Final Fantasy VII Rebirth: vale a pena?
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Final Fantasy VII Rebirth: vale a pena?

A Square Enix reage bem às críticas ao Remake de 2020, mas seu novo caminho não vem sem tropeços

por Felipe Gugelmin

Final Fantasy VII Rebirth é um game que parece ter sido desenvolvido com base nas críticas feitas a Final Fantasy VII Remake, lançado em 2020. Enquanto o jogo acertou como uma versão atualizada de um dos capítulos mais famosos da franquia, ele pecou pelo excesso de linearidade e por apostar demais em missões secundárias que só existiam para fazer volume.

Logo nos primeiros minutos da sequência, fica claro que esse não é o seu caso. Mais expansivo em questões como mecânicas e desenvolvimento de personagens, o novo game aposta em um estilo de mundo aberto que não revoluciona o gênero, mas faz muito bem para o andamento de seu roteiro.

Ao mesmo tempo, Final Fantasy VII Rebirth não escapa de alguns tropeços — alguns deles heranças de seu antecessor — e de decisões ousadas que, para muitos, vão ser simplesmente polêmicas. Ousada em alguns pontos e conservadora em outros, a Square Enix entrega uma obra que é uma sucessora digna de Remake. Mas será que isso é suficiente para atender os desejos dos fãs?

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Final Fantasy VII Rebirth traz diversos mundos abertos

O novo capítulo da série começa de maneira bastante impactante do ponto de vista narrativo, mas demora um pouco a mostrar sua grande novidade. O início traz exatamente os mesmos conteúdos da demonstração gratuita — dos quais também tratamos em nossas prévias —, mostrando como o protagonista Cloud se tornou inimigo de Sephiroth, o grande vilão do game.

Esse trecho inicial é bastante competente em introduzir algumas mecânicas novas, mas segue o mesmo caminho linear que não agradou tanto no Remake. Felizmente, não demora muito até chegarmos ao Capítulo 2, no qual o mapa do jogo realmente se expande e podemos conferir as atividades de mundo aberto que ele tem a oferecer.

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Embora não seja um jogo 100% sem barreiras, Final Fantasy VII Rebirth traz grandes cenários exploráveis que, se nem sempre variam em objetivos, por vezes trazem alguma coisa interessante a descobrir. Em todos eles, o jogador vai poder conhecer mais sobre a flora e a fauna local, desbloquear informações sobre a invocação daquela região, encontrar paradas de Chocobos e ativar torres que destacam pontos de interesse.

Enquanto o game não escapa do “cansaço” de outros mundos abertos, a maneira como esses objetivos repetidos são apresentados ajuda a trazer um bem-vindo ar de frescor para a aventura. Cada atividade que você faz contribui para destravar novos equipamentos, informações sobre a área explorada, magias inéditas e habilidades ou simplesmente uma luta legal contra uma criatura inesperada.

Para tornar as coisas mais interessantes, com o tempo a Square Enix também transforma os cenários disponíveis em verdadeiros quebra-cabeças que é preciso desvendar. Em certos momentos, a narrativa vai bloquear você de simplesmente “limpar” uma área, enquanto em outros vão ser as condições geográficas que vão desacelerar esse processo, ao mesmo tempo em que exigem que você pense em maneiras diferentes de chegar em seus objetivos.

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Essas áreas mais abertas são intercaladas por momentos em que Final Fantasy VII Rebirth segue seu antecessor e apresenta trechos mais lineares e focados na história. Quando isso acontece, o game segue um caminho menos livre, mas traz um design de fases mais inteligente e menos “inflado” do que o título de 2020.

Como o mundo do game é muito mais amplo e traz áreas mais variadas, a Square Enix parece não ter sentido a necessidade de inflar artificialmente a duração de certos trechos. Todas as áreas do Final Fantasy VII original estão presentes e ganham tamanhos ampliados, mas não parecem excessivamente grandes ou cansativas.

Tudo isso colabora para que, em geral, Rebirth tenha uma estrutura mais satisfatória do que Remake e transmita melhor a sensação de que realmente estamos avançando rumo a um objetivo final. Se Midgar é uma cidade interessante e vasta, a aposta em mais cenários é certeira e acaba com a sensação de cansaço que podia dominar alguns momentos do jogo anterior.

