[Análise Rápida] Matterfall: Vale a Pena?
Dessa vez a Housemarque deixou um pouco a desejar.
Rápida, mas não quer dizer que seja sem conteúdo! Estamos inaugurando uma nova forma de escrever análises. A partir de agora, iremos publicar algumas reviews neste estilo mais curto, dinâmico e sem muita enrolação. Você saberá, em poucas palavras, quais serão pontos positivos e negativos dos jogos.
Com o caminhão de nomes chegando nestes próximos meses, é realmente necessário sermos mais práticos em alguns conteúdos. Você, caro leitor, não tem muito tempo a perder.
Mas devemos destacar que este modelo só será aplicado em jogos menores. Os títulos de peso ainda contarão com avaliações tradicionais, esmiuçando cada detalhe da experiência.
Então, vamos lá?
Invasão Alien, só para variar um pouco
Com muitos anos de estrada, a Housemarque coloca mais um shooter alucinante no mercado. Assim como em Resogun, Alienation, Nex Machina e tantos outros, em Matterfall os jogadores precisam de ótimos reflexos para sobreviverem ao exame de tiros.
E o enredo deste é simplista ao extremo. Na verdade, é apenas um pretexto para toda ação. A humanidade descobriu uma espécie de ‘matéria’ alien e começou a fazer uso deste componente de forma indiscriminada em várias áreas. É claro que “deu ruim” e a tal matéria começou a se rebelar e a dominar o mundo. E caberá a você, uma mercenária, limpar toda bagunça e salvar a humanidade.
Para tanto, você terá a seu dispor várias armas e tecnologias para concluir sua missão.
Dessa vez, ao contrário de Alienation, Dead Nation e Nex Machina – jogos com uma visão isométrica – temos uma jogatina em sidescrolling que até lembra um pouco Velocity 2x, com muito menos glamour é verdade.
O visual se mantém em sintonia com os demais títulos da empresa. É bonito, principalmente nos momentos das explosões onde milhares de partículas pipocam na tela. Continua sendo muito gratificante explodir inimigos.
Entretanto, o game sofre com alguns probleminhas de desempenho. Às vezes, quando muitos inimigos estão na tela, alguns slowdowns acontecem. Nada, no entanto, que interfira na experiência de forma global, mas é um contraste com o primor técnico dos outros jogos do estúdio.
A expertise do estúdio é enfatizada mesmo na jogabilidade. É tudo muito frenético e rápido em Matterfall. Dezenas de inimigos ao mesmo tempo, tiros de todas as direções e movimentos rápidos são os pilares da diversão.
Algumas coisas ‘novas’ como dash, salto duplo e a possibilidade de se equipar melhorias (obtidas após salvar humanos) são adições interessantes.
E um ponto a ser destacado é a necessidade de se desenvolver um raciocínio multitarefa. Em vários momentos é preciso preencher (ativar) plataformas com ‘matéria azul’, ao mesmo tempo em que se evita ataques inimigos, atira e tenta evitar a ‘matéria vermelha’. “É uma locura, bicho“, diria Fausto Silva.
Mas ainda sim o jogo não passa ileso. O mapeamento de botões não ficou muito funcional e, mesmo que você se acostume com o tempo, ainda vai cometer erros pressionando algo errado, sendo induzido a uma triste morte. O controle da heroína em si também é um pouco travado, o que acaba gerando um disparate. Você deve ser ágil, mas os comandos não ajudam.
Falando em morte, ela será uma companheira constante. Matterfall é bem desafiador e vai exigir boas repetições. Principalmente nas batalhas contra os chefes, onde as coisas realmente complicam. Mas elas são bem legais. E neste mesmo ponto, outra questão de desempenho afeta na diversão. Os tempos de loading são exageradamente longos e acontecem sempre que você morre…portanto, vão ser muitos minutos perdidos.
O que deixou mesmo a desejar é longevidade do game. Ele é bastante curto e o agravante é ausência de funcionalidades online. Pô Housemarque, que vacilo hein!?
Por fim, fica aquela sensação de que o estúdio desperdiçou uma boa oportunidade. Matterfall poderia ser mais um grande nome no hall, mas ficou aquém dos demais projetos da empresa. Neste sentido, mesmo que o preço de R$ 61 não pese tanto, é mais recomendado que você aguarde por um desconto.