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Agents of Mayhem: Vale a pena?

Investimento para a diversão.

por Raphael Batista
Agents of Mayhem: Vale a pena?

Agents of Mayhem é o spin-off da divertida franquia Saints Row. Com a ambientação no mesmo universo, a nova produção da Volition reaproveita a fórmula do sucesso e incrementa melhorias e recursos inéditos. Sem fugir do clima extrovertido e desbocado da saga que a consolidou, em Agents of Mayhem a experiência é melhor.

Em uma Seul (capital da Coreia do Sul) futurista, os agentes da organização M.A.Y.H.E.M. (Agência Multinacional de Caça às Mentes Malévolas, na tradução literal) precisam deter os planos da L.E.G.I.O.N. (Liga dos Cavalheiros Malignos Intencionados a Obliterar Nações). Para tal objetivo, cerca de 12 personagens únicos estão à disposição para formar seus esquadrões e se esbaldar em tiroteios frenéticos.

Aquela de sempre

O enredo é básico, simplista e objetivo: a cada missão, seu objetivo é destruir as tropas inimigas, enfrentar um comandante específico e, então, interromper as ações da LEGION. Ao longo do progresso do jogador, fica nítido que a organização maligna deseja o poder simplesmente pelo próprio desejo.

Os pontos positivos desta categoria ficam por conta da personalidade dos heróis e de alguns vilões. Cada personagem possui um temperamento único, os quais são bem retratados ao longo da jornada. Por meio de animações semelhantes ao animes, os eventos são narrados e é até ‘legalzinho’ acompanhar as cinemáticas e rir com algumas das situações.

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O mesmo de sempre. O vilão que quer dominar o mundo. Fonte: captura de tela.

A narrativa não é o foco da produção e existem os diversos clichés, como o vilão que possui alguns aliados sem noção, ou a própria sequência de fatos que seguem a lógica de dominar para ganhar. Não é uma história ruim, mas não espere por nada aprofundado. O objetivo real do game é a jogabilidade e a liberdade.

Não pense. Atire!

Aqui é o motivo pelo qual o jogo se destaca: um shooter frenético em terceira-pessoa com elementos de RPG, altamente dinâmico e divertido. Assim como em Saints Row, o jogador tem a liberdade de utilizar-se das mais variadas formas de combate e armas, exclusivas de cada herói selecionável. As múltiplas combinações possíveis favorecem a longevidade do game.

O jogador pode cumprir as inúmeras missões com um esquadrão de até três agentes. Cada um possui habilidades, armas, dispositivos, movimentação e personalidades únicos. Em um simples apertar de botão, é possível trocar entre os personagens de acordo com a situação. Um tipo tanque é recomendável quando os inimigos são mais fortes. Ao finalizá-los, trocar para um furtivo é ideal para recuperar o fôlego.

Toda a variedade permite que se jogue de múltiplas maneiras diferentes e, também, em dificuldades diferentes. É possível ajustar o nível de dificuldade em até 20 modos. Enquanto que há o aumento das habilidades dos personagens, é possível buscar por missões mais difíceis. E apesar de ser um shooter, os inimigos são difíceis. Quando organizados em tropas, é preciso muita agilidade e precisão.

Variação prestigiada

Um dos pontos-chaves do título da Volition é, certamente, o carisma de cada personagem ali apresentado. Não somente isso, a composição de suas habilidades permitem a elaboração de esquemas poderosos e de combos que favorecem o gameplay.

São 12 agentes exclusivos, variando entre mulheres fortes carregadas com uma metralhadora e também uma ninja de ataques furtivos e poderosos combates corpo-a-corpo. Toda a variação permite a adequação dos jogadores de forma natural.

Como se não bastasse, a produção de equipamentos e acessórios adicionais também estão disponíveis. Como não se divertir ao arremessar uma imensa bola de boliche em hordas dos inimigos? As mais loucas melhorias fazem com que o humor, que não é chato, fique ainda mais divertido.

The Freedom?

Semelhantemente a jogos de mundo aberto, em Agents of Mayhem o jogador pode aventurar-se nas ruas de Seul para cumprir as missões principais e secundárias de cada herói. Para tanto, pode utilizar-se de carros ou até mesmo dos pulos triplos para ultrapassar os grandes prédios.

Dentro da agência da Mayhem, o jogador fica livre para editar os heróis com diferentes skins e habilidades, além de formar novos esquadrões. É possível também construir novos dispositivos e melhorias para cada um dos personagens. Personalização dos carros também está incluso! É a parte mais legal, devido ao poder de certa administração dos recursos e também de participar da construção do quartel-general.

Contudo, a liberdade de movimentação é fortemente contrastada com a falta de interação. Além de pontos de destruição ou quests de velocidade ou de proteção do objetivo, não há nada para se fazer no mapa (o qual é grande!). Não encontramos os outros heróis perambulando, ou então centros comerciais, ou até mesmo eventos diferenciados. Tudo segue num padrão tedioso, algo não normal para uma cidade futurista dominada pela tecnologia de ponta.

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Basicamente, você utilizará seu carro somente para chegar ao destino mais rápido. Fonte: captura de tela.

Para diversão

Agents of Mayhem é exclusivamente produzido para gerar a diversão para os jogadores. Vou citar um exemplo prático e pessoal: após morrer muitas e muitas vezes no Crash Bandicoot N. Sane Trilogy, abri mão um pouquinho do marsupial para relaxar com Agents of Mayhem. Foi uma solução prática, pois o título em questão não envolve o uso de estratégias ou de alta precisão a todo momento.

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Com cores fortes, vivas, e momentos com muitas explosões e destruições, o visual chega a ser uma poesia ou até mesmo uma sinfonia multicolorida. A sensação pelo caos massivo em prol do bem maior é empolgante! Consequentemente, o relaxamento foi imediato depois de momentos frustrantes.

Com uma proposta simples, mas envolvente, Agents of Mayhem é uma pedida ideal para aqueles dias cansativos os quais necessitam de uma boa dose de relaxamento. Com uma boa promoção, será uma aquisição para a sua biblioteca que garantirá horas e horas de gameplay.

Raphael Batista
Raphael Batista
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Jogando agora: Dragon Age: The Veilguard | LEGO Horizon Adventures
Formado em Teologia e apaixonado por PlayStation desde sempre. Jogos preferidos são The Witcher 3, Metal Gear Solid, God of War e Marvel's Spider-Man.