A narrativa é rei

O aspecto que mais ajuda o título a se manter interessante é a aposta em uma narrativa mais rica e que beneficia o desenvolvimento de personagens e de seus relacionamentos. Enquanto ainda há algumas das famosas “missões de buscar”, elas são reduzidas a números mínimos e, quando aparecem, sempre estão ligadas a algum membro de seu grupo ou ao desenvolvimento de algum aspecto do mundo.

Isso faz com que, mais do que algo para ganhar níveis ou preencher o tempo, essas tarefas secundárias realmente enriqueçam a narrativa de Final Fantasy VII Rebirth. Sem entrar em spoilers, vale mencionar que muitas delas são responsáveis por preencher pontas soltas do game anterior, especialmente no que diz respeito a personagens coadjuvantes.

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Elas também são essenciais para o novo sistema de relacionamentos do título, que também é influenciado por algumas escolhas que Cloud faz durante momentos de diálogo. Quanto mais próximo você estiver de um companheiro de equipe, mais opções vai destravar no futuro e pode acabar influenciando o desenrolar de algumas cenas — incluindo um famoso encontro em um parque de diversões.

A mesma preocupação narrativa vista nas missões secundárias também está presente na história principal de Final Fantasy VII Rebirth. Se o game anterior era sobre apresentar um grupo de personagens e o mundo no qual eles viviam, neste a intenção é aprofundar suas personalidades e fazer o público entender mais sobre suas motivações.

Todos os principais personagens de seu grupo ganham um bom tempo de tela e trechos que mostram mais de seus passados, objetivos pessoais e razões para lutar. Eles também passam por transformações importantes que os preparam para o futuro e para lidar com o protagonista Cloud, que passa por alguns de seus momentos mais sombrios durante a aventura.

Ao mesmo tempo em que traz trechos mais pesados, um dos principais méritos de Final Fantasy VII Rebirth é também saber ser bobo e fazer graça de si mesmo. Isso acaba por retomar muito do espírito do game original, que não seguia o caminho mais “sisudo” que acabamos vendo em capítulos recentes, como Final Fantasy XVI.

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Esses trechos ajudam a deixar a aventura mais leve e a nos fazer gostar ainda mais dos personagens — afinal, é mais fácil se relacionar com uma figura que também pode ser bobo e imperfeito do que com alguém “perfeito o tempo todo”. Em geral, a Square Enix soube equilibrar bem as variações de tom do game e merece ser elogiada por isso.

No entanto, não dá para dizer que o trabalho da empresa foi perfeito. Enquanto os novatos Red XIII, Cait Sith e Yuffie ganham camadas que vão agradar aos fãs de longa data, tanto Cid quanto Vincent aparecem de forma apressada e carecem de tempo de tela — algo que caberá ao terceiro capítulo corrigir. Nesse sentido, o game incorre no mesmo erro do Remake: ele confia que os jogadores já conhecem esses personagens e, por isso, não gasta muito tempo os introduzindo.

Mas o gameplay de Final Fantasy VII Rebirth não fica atrás

Caso você tenha jogado o Remake e vá logo em seguida para Rebirth, pode parecer que o sistema de combates não mudou muito. No entanto, essa é somente uma impressão superficial, consequência do fato de que o jogo mantém a base de seu antecessor, construindo bastante sobre ela.

A principal novidade são as habilidades de sinergia, que podem ser ativadas de duas maneiras distintas. A primeira camada envolve uma série de ataques básicos que são ativados ao apertar um botão de ação enquanto o dedicado à defesa (R1, por padrão) é segurado, sendo que o efeito ativado muda conforme o personagem e o comando selecionado.

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Controlando Aerith, por exemplo, um comando pode fazer com que outro personagem distraia os inimigos enquanto ela é mantida em segurança. Já com Cloud, você pode ativar um combo de espadadas e tiros em conjunto com Barret, ou um golpe mágico especial junto a Aerith que, apesar de poderoso, traz um tempo de carregamento que deixa o personagem vulnerável.

A segunda camada envolve os ataques especiais, cuja ativação depende da quantidade de vezes que você usou as habilidades de cada personagem durante a luta. Enquanto muitos deles causam danos aos inimigos, o lado mais interessante a explorar são seus efeitos especiais temporários.

