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Deadlight: Director’s Cut: Vale a pena?

por Daniel dos Reis
Deadlight: Director's Cut: Vale a pena?

Originalmente lançado em 2012, Deadlight chega ao PlayStation 4 em uma versão melhorada, com visual em 1080p, ajustes nas mecânicas e com um novo modo de jogo, mas será que o título faz jus a re-compra ou mesmo uma experimentação daqueles que ainda não o conhecem?

Confira o que achamos dele!

Aquela velha história

Randall Wayne, um sujeito carrancudo, tenta encontrar sua esposa e filha em meio a um apocalipse zumbi que assola a cidade norte-americana de Seattle, em 1986.

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A temática, já bastante batida em vários outros jogos, não acrescenta muito ao que já conhecemos, mas se desenrola de forma satisfatória e até gera interesse sobre os acontecimentos que envolveram a metrópole no caos total.

O enredo é contado por meio de cenas estáticas, em formato de quadrinhos e raríssimas cenas de corte.

Wayne, o tempo todo, tece comentários sobre as situações e fatos, contudo o game não contém sequer legendas em PT-BR o que compromete o entendimento da história, caso o jogador não tenha noção do idioma inglês.

Corre Berg!

Deadlight é um sidescrolling, com perspectiva em 2.5D e vários puzzles pelo caminho. Na maior parte do tempo, a principal atividade é fugir dos zumbis, através das ruas, subterrâneos, escalando prédios e construções abandonadas.

https://www.youtube.com/watch?v=hVinhcaRI34

Ao longo da jornada, vários quebra-cabeças devem ser resolvidos para que a aventura progrida. Apesar de serem simples e sem criatividade, eles quebram um pouco o clima de correria.

Nos combates, um machado, uma pistola e uma shotgun podem ser utilizadas para o confronto contra os mortos-vivos, contudo a munição é bastante escassa e sobra aos jogadores o machado como principal forma de combates corpo a corpo. Já neste ponto, o game começa apresentar alguns problemas.

Os enfrentamento contra os inimigos é pobre e sem muita efetividade. Mesmo com um artefato, aparentemente afiado e perigoso, são necessários vários golpes para que um único zumbi seja derrotado. Nos combates contra hordas, a morte é praticamente inexorável certeza.

Outro ponto que merece menção são os controles. Eles são simples, todavia em momentos de fuga, eles se mostram confusos. As vezes você precisa saltar rapidamente para uma plataforma, mas o barbudo Randall toma o caminho contrário, exatamente quando não podia.

Saltar entre plataformas também pode ser frustrante. O “pulo” pode não responder a tempo e faz com que o sobrevivente faleça no abismo. Por sinal, a morte é um elemento constante do game.

Pretinho Básico

O visual do game tenta repassar uma sensação de solidão. A paleta de cores concentra-se basicamente em cinza, preto e branco. Mesmo que o game tenha recebido um tratamento para oitava geração, como um todo, fica a sensação de que a equipe poderia trabalhar um pouco mais, removendo serrilhados, polindo os cenários e aplicando melhores técnicas de renderização.

O visual não é ruim, diga-se, mas poderia apresentar um salto melhor em relação a versão de 2012.

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Sobreviva

A adição realmente nova é o modo Survival Arena. Nele, os jogadores são colocados em um hospital e devem sobreviver a maior quantidade de tempo possível. O início é desesperador, pois o personagem começa sem qualquer item ou arma e só lentamente as armas são encontradas pelo cenário.

Vale ou não?

Com preço de R$ 71.50 na PlayStation Store, o jogo pode agradar aqueles que não o conhecem, tanto pela temática, que mesmo já muito explorada, sempre conquista adeptos. Mas, os que já experimentaram não tem muitos motivos para retornar ao game.

O valor também é alto para a obra como um todo, já que o game pode ser finalizado em pouco mais de 3 horas, incluindo todas as mortes e falhas.

Dessa forma, a “versão do diretor”, não oferece atrativos assim tão convincentes para ser adquirida logo em seu lançamento, entretanto pode ser considera quando estiver em uma boa promoção.

3 - Selo de Prata

Daniel dos Reis
Daniel dos Reis
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Jogando agora: Stellar Blade
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