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Nova patente da Sony indica como será SSD do PlayStation 5

Nova patente sugere uma arquitetura um pouco diferente dos SSDs convencionais.

por Thiago Barros
Nova patente da Sony indica como será SSD do PlayStation 5

Uma patente registrada pela Sony há algum tempo e descoberta por um usuário do ResetEra pode ter acabado com o mistério em torno da utilização de um SSD no PlayStation 5. Quando Mark Cerny revelou que o console da nova geração teria esse armazenamento, muita gente se perguntou sobre como seria possível – especialmente pelo alto custo.

Pois bem, a resposta parece estar aqui.

O esboços mostram algo que muita gente já suspeitava: o PS5 não terá um SSD tradicional. Será uma unidade de armazenamento personalizada, capaz de carregar jogos de forma bem mais eficiente do que o PlayStation 4 com seus HDs “comuns”. Dentre os pontos mais interessantes que essa patente revela, há a troca de DRAM por SRAM no SSD.

Vamos lá para alguns conceitos rápidos:

Quando um processador precisa de um dado no disco, ele não acessa o disco diretamente, ele primeiro vai até uma tabela (tabela de endereços de memória), que contem o endereço onde está informação que ele precisa.

O que a Sony propõe é usar a memória SRAM nessa parte de endereços, porque ela permite blocos de memória menores, a latência é menor e a vazão (throughput) maior.

Sem falar na economia, já que usando a SRAM, a Sony reduziria a complexidade dos componentes e o custo seria redimensionado em SSDs maiores. Ela não precisaria ter uma tabela de endereços do mesmo tamanho da memória em si.

E não só isso. Como o desenho da arquitetura deixa claro, o modelo contaria com sub-processadores, um acelerador de hardware, vários controladores e barramentos – caminhos – que ligam vários desses componentes diretamente.

E há também novidades em nível de software. Os programas que controlarão estes recursos são todos otimizados para extrair o melhor desempenho possível. Por exemplo: em dados de gravação única ou com poucas alterações – instalação de um jogo – seriam configurados em outro formato de arquivos, gerenciados de outra forma.

Já as CPUs teriam funções divididas. A secundária teria prioridade para acessar o SSD propriamente dito. A CPU principal gerencia as solicitações de leitura-escrita e as envia à CPU secundária que, por sua vez, divide estas solicitações em pequenos acessos. O intuito da estratégia é maximizar o uso paralelo dos componentes e também carregar blocos pequenos o suficientes para que eles possam caber em um buffer, ficando mais simples de serem acessados.

Em resumo: é um SSD bastante personalizado mesmo, não daqueles que encontramos normalmente em lojas de informática. Toda esta engenharia seria para garantir eficiência com um custo reduzido para o consumidor afinal.

Mas claro, vale sempre ressaltar que o registro de uma patente não indica, necessariamente, a implementação da tecnologia. E até pode acontecer mudanças substanciais no projeto até o lançamento do console.

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Com isso tudo, faz sentido a afirmação da Sony de que o seu próximo console não terá um preço exorbitante e será “acessível” para o público – já há até rumores desse valor, que seria de US$ 499, ou seja, US$ 100 a mais do que o cobrado pelo PS4 quando ele foi lançado.