Enquanto alguns permitem usar magias sem gastar MP por tempo limitado, outros aumentam a barra de Limit ou dividem a barra de ATB (necessária para usar magias, itens e outros comandos especiais) em três. Dessa forma, a escolha de um poder é muito influenciada pelas condições da batalha em que você está e qual o efeito pretendido, dando uma camada estratégica muito interessante a Final Fantasy VII Rebirth.

A própria adição de três novos personagens jogáveis também é bastante benéfica, permitindo investir em novas táticas muito interessantes — e algumas delas relativamente quebradas. Red XIII é uma excelente forma de aprender sobre como fazer contra-ataques, enquanto Yuffie é uma verdadeira mestre dos golpes paralisantes de inimigos, se você souber usar as habilidades certas.

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Por falar em habilidades, Caith Sith tem alguns dos ataques especiais que mais conseguem quebrar o jogo, caso você tenha um pouco de timing e sorte. Os personagens antigos mantêm seus principais golpes do passado, mas passaram por alguns ajustes de habilidades e de timing, que o tornam ainda mais satisfatórios de usar — Aerith, por exemplo, ganhou um teletransporte extremamente útil.

Outra novidade interessante é o sistema de fólios, que adiciona uma camada extra de personalização para os personagens. Com ele, você pode destravar novas habilidades de sinergia ou bônus específicos para cada membro de sua equipe — como mais HP, MP ou dano básico, por exemplo. Ele depende do nível geral de seu grupo (aumentado durante a história e cumprindo objetivos de mundo aberto) e pode ser resetado a qualquer momento, o que incentiva a experimentação.

Também vale destacar que a personalização de armamentos está de volta, mas de forma mais simplificada e acessível do que em Remake. Agora cada um deles traz uma habilidade bônus que é destravada para sempre dependendo da quantidade de vezes que ela é usada em batalha, bem como um conjunto específico de vantagens, que muda conforme o equipamento selecionado.

Em geral, escolher uma arma e determinar a maneira como elas evoluem se tornou um processo mais simples e funcional. Alguns podem acabar sentindo falta das animações mais complexas do capítulo anterior, mas, ao eliminá-las, a Square Enix garantiu uma experimenta muito mais ágil e intuitiva.

Em geral, o ato de jogar Final Fantasy VII Rebirth é muito gostoso, incentivando ao experimentalismo e à fuga ao lugar comum. Inclusive, você pode ter seu time preferido, mas em alguns trechos a história vai fazer com que você tenha que seguir com um grupo pré-determinado. Assim, é uma boa ideia pelo menos testar um pouco de cada personagem para saber pelo menos o básico sobre eles.

Conteúdos de sobra

Outro ponto que se destaca no jogo é a quantidade massiva de conteúdos que a Square Enix adicionou. O que mais chama a atenção não é a quantidade, mas o fato de que a grande maioria do que está disponível é muito bom. Há alguns tropeços e ideias que não funcionam tão bem, mas é admirável ver um estúdio tão disposto a tentar fazer algo diferente nos dias atuais.

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Em ritmo constante, o game apresenta novos minigames, desafios de ritmo ou de concentração que são específicos a uma missão ou um pequeno modificador que ajuda a manter as coisas interessantes. A área de Golden Saucer é um destaque nesse sentido, trazendo versões atualizadas de desafios do passado (como corridas de Chocobo) misturadas a ideais totalmente novas.

O título também tem um simulador de batalha completo (que se enriquece depois de acabar a aventura ao menos uma vez), novas opções de invocações e um bestiário completo de todas as criaturas que você enfrentou e analisou. O mais legal é que dá para ter acesso rápido a tudo que você fez com facilidade, permitindo saber onde é preciso investir mais esforços e tempo para conseguir 100% — o que ajuda na difícil tarefa de conseguir um troféu de Platina.

No entanto, nenhuma ideia é tão bem desenvolvida ou divertida quanto o jogo de carta Sangue da Rainha (ou Queen’s Blood, no original). Em todas as principais paradas da aventura você vai encontrar algum NPC disposto a participar de uma partida, e a grande maioria deles traz alguma carta ou estratégia inédita que vai desafiar você a repensar a maneira como joga.

