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Sony, Microsoft e Nintendo se unem contra aumento de impostos sobre games

Empresas são contrárias ao aumento de impostos.

por Raphael Batista
Sony, Microsoft e Nintendo se unem contra aumento de impostos sobre games

A união faz a força até nos videogames. A Sony, a Microsoft e a Nintendo se uniram para se posicionar contra a medida governamental dos Estados Unidos que visa aumentar os impostos na importação de produtos fabricados na China.

Um documento elaborado em conjunto argumenta como o aumento nas tabelas pode prejudicar não só os consumidores, mas até colocar postos de trabalho em risco e sufocar a inovação.

As novas taxas seriam aplicadas em razão de uma “guerra comercial” entre Estados Unidos e China. As duas potências vêm se enfrentando em uma acirrada disputa sobre produtos importados. Ambas as nações têm se retaliado mutuamente com aumento de impostos em várias áreas.

O memorando escrito ainda descreve a importância dos videogames importados. Cerca de 96% da produção é manufaturada na China, e os hardwares não podem ser produzidos em qualquer outro lugar. Aplicar embargos mais severos nessa importação causaria danos na economia.

A cadeia de fornecimento de consoles de videogames se desenvolveu na China ao longo de muitos anos de investimentos de nossas empresas e parceiros. Causaria uma significante disrupção de suprimentos ao trocar a fonte para os Estados Unidos ou outro país. Além disso, causaria o aumento dos custos, de produtos que já possuem uma margem apertada de condições.

A consequência dos custos mais elevados não chegaria somente ao bolso dos consumidores, mas também seria sentido em toda a indústria, em um efeito cascata, comprometendo toda cadeia.

As tarifas sobre consoles de videogame não prejudicariam nossas empresas somente, mas também consumidores e varejistas. Devido à profunda interdependência entre consoles e softwares de jogos, juntamente com a sensibilidade de preços dos consumidores, o prejuízo também seria desproporcionalmente aos milhares de desenvolvedores de software e acessórios de pequeno e médio porte nos Estados Unidos. Um efeito cascata de danos.

Como revela o site Kotaku, ainda não há confirmação sobre quando os novos encargos poderiam entrar em vigor. Existe ainda a possibilidade da revogação, dependendo da diplomacia a ser realizada na cúpula do G-20 neste fim de semana no Japão.