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A Coleção NiOh: vale a pena?

Remasterizações se destacam pela fluidez, carregamentos rápidos e recursos do Dualsense, mas peca em não aprimorar texturas

por Vítor Amorim Heringer
A Coleção NiOh: vale a pena?

A Coleção NiOh traz as versões definitivas de NiOh 1 e 2 para os jogadores poderem “sofrer” com “estilo” em 4K e performance excelente. Para quem ainda não jogou nenhuma das obras da Team Ninja, pode ser um prato cheio. É o melhor jeito de começar sua aventura no Japão Feudal. Enquanto aqueles que já fizeram sua viagem, as novidades podem não ser tão atraentes.

O foco dessa análise será nos aprimoramentos que ambos os títulos da franquia receberam. Portanto, caso queira saber mais sobre a história, jogabilidade e muito mais, confira os nossos vereditos abaixo:

Nitidez em 4K e combates fluidos

Mais bonitos do que nunca, A Coleção NiOh traz os dois jogos da série em 4K e com opção de até 120FPS – em monitores e TV’s com 120Hz – para combates fluidos e intensos. O aumento de resolução é bem-vindo e deixa tudo bem mais nítido. No entanto, escancara um problema: a falta de melhoras nas texturas.

Como são chamados de remasterizações pela Team Ninja, esperava-se que o estúdio não só deixasse o RPG em 4K, mas, também, aprimorasse diversos aspectos visuais, como texturas e sombras. E isso não é visto, principalmente, no primeiro jogo. Por ser mais antigo, o título inicial da série não conta com as mesmas qualidades gráficas que seu sucessor. Dessa maneira, teria sido uma boa oportunidade do estúdio deixá-lo mais bonito, ainda mais no PlayStation 5.

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Texturas de NiOh Remastered não foram aprimoradas. Foto: Reprodução/Vítor Heringer

O principal destaque entre os upgrades é a fluidez. A franquia NiOh é conhecida pela sua dificuldade e combates velozes, exigindo muita precisão dos jogadores. E, claro, nada melhor do que jogar a 60FPS cravados e poder enfrentar os perigos do Japão Feudal com uma preocupação a menos. Definitivamente, é o melhor jeito de aproveitar o máximo dos games.

Apesar do aumento de resolução e de FPS serem pontos positivos, outros títulos como Ghost of Tsushima, Days Gone e God of War receberam um patch de atualização com os mesmos aprimoramentos. A diferença é que não estão sendo chamados de “remastered”.

DualSense brilha (mais uma vez)

O controle DualSense mostra para o que veio (de novo). No entanto, não se trata da mesma imersão e criatividade como em Astro’s Playroom. Este, está em “outro patamar” quando falamos sobre o acessório do PlayStation 5. Apesar disso, a Team Ninja soube utilizá-lo muito bem nas versões remasterizadas de NiOh.

A resposta tátil pode ser sentida em ambos os títulos ao abrir portas, atacar objetos, defender de golpes dos inimigos e fazer carinho no gato – fofura exclusiva do segundo game. O mais “surpreendente” é aquilo que já sabemos: cada feedback possui seu próprio estilo. Ao acariciar o gato, por exemplo, podemos sentir como se fosse os pelos do animal no controle. Também é possível perceber a porta se arrastando no chão com muita precisão.

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Sentir os carinhos no gato é um dos maiores prazeres da resposta tátil. Foto: Reprodução/Vítor Heringer

Enquanto isso, os gatilhos adaptáveis não receberam muitos recursos em A Coleção NiOh. Os arcos e fuzis causam uma pequena tensão ao disparar, nada muito diferente de outros jogos com o mesmo suporte. A junção de todos os recursos do acessório ajudam a aumentar a imersão nas obras da Team Ninja.

Agora, espera-se que a desenvolvedora consiga utilizar com ainda mais criatividade o DualSense em seus futuros projetos. Capacidade tem de sobra.

Morrer não é mais sofrível

“Livre deste corpo mortal”. A mensagem de derrota é uma das mais perturbadoras em jogos estilo soulslike. Primeiro, pois estamos enfrentando inimigos poderosos e vamos precisar enfrentá-los inúmeras vezes com muita paciência – ou não. Mas, também, pelas longas telas de loading. Agora, isso mudou. Com a chegada da nova geração e os ultrarrápidos SSDs, os longos carregamentos ficaram no passado.

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Se deparar com essa mensagem não é tão ruim como antes. Foto: Reprodução/Vítor Heringer

Em NiOh 1 e 2 remasterizados, os loadings após cada morte são quase instantâneos. Dá nem tempo de sofrer pela derrota ou dar aquela “espiada” nas redes sociais. Os jogadores já precisam estar prontos para uma batalha intensa em poucos segundos. Isso, claro, é um dos pontos altos das novas versões. Morrer inúmeras vezes não cansa mais do mesmo jeito.

A Coleção NiOh: vale a pena?

A Coleção NiOh entrega as versões definitivas da franquia da Team Ninja, principalmente, para aqueles que não jogaram. Quem já passou horas derrotando os dificílimos yokais não devem encontrar muita motivação para retornar aos games. No máximo, tirar aquela curiosidade de como estão os gráficos e a performance no PlayStation 5.

Apesar das ótimas melhorias, não é como se fosse uma remasterização de um jogo de PS3, por exemplo, onde as mudanças são bem mais significativas. O destaque de A Coleção NiOh fica para a fluidez, carregamentos rápidos e os recursos do controle DualSense. Enquanto a decepção fica na falta de aprimoramento de texturas.

A soma de dois excelentes jogos com as novidades das versões de PS5 resulta em experiências completas de gameplay e que irão agradar os fãs de “souslike” e RPG.

Veredito

A Coleção NiOh
A Coleção NiOh

Sistema: PlayStation 5

Desenvolvedor: Team Ninja

Jogadores: 1-3

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80 Ranking geral de 100
Vantagens
  • 4K deixa tudo bem nítido
  • Recursos do controle DualSense
  • Telas de carregamento quase instantâneos
  • Fluidez no combate
Desvantagens
  • Texturas não tiveram aprimoramentos
  • Como "remaster", decepciona pela falta de novidades
  • Preço alto
Vítor Amorim Heringer
Vítor Amorim Heringer
Jornalista
Publicações: 2.488
Jogando agora: Assassin's Creed Valhalla (Ira dos Druidas)
Jornalista, ex-integrante do MeuPS, faixa preta de Muay Thai apaixonado por RPGs e jogos japoneses. Estou sempre em busca de experiências incríveis e marcantes com os games.