[Análises] Conheça os jogos da PlayStation Plus de Outubro

Estamos atrasados? Sim. Esquecemos de vocês? Não. Isso vai acontecer novamente? Talvez. Mas merecemos um desconto. Este mês tivemos a BGS, a maior feira de games da América Latina. Muitos compromissos, preparativos, quilos a mais e dinheiro a menos. Mas não deixaríamos de lado nossa análise dos jogos da PlayStation Plus de outubro.

E que lista, meus amigos! A Sony não brincou quando anunciou melhorias substanciais nos jogos oferecidos pelo serviço. Este mês temos jogos de grande qualidade, para todos os gostos e estilos. Uma verdadeira salada, para agradar, senão a todos, ao menos a maioria.

Conheçamos, então, os jogos da Plus de outubro (muitos já conhecem, mas… Vocês entenderam o sentido da coisa).

METAL GEAR SOLID V: THE PHANTOM PAIN (PS4)

Um jogo que dispensa apresentações. Cercado de mistérios antes de seu anúncio oficial, e de polêmicas pouco antes de seu lançamento, MGS V marca o fim da parceria de longa data Kojima-Konami. Ainda assim, um título mais que memorável, capaz de instigar os mais profundos sentimentos nos jogadores.

A história do jogo se passa nove anos após o jogo-prólogo MGS V: Ground Zeroes, e quase uma década antes do primeiro Metal Gear (MSX). Punished “Venom” Snake se aventura por um Afeganistão ocupado pela então URSS, e na fronteira Angola-Zaire, para extrair sua justa vingança daqueles que acabaram com seu exército e quase o mataram.

Assim como MGS: Peace Walker, The Phantom Pain carrega a tagline “Tactical Espionage Operations”. O jogador precisará realizar diversas missões únicas, de história e paralelas, além de inúmeros colecionáveis e segredos, dignos de um jogo Kojima. O título conta ainda com um robusto modo multiplayer, chamado FOB (Forward Operations Base).

Um jogo aclamado pela crítica e público, receber diversas notas máximas (entre elas o famoso 40/40 da publicação japonesa Famitsu). Críticos elogiaram sua história, poderosa e emocional, enquanto suas principais críticas foram pela falta de foco neste mesmo aspecto. Um jogo que é considerado o melhor de todos os tempos, no gênero furtividade.

Ainda assim, sua etapa final de desenvolvimento foi envolta em polêmicas e mais polêmicas, com o fechamento da Kojima Productions e a remoção do nome de Kojima de todo material promocional. O que não fez diferença, visto que seu DNA está implantado em cada canto do jogo.

• Nota – Agregador Metacritic: 93 (Baseado em 86 análises);
• Platina: Sim
• Localizado: Menus e legendas
• VEREDITO: Uma única frase define este jogo absolutamente perfeito. “A (truly) Hideo Kojima Game“.

AMNESIA COLLECTION (PS4)

Antes de existir Alien: Isolation, Slender: The Arrival, ou mesmo P.T., existiu Amnesia. E antes disso, os jogadores não conheciam verdadeiramente o medo. Um jogo assustador, no sentido mais aterrorizante da palavra. Aquele que não deixa espaço para tranquilidade, ou sensação de segurança. Um jogo para se jogar a noite, e com as luzes apagadas.

Se tiver coragem.

Amnesia Collection engloba o jogo original, The Dark Descent, e sua expansão Justine, bem como sua sequência, A Machine for Pigs. Enquanto estes dois não foram tão bem recebidos, The Dark Descent ainda é lembrado como um dos jogos mais assutadores de todos os tempos.

Nele o jogador encarna Daniel, um jovem amnésico, que escreveu uma nota para se lembrar de seus objetivos. Incumbido de descer até o nível mais baixo do castelo, e matar o barão Alexander, enquanto é perseguido por uma manifestação fantasmagórica conhecida apenas como “A Sombra”.

Suas mecânicas são simples e bem executadas. O jogador pode interagir com cenários para resolver enigmas e atravessar cenários. O combato é totalmente ausente. Ao ser avistado, Daniel precisa se esconder, até que seu perseguidor saia de seu encalço. Isso significa, porém, deixar seu medidor de sanidade cair, o que começa a provocar alucinações.

Dentre todos os jogos de horror disponíveis, é certo dizer que este se sobressai de forma terrivelmente magnífica. Para aqueles que gostam, não existe melhor recomendação. Exceto, talvez, P.T.

• Nota – Agregador Metacritic: 78 (Baseado em 23análises);
• Platina: Sim
• Localizado: Menus e legendas
• VEREDITO: Um título tão aterrorizante quanto enigmático. Amnesia Collection o deixará sem dormir por dias a fio. Totalmente recomendado.

Monster Jam Battlegrounds (PS3)

Este era para ser um jogo divertido, onde o jogador controla um carro de demolição, esmaga oponentes, e percorre pistas específicas de manobras, para alcançar uma pontuação mais alta. Mas algo saiu errado, e Monster Jam Battlegrounds não é o que se esperava.

O gameplay, como se percebe, varia entre corridas de demolição em arenas específicas, estádios, e pistas de manobras. Possui três modos de jogo e diferentes veículos.

