (BC).

Ambas as mecânicas utilizam os Bravery Points (BP) — pequenos losangos azuis acima da barra de HP —, que são limitados e precisam ser usados com sabedoria. Os Brave Counters (triângulo + círculo enquanto bloqueia) custam um BP e empurram o inimigo para longe ao receber um golpe. Os Raging Strikes fazem o oposto: quebram a guarda do oponente (triângulo + círculo).

A complexidade aumenta ao acertar um Raging Strike. Isso porque o jogador recebe a opção de evoluí-lo para um “Raging Chain”, que consome mais BPs e forma um belo combo. Outra estratégia interessante é usar o RS para continuar combos de longo alcance.

Vale mencionar que o Raging Strike pode ser contra-atacado com o Raging Strike do inimigo. Essa mecânica opera de maneira semelhante ao Drive Impact do Street Fighter 6, tornando fácil prever quando o adversário o utilizará — proporcionando a oportunidade de executar um contra-ataque.

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No cenário online, é muito importante administrar seus BPs — não os deixe acabar! Sem a possibilidade de se defender com Brave Counters ou contra-atacar com Raging Strikes, é praticamente uma sentença de derrota — até porque, seu lutador recebe dano extra.

Outro ponto digno de elogiar é o aumento do número de personagens jogáveis. Se no Versus original os jogadores tinham acesso a apenas 11 personagens no jogo-base, em Rising traz 28 lutadores (adicionando os lançados como expansões do primeiro Versus) com técnicas das mais variadas. DLCs também são esperados pro futuro — incluindo 2B, protagonista da NieR: Automata.

Ainda vale citar o ótimo “Grand Bruise”, que nada mais é que um modo inspirado em Fall Guys. O jogador controla um personagem em estilo “chibi” e faz coisas extremamente parecidas com o do jogo da Mediatonic: atravessa mapas com obstáculos, se reúne em equipes para coletar barras de ouro, etc.

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Rollback netcode renovado e funcionando liso

Outro acerto da Arc System Works em Granblue Fantasy Versus: Rising é a implementação do rollback netcode. Com esse sistema novo, os problemas de lag em lutas online praticamente não existem — salvo em raras exceções.

Um jogador na América do Sul enfrenta oponentes do mesmo continente sem o menor problema. O mesmo serve para o gameplay contra norte-americanos. Durante os testes, só foi difícil lidar com o lag contra asiáticos, mas não chega a ser algo terrível.

Quanto aos gráficos, o player pode esperar o mesmo estilo artístico em 2D dos títulos da Arc System Works. Quem já jogou Dragon Ball FighterZ, Guilty Gear Strive ou DNF Duel se sente em casa ao ver belos desenhos e animações dignas de elogios.

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Granblue Fantasy Versus: Rising: vale a pena?

Granblue Fantasy Versus: Rising pega tudo do Versus original e melhora. O jogador pode desfrutar do multiplayer online sem se preocupar com lag, tem um belo elenco de lutadores para escolher e dominar, além de incluir diversos modos de jogo. Não só isso, mas é bastante convidativo para iniciantes nos fighting games, ao mesmo tempo no qual não solta a mão dos mais experientes.

Existem poucos pontos negativos a tratar aqui. Talvez, Rising só não deve agradar àqueles que já experimentaram Granblue Fantasy Versus (2020) e não gostaram. Atente-se ao “talvez“. Com as novidades citadas acima, é possível dar a volta por cima e conquistar esses fãs.

Veredito

Granblue Fantasy Versus: Rising
Granblue Fantasy Versus: Rising

Sistema: PlayStation 5

Desenvolvedor: Arc System Works

Jogadores: 1-2

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85 Ranking geral de 100
Vantagens
  • Gráficos incríveis no padrão Arc System Works
  • Rollback netcode muito bom
  • Bom elenco de personagens no jogo-base
  • Boas mecânicas de gameplay
  • Muito convidativo para iniciantes
  • Localizado em PT-BR
Desvantagens
  • História é superficial
  • Toneladas de DLCs futuros
Vinícius Paráboa
Vinícius Paráboa
Editor
Publicações: 5.467
Jogando agora: Final Fantasy VII Rebirth, A Plague Tale: Requiem, Dragon's Dogma 2
Editor no MeuPlayStation. Fanático por Crash Bandicoot, God of War e pelo Grêmio.