Política de taxas da Unity causa reação severa de desenvolvedores

Estúdios e desenvolvedores decidiram estruturar um movimento coordenado para fazer frente à nova política de taxação da Unity. Ao todo, quase 20 empresas cortaram a monetização e as receitas de publicidade a favor do mecanismo.

O coletivo reuniu 16 estúdios e emitiu uma carta aberta pedindo que outras empresas afetadas pela política protestem contra a Unity. Segundo ele, é preciso haver a reconsideração dos atuais termos da política — caso não haja, os SDKs Ads e IronSource permanecerão desativados.

Os estúdios reclamantes incluem Azur Games, Voodoo, Homa, Century Games, SayGames, CrazyLabs, Original Games, Ducky, Burny Games, Inspired Square, Geisha Tokyo, Tatsumaki Games, Kayac, New Story, Playgendary e Supercent. Espera-se que esse número aumente.

Opomo-nos fortemente a esta medida, que desconsidera os desafios e complexidades únicos da nossa indústria. Embora sempre tenhamos visto nosso trabalho como um esforço colaborativo, essa decisão nos pegou de surpresa.

Com um toque de caneta, você colocou centenas de estúdios em risco, tudo sem consulta ou diálogo. Para colocar em termos relacionáveis, e se as montadoras de repente decidissem nos cobrar por cada quilômetro rodado no carro que você comprou há um ano?

O impacto sobre os consumidores e a indústria em geral seria sísmico.

A carta conclui exigindo o cancelamento da “taxa de tempo de execução” imediatamente. Além disso ela contraria um dos termos da Unity, que estima impactar “apenas 10% dos estúdios” com a cobrança da chamada “Runtime Fee”.

Executivos da Unity vendem ações dias antes das novas regras

Pouco tempo antes da Unity determinar as novas regras para instalação de jogos, executivos da empresa realizaram uma transferência em massa de ações. Cerca de US$ 4 milhões em títulos foram vendidos por integrantes de altos cargos. Clique aqui para saber mais.