O grande problema é que nada funciona como deveria. A trilha sonora é dispensável, e a câmera sofre com problemas grotescos. A física dos veículos é abissal, e a jogabilidade não fica atrás. Fora isso, o jogo é frustrante e irritante, e os controles são completamente irresponsivos.

Antes de jogar Monster Jam Battlegrounds, certifique-se de que não há algo mais interessante a fazer, como se submeter a uma cirurgia de canal sem anestesia.

• Nota – Agregador Metacritic: Sem Classificação (Baseado em 1 análise negativa);
• Platina: Sim
• Localizado: Não
• VEREDITO: Passável. Evitável. Dispensável.

HUSTLE KINGS (PS3)

Jogos de bilhar são conhecidos dos jogadores, desde os tempos do memorável Side Pocket (SNES). Divertidos, rápidos e competitivos, são perfeitos para aquelas competições em família, ou para algumas partidas com amigos. Hustle Kings implementas as mecânicas do jogo de forma satisfatória, sem dever nada à sua contraparte da vida real.

O título possui um modo carreira, torneio, trick shots e multiplayer online, onde é possível competir em bolsas de apostas, com o dinheiro do jogo, ganho em outros modos. Antes de cada jogo, é necessário realizar uma aposta. Ganhou, recebe o total de apostas feitas. Perdeu, já sabe. Também é possível disputar partidas com amigos no modo versus offline.

Um jogo refinado, Hustle Kings emprega a física do jogo real de maneira satisfatória. Adicionalmente, os gráficos são excepcionalmente polidos, e a trilha sonora agrada bastante. A inteligência artificial é realmente bem implementada, transformando simples jogos em bons desafios. Um jogo realmente sólido, capaz de prende-lo por horas a fio.

• Nota – Agregador Metacritic: 81 (Baseado em 15 análises);
• Platina: Não
• Localizado: Não
• VEREDITO: Um jogo viciante e desafiador, Hustle Kings é tão bonito quanto bem feito. Com uma versão feita para o PlayStation VR, é recomendável a qualquer hora.

SKY FORCE ANNIVERSARY (PS4/PS3/PSVITA)

Inicialmente um aplicativo para celulares, este é um título (melhorado) bastante peculiar. Com belos gráficos, jogabilidade inteligente e precisa, e alguns poucos pontos negativos, Sky Force Anniversary se mostra uma daquelas surpresas que você pega para jogar em um fim de semana, por não ter muitas opções, e se vicia facilmente.

Em Sky Force, o jogador encarna um piloto, que faz parte de uma força de defesa incumbida de derrotar General Mantis e suas forças malignas, e impedi-los de conquistar o planeta. Sim, algo bastante clichê. Mas ainda assim, implementada de forma interessante. Não existem reviravoltas complicadas ou coisas do gênero

A jogabilidade é excelente. Em qualquer das plataformas, para ser específico. Existe um bom número de colecionáveis, e o sistema de evolução da nave não é simples, mas gratificante. O jogo conta ainda com vários níveis de dificuldade. E o que falar dos gráficos, que são extremamente bem elaborados, com efeitos de luz, sombra e reflexos realistas.

Os poucos problemas se apresentam na trilha sonora, um tanto repetitiva, e na cara evolução do combatente aéreo. Nada que não possa ser relevado, dada a excelente proposta do título.

• Nota – Agregador Metacritic: Sem Classificação (Baseado em 3 análises positivas);
• Platina: Não
• Localizado: Menus e legendas
• VEREDITO: Um jogo para qualquer lugar, e qualquer momento. Sky Force Anniversary é uma excelente pedida para quem tem o portátil da Sony. Para que gosta de Raiden ou 19XX, um título quase obrigatório.

HUE (PS4/PSVITA)

Não, não estamos falando do meme brasileiro que viralizou há tempos, e agora infecta todos os nossos dias. HUE é um jogo de quebra-cabeças, onde as cores são parte determinante da jogabilidade. Belo e dinâmico, o jogador precisa encontrar sua mãe desaparecida. Uma história conhecida, mas não menos comovente.

O gameplay de HUE é simples. O jogador muda as cores de fundo, e com isso obstáculos e itens do cenário desaparecem, caso as cores combinem. Dessa forma, é possível atravessar determinadas áreas, evitar perigos, e resolver quebra-cabeças presentes no jogo.

A estética do jogo é bela, lembrando um pouco Limbo, mas com um visual menos opressor, e mais romantizado. À medida que avança, o jogador vai descobrindo aos poucos o passado de sua mãe e seu trabalho como cientista (estudos relacionados com a nossa percepção das cores).

A jogabilidade é precisa, e a trilha sonora agrada bastante. No final, sendo refinado e exótico, HUE é um excelente jogo de plataforma para seu portátil.

• Nota – Agregador Metacritic: 77 (Baseado em 31 análises para PS4);
• Platina: Não
• Localizado: Não
• VEREDITO: Belo e dinâmico, HUE oferece horas de desafios intrigantes e uma história imersiva.

A lista de jogos deste mês, com certeza, está de parabéns. Para todos os gostos, possui apenas uma ou outra ressalva. Torcemos apenas para que as seguintes sigam esta diretriz, e continuem sempre evoluindo em conteúdo.