Caso você esteja tendo alguma dificuldade, sempre é possível adquirir novas cartas em um vendedor, ajustar seu deck ou trabalhar com uma temática pré-determinada pelo jogo. O que chama a atenção é que não existe um “jeito certo” de jogar e, mesmo usando o conjunto básico oferecido por Final Fantasy VII Rebirth, é possível chegar longe com um pouco de sorte e estratégia.

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A maior variedade também se observa nos meios de transporte que o game oferece desde seus momentos iniciais. Você ainda pode querer andar pelos cenários para apreciar paisagens com calma, mas há uma bela seleção de chocobos, veículos (incluindo aviões e um buggy) e outras opções que tornam a movimentação mais rápida e permitem alcançar alguns cantos que, a princípio, parecem impossíveis de chegar.

Enquanto o game em geral é bastante variado e divertido, incentivamos muito que você priorize as missões relacionadas às protorrélicas. Não somente elas rendem acesso a alguns dos desafios mais criativos do jogo (com referências de sobra ao passado), como acompanham uma linha narrativa bastante interessante de seguir — e que traz um desfecho muito satisfatório.

O elefante branco na sala

Agora que destacamos alguns dos pontos positivos de Final Fantasy VII Rebirth, é preciso mencionar uma das áreas que têm gerado polêmica graças ao demo disponibilizado pela Square Enix: a apresentação. Mantendo as bases do Remake, o game faz uma aposta maior em escala e fluidez do que em fidelidade visual, o que gera resultados um tanto inconsistentes.

O ponto que deixa claro que, em sua versão atual, o game jamais conseguiria rodar bem no hardware do PlayStation 4, são seus ambientes. As áreas da aventura são muito mais abertas e detalhadas do que as vistas no Remake, o que colabora para uma sensação de escala e liberdade muito grande.

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Ao mesmo tempo, para tornar isso possível, a Square Enix acaba apostando em algumas texturas de baixa qualidade que chamam a atenção, por mais que você não queira focar sua atenção nelas. Isso fica bastante evidente nas áreas de mundo aberto em que há a transição da ação para uma cena de corte na qual elementos do cenário se aproximam da visão.

Nesses momentos, pequenos detalhes que passam batidos enquanto você está lutando ou correndo de um lado para outro ficam evidentes e não há como comentar de outra forma: eles são feios e abaixo do que se espera de um game recente. Isso é algo que tende a acontecer menos nos ambientes mais fechados e lineares, que também ganham um trabalho de iluminação mais cuidadoso.

Outro ponto que também chama a atenção, e é igualmente inconsistente, é a resolução dos personagens — especialmente no modo Desempenho, que oferece a melhor opção de gameplay. Principalmente durante a exploração de áreas mais abertas é possível notar que eles ficam um tanto “borrados”, transmitindo uma sensação visual que demora um pouco para se acostumar.

Enquanto isso some no modo Performance, a queda para os 30 FPS faz uma diferença sensível e, em comparação com a opção focada na Performance, o jogo parece pouco responsivo. Vale notar que essas são impressões baseadas na primeira build final do RPG, deixando de lado as melhorias que a Square Enix prometeu em seu patch de lançamento.

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Apesar desses defeitos, é preciso ressaltar que Final Fantasy VII Rebirth está longe de ser um jogo feio. O título aproveita muito bem a identidade visual que a Square Enix criou para a franquia, apresentando cenas muito bonitas (Cosmo Canyon é uma área impressionante) e algumas das cenas de ação mais legais dos últimos tempos.

O que impede ele de ser melhor nesse sentido são as citadas inconsistências visuais, que não é possível ignorar. Nos momentos em que você está testemunhando uma cena bonita com personagens detalhados conversando, o surgimento de uma parede com textura de baixa qualidade ou um modelo de cenário pouco definido quebra a imersão e faz desejar que a desenvolvedora tivesse dado mais atenção a esses detalhes.

Felizmente, enquanto os visuais do jogo deixam a dever em alguns sentidos, não há o que criticar na trilha sonora — talvez somente quanto à remoção do recurso de Jukebox do Remake. Misturando remixes de músicas conhecidas com alguns temas inéditos, a seleção musical do game mantém o alto nível do começo ao fim. É tudo tão bom que dá vontade de gastar uma quantidade obscena de dinheiro só para conseguir colecionar tudo em vinil de alta qualidade.

