Microsoft: demissões na Activision não foram por causa da fusão
Em resposta à reclamação de órgão norte-americano, empresa disse que demissões já estavam planejadas
Depois de ser cobrada pelo FTC, órgão regulador norte-americano, sobre as demissões em massa do mês passado, a Microsoft se pronunciou.
O site VGC teve acesso a um documento enviado pela companhia à corte onde a reclamação foi feita, garantindo que o layoff na Activision/Blizzard não teve qualquer relação com sua aquisição dos estúdios. Segundo a empresa, este corte de custos já estava planejado há algum tempo.
“Consistente com as tendências mais amplas na indústria de jogos, a Activision já estava planejando eliminar um número significativo de empregos enquanto ainda operava como uma empresa independente. O anúncio recente, portanto, não pode ser atribuído totalmente à fusão”, diz a carta.
O que acontece é que o FTC destaca que esta era justamente um dos motivos para ser contra o acordo entre Microsoft e Activision: a fusão faria com que muita gente perdesse os seus empregos.
De acordo com o órgão, as demissões provam que a fabricante do Xbox teria mentido em seu depoimento à Justiça no processo de aquisição, pois disse que a Activision seguiria independente após a conclusão do negócio.
Microsoft destaca acordo com PlayStation
Em comunicado à parte, enviado ao VGC, a Microsoft destacou que o FTC não está levando em consideração que muita coisa no acordo foi negociada após as idas e vindas nos tribunais.
“Ao continuar sua oposição ao acordo, a FTC ignora a realidade de que o próprio acordo mudou substancialmente. Desde que a FTC perdeu no tribunal em julho passado, a Microsoft foi obrigada pela autoridade de concorrência do Reino Unido a reestruturar a aquisição globalmente e, portanto, não adquiriu os direitos de streaming em nuvem dos jogos da Activision Blizzard nos Estados Unidos. Além disso, a Sony e a Microsoft assinaram um acordo vinculante para manter o Call of Duty no PlayStation em termos ainda melhores do que a Sony tinha antes”, destacou.
Será que essa briga um dia vai acabar?