Resident Evil 2 completa 25 anos de inovações e sustos
Lançado em 21 de janeiro de 1998, ele redefiniu gênero, vendeu que nem água no deserto e gerou excelente remake em 2019
Um surto de adrenalina sem comparação, uma história instigante e horrores inimagináveis o aguardam. A frase é da página do remake de 2019 na PlayStation Store, e é uma excelente maneira de descrever Resident Evil 2, que hoje completa 25 anos de seu lançamento.
Considerado um divisor de águas na história da franquia e dos jogos de terror em geral, o game foi lançado em 21 de janeiro de 1998 para PlayStation, e depois chegou a Nintendo 64, GameCube, Dreamcast e PC. O título chegou dois anos depois do primeiro game da saga e foi um enorme sucesso.
Segundo o site VG Sales, mais de 6 milhões de cópias do título foram comercializadas – um aumento de cerca de 800 mil em relação ao seu antecessor e quase o dobro de Resident Evil 3, que veio um ano depois.
A versão original de Resident Evil 2, porém, não é a que conhecemos. A lenda diz que Shinji Mikami, aclamado nome por trás da produção do título, não estava muito satisfeito com o título à época, e refez tudo do zero. Internamente na Capcom, inclusive, trata-se a edição anterior, cancelada, como Resident Evil 1.5.
A obra foi dirigida pelo famoso desenvolvedor Hideki Kamiya, que em 2006 deixou a empresa e fundou seu próprio estúdio, a PlatinumGames, responsável pela série Bayonetta.
A história de Resident Evil 2
O jogo se passa dois meses depois dos eventos de Resident Evil, em Raccoon City. Quase todos os seus cidadãos foram transformados em zumbis por um surto do T-Virus, uma arma biológica secreta desenvolvida pela Umbrella Corp.
A aventura tem como protagonistas são Leon Kennedy, um policial novato em seu primeiro dia, e Claire Redfield, uma estudante universitária à procura de seu irmão Chris. E uma das inovações para o jogador é justamente poder escolher com quem vai jogar.
A missão, então, é tentar achar uma forma de sair da cidade – e, de quebra, tentar expor a empresa farmacêutica que está por trás da contaminação. Isso acontece com muita exploração, combates intensos e perseguições do seu vilão – temido e misterioso, o Mr. X é um dos grandes antagonistas da história dos games.
A exploração, o manejo de recursos, puzzles e o backtracking são características ímpares de Resident Evil 2, assim como sua câmera fixa – travando sempre a visão do jogador e deixando-o extremamente tenso.
O remake de Resident Evil 2
Quando a Capcom anunciou, em 2015, que faria um remake do clássico Resident Evil 2, dividiu opiniões. Boa parte do público queria experimentar o game com gráficos e jogabilidade atualizada, mas alguns preferiam deixá-lo exatamente como era. Foram quase três anos até a desenvolvedora japonesa finalmente mostrar o que estaria por vir.
Com um trailer na E3, a Capcom anunciou que faria uma “reimaginação” e não um remake propriamente dito, porque, apesar de a base do jogo original estar lá, algumas mudanças seriam implementadas, assim como novidades no enredo e cenários. Veja o que o MeuPlayStation achou do jogo aqui.
Um detalhe interessante: a versão “atualizada” do clássico tem uma nota melhor no Metacritic do que a original: 91 a 89. Diferença pequena, porém que confirma que a Capcom tratou bem um dos maiores jogos de todos os tempos com esta nova adaptação.
E o sucesso foi tão grande que os desenvolvedores não perderam tempo e já fizeram logo um remake de Resident Evil 3 e vão lançar também um de Resident Evil 4. Afinal, a reimaginação de Resident Evil 2, além de conversar com quem já era fã, trouxe um novo público para a série e chegou a 10 milhões de cópias vendidas.
Por isso, nada mais justo do que desejar um feliz aniversário a Resident Evil 2, que mesmo duas décadas e meia após seu lançamento original, continua influenciando e criando tendência na indústria dos jogos eletrônicos. Parabéns!