Final Fantasy VII Rebirth e seu final

Calma, não é preciso se espantar com o subtítulo: não vamos soltar spoilers, tampouco estragar alguns dos mistérios que Final Fantasy VII Rebirth oferece. No entanto, é impossível fazer um review digno do título sem ao menos mencionar aquilo que seus trechos finais têm a oferecer, dado o impacto que eles trazem para o jogo como um todo.

Infelizmente, o jogo acaba caindo em alguns pecados de seu antecessor, tanto do ponto de vista narrativo quanto do mecânico. Enquanto o jogo em geral não traz a sensação de “extensão exagerada” do Remake de 2020, os trechos finais da aventura ainda sofrem com o mal de encadear uma quantidade exagerada de lutas de chefe.

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O maior pecado é o fato de que a grande maioria delas sequer é original ou relevante para a trama, deixando a sensação de que a Square Enix não encontrou maneiras melhores de aumentar a duração de certos trechos. Com isso, os momentos que encerram o jogo destroem um pouco do bom ritmo construído até então e deixam certa sensação de cansaço.

As horas finais também decepcionam um pouco ao seguir um caminho metafísico que vai ser o responsável por gerar muitos debates e frustração. Perguntas são deixadas sem resposta enquanto novos questionamentos são feitos, deixando sobre a terceira (e última parte) do projeto o peso de dar uma conclusão que seja satisfatória ao público.

Dado que ainda devem demorar anos para que o sucessor de Final Fantasy VII Rebirth chegue às lojas, é fácil ver muitas pessoas ficando impacientes ou frustradas com algumas das decisões que a Square Enix tomou. Enquanto a promessa de futuro deixada pela empresa funciona (e tem uma pegada totalmente Star Wars: o Império Contra-Ataca), apostamos que o desfecho desse capítulo ainda vai gerar muita polêmica e discussão entre os fãs.

Mas vale a pena?

De forma objetiva, Final Fantasy VII Rebirth é um jogo melhor que Final Fantasy VII Remake. Ele traz uma narrativa mais rica e com arcos de personagens mais bem definidos, uma variedade maior de cenários, gameplay refinado e uma experiência em geral que é muito mais satisfatória e divertida.

Das 65 horas que levamos para terminar o RPG (deixando de lado conteúdos opcionais que renderiam quase o dobro desse tempo), a maior parte do tempo foi marcada por uma grande satisfação. Ao final dos créditos, a sensação que ficou foi a de querer voltar para terminar o que ficou para trás e experimentar com alguns dos sistemas criados pela Square Enix.

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Mais uma vez, a empresa soube pegar a história original, enriquecê-la com novos elementos e brincar com as expectativas dos fãs de forma competente. Embora permaneçam algumas ressalvas quanto a algumas decisões narrativas, o título funciona como um capítulo intermediário e estabelece bem as bases (e a antecipação) do que a empresa prepara para o futuro.

Nem tudo é perfeito e o game tem potencial para gerar muitas polêmicas, mas a experiência como um todo é bastante satisfatória e vale o investimento (tanto de tempo quanto financeiro) que é pedido. A avaliação em geral é bastante positiva, e fica a esperança de que, assim como a empresa fez em relação ao Remake, ela observe os pontos em que falhou como forma de criar um terceiro capítulo que evolua ainda mais suas partes principais.

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Veredito

Final Fantasy VII Rebirth
Final Fantasy VII Rebirth

Sistema: PlayStation 5

Desenvolvedor: Square Enix

Jogadores: 1 Jogador

Comprar com Desconto
92 Ranking geral de 100
Vantagens
  • Um ótimo desenvolvimento de personagens
  • Uma quantidade generosa de minigames
  • História expandida que faz sentido e surpreende
  • Sistemas de combate mais profundos e divertidos
  • O elenco expandido se encaixa muito bem na trama
  • Uma ótima trilha sonora
  • Missões secundárias que realmente enriquecem a história
Desvantagens
  • Apresentação visual inconsistente
  • Alguns bugs e crashes pontuais
  • Um trecho final que se perde um pouco narrativamente
  • Excesso de batalhas contra chefes nos últimos capítulos
Felipe Gugelmin
Felipe Gugelmin
Jornalista
Publicações: 30
Jogando agora: Final Fantasy VII Rebirth
Dedicado à PC Master Race desde 2012, ainda dedica um espaço quentinho no coração ao PlayStation e a qualquer